sábado, 29 de maio de 2010

Reunião da Dretoria da CACB-África.

 Convocamos Todos os Membros Diretores,a comparecer no dia,06/06/2010.
 Domingo,as 13:00 horas, (local abaixo informado),para realização de Reunião 
 e Tratamento de interesse de nossa comunidade.

 Endereço de realização da reunião:

 Rua Vereador Tome Siqueira Barreto,1127(antigo rua do Pirai)
 Bairro de Gramacho,Duque de Caxias,Cep:RJ
 Cep:25035-150.
                            Diretoria

Convite: Plenária Aberta: "Segurança Alimentar e Nutricional" - 14 de Junho 2010 - Centro - Rio de Janeiro


O Conselho de Segurança Alimentar do Município do Rio,  CONSEA-RIO, vinculado a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), convida a participar da “PLENÁRIA ABERTA” do mês de junho sobre: “POLÍTICAS, PLANOS E PROGRAMAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL".

As “PLENÁRIAS ABERTAS” têm como objetivo discutir com a sociedade carioca as ações de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA).

Subtemas de discussão:

“POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL”
Rep. da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN/MDS), Sra Mariana Santarelli

“POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (PNAN)”
Rep. da Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição - Ministério da Saúde, Sra Dillian Silva

“POLÍTICAS E PROGRAMAS DE SAN NO MUNICÍPIO DO RIO”
Rep. da Secretaria Municipal de Assistência Social-Rio



DATA: 14 junho de 2010 (segunda-feira)
HORA: 15h
LOCAL: Centro Adm. São Sebastião – CASS, Rua Afonso Cavalcante, 455, sub-solo/auditório – Centro/Rio


Tel/Fax: (21) 2503-2357

O legado muçulmano em São Paulo

Andar pelo centro de São Paulo, nas ruas próximas a rua 25 de Março, é um verdadeiro banho de cultura árabe. Casas com pé direito alto, treliças nas varandas, arcos em formato de ferradura, paredes repletas de azulejos e balcões trabalhados caracterizam a arquitetura das Arábias que compõe a região.
 
A grande quantidade de construções que se encaixam nestes padrões deve-se ao fato de o número de muçulmanos ser bastante expressivo no Brasil, principalmente no estado de São Paulo, local que recebeu o maior número de imigrantes árabes a partir do século XIX.
 
Dos 1,5 milhão de muçulmanos que vivem no país, cerca de 3 mil residem na região do ABC, segundo a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil. São Bernardo do Campo, especificamente, é considerada um importante reduto da cultura árabe, por abrigar mais de 500 famílias muçulmanas e uma das 21 mesquitas do estado.
 
Exatamente por isso a cidade foi escolhida para receber o primeiro Encontro Cultural Árabe-Muçulmano, que acontece do dia 31 de maio a 9 de junho e contará com uma programação gratuita de palestras, exposições, eventos gastronômicos e ações sociais.
 
Logo na abertura do evento as influências dos imigrantes são recuperadas com a exposição “A Presença Árabe-Islâmica no Brasil”, que promove uma viagem às origens árabes nas artes, gastronomia, língua, literatura e na própria arquitetura brasileira.
 
“A exposição é uma forma dos participantes do evento imergirem na realidade muçulmana, conhecer um pouco mais de nossos costumes e reconhecer a importância deles em diversos campos da cultura de São Paulo”, diz o xeque Jihad, presidente do Conselho de Ética da UNI (União Nacional das Entidades Islâmicas), uma das organizadoras do encontro.
 
Outro destaque da exposição é a abordagem da presença de muçulmanos africanos durante a colonização do Brasil. Trazidos da região subsariana da África os escravos muçulmanos se diferenciavam dos demais por não aceitarem a imposição à religião católica. Em 1835, após a Revolta dos Malês, alguns dos líderes foram “devolvidos” ao continente africano graças ao medo dos escravocratas de aumentar a fé dos muçulmanos. 
 
Palestras

Durante o I Encontro Cultural Árabe-Muçulmano, palestras diárias vão discutir a contribuição do mundo árabe para a cultura brasileira e desvendar os mistérios dos costumes que muitas vezes chegam a intrigar os moradores da região.

“A comunidade do ABC é bastante receptiva, entretanto, algumas vezes há preconceito em razão da ignorância. Por não conhecer os verdadeiros valores do islã, muitos têm preconceito e uma ideia equivocada da nossa religião e costumes”, disse o Sheikh Jihad.

Entre os convidados estão o pesquisador Jamil Ibrahim Iskandar, a psicóloga Claude Fahd Hajjar, a cientista social Aline Porcina  e a presidente do departamento feminino da Liga da Juventude Islâmica do Brasil, Magda Aref Abdul Latif. Por meio de palestras, o objetivo é conduzir debates em torno de questões contemporâneas como a influência islâmica no Brasil nos campos da ciência, sociedade, a convivência da mulher árabe-muçulmana na cultura brasileira e até mesmo na história do país.

Em seguida, Yolanda Simone Salomão Mêne ministrará uma palestra sobre a culinária árabe relacionando os sabores, ingredientes e costumes da cultura à história e principalmente a imigração ao Brasil.
 
“Este evento e principalmente as rodas de conversa devem servir não apenas para celebrar o momento de união e difuso da cultura árabe-muçulmana, mas também para instruir aqueles que desconhecem as praticas islâmicas ou que têm curiosidade no assunto. Acredito que desta forma podemos unir ainda mais a comunidade árabe e os brasileiros da região”, completou o xeque.

I Encontro Cultural Árabe-Muçulmano - 31 de Maio a 9 de Junho de 2010



Palestras, exposições, gastronomia e ação social com entrada franca

Entre os dias 31 de maio e 9 de junho, o ABC Paulista recebe o 1º Encontro Cultural Árabe-Muçulmano de São Bernardo do Campo.
O evento é uma iniciativa do CDIAL - Centro de Divulgação do Islam para a América Latina, da Organização da Conferência Islâmica (entidade internacional, sediada na Arábia Saudita) e da Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo. Conta, ainda, com o apoio da WWAII - World Wide Association for Introducing Islam - Muslim World League - e participação de diversas embaixadas e consulados de países árabes.
São Bernardo é uma das cidades com maior concentração de imigrantes e descendentes árabes em toda a América Latina, em sua grande maioria, praticantes do Islam. A idéia de apresentar toda a riqueza dessa presença árabe-muçulmana na região, surgiu a partir de diálogos entre o presidente do CDIAL, senhor Ahamad Ali Saifi, e o prefeito da cidade, senhor Luiz Marinho. Várias secretarias da prefeitura de São Bernardo estão envolvidas na organização do evento, bem como o corpo de funcionários e voluntários do CDIAL.
Cultura
A abertura do Encontro marcará, também, o lançamento da exposição de objetos, roupas, móveis e peças de arte de origem árabe. Os visitantes farão uma viagem a fatos marcantes da presença árabe no Brasil, como as influências dos imigrantes na arquitetura, nas artes, na gastronomia, na língua, na literatura, na ciência e na religião.
A visitação à exposição será aberta ao público durante todo o evento. A entrada é franca.
Resistência
Outro destaque da exposição é a apresentação ao grande público da importância histórica da presença de muçulmanos africanos durante a colonização.
O islamismo na África subsariana repercutiu de forma indireta na história do Brasil colonial, uma vez que muitos escravos trazidos ao país eram muçulmanos. A maioria desses escravos exercia atividades agrárias, mas no contexto urbano os escravos muçulmanos se diferenciavam dos demais por não aceitarem a imposição religiosa de seus senhores.
Em 1835, os escravos muçulmanos organizaram a Revolta dos Malês, na Bahia contra a escravidão. A revolta foi importante para o enfraquecimento do sistema escravocrata, mas seus principais líderes, quando capturados em batalha, foram devolvidos ao continente africano, pois os militares temiam que caso fossem mortos a fé dos combatentes aumentaria.

Selo comemorativo



Será lançado um selo e carimbo comemorativos por parte da Empresa de Correios e Telégrafos, retratando a logomarca oficial do Encontro.
Milhares de cartas, durante todo o mês de junho, contarão com a marca do 1º Encontro Árabe-Muçulmano de São Bernardo do Campo.

Ação social

Para manifestar o já reconhecido compromisso e solidariedade dos árabes-muçulmanos com os menos favorecidos, no dia 6 de junho, das 9 às 13 horas, profissionais voluntários realizarão serviços comunitários como, por exemplo, exames oftalmológicos, medição de glicemia, corte de cabelos.
Também será um importante momento para doações para a campanha do agasalho.

Veja a programação completa:

1° ENCONTRO CULTURAL ÁRABE MUÇULMANO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
De 31 de maio a 9 de junho de 2010

PALESTRAS | EXPOSIÇÕES | GASTRONOMIA

Local: Pinacoteca de São Bernardo do Campo
Rua Kara, 105, Jardim do Mar (ao lado da Cidade das Crianças)
PROGRAMAÇÃO GRATUITA

31/5 - segunda 19h – Abertura oficial

Exposição: “A Presença Árabe-Islâmica no Brasil”
Visitação até 9 de junho

1/6 terça 19h30 – Palestra
“Contribuição do mundo árabe para a ciência”, com Jamil Ibrahim Iskandar. Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, doutor em Filosofia pela UNICAMP e pós-doutor em Filosofia Medieval Árabe pela Universidade Complutense de Madrid – Espanha. Atualmente é professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). É tradutor do árabe para o português de vários textos filosóficos. Traduziu o livro Al-Mabda’ wa al-Ma’ad (A Origem e o Retorno de Avicena –Ibn Sina).
•    A recepção da filosofia grega no mundo islâmico.
•    Filosofia, religião e medicina no mundo árabe.
•    O mundo árabe, a astronomia e a alquimia.

2/6 quarta 19h30 – Palestra

“A influência afro-islâmica na cultura e na resistência à escravidão”, com Aline Porcina de Souza Sobral, graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, com especialização em Métodos do Ensino Afro e Afro-Brasileiro pela Faculdade Integrada Olga Mettig – Bahia.
•    A importância da religião para a construção e unidade da identidade afro-islâmica.
•    A REVOLTA DOS MALÊS: a condição do negro escravizado na Bahia no período colonial.

4/6 sexta 19h30 – Palestra
“Integração árabe-muçulmana no Brasil”, com Claude Fahd Hajjar, psicóloga, psicoterapeuta de orientação psicanalítica, pós-graduada em Clínica Nietzscheneana pela PUC- SP.  Pesquisadora de temas árabes e autora do livro "Imigração Árabe - 100 anos de Reflexão (1985)”. Traduziu do árabe para o português "Hafez Al Assad, Percurso de um Combatente (1999)". Atualmente é conselheira da presidência da FEARAB América.
•    Quando se deu o início da influência árabe na cultura brasileira.
•    A ocupação moura na Península Ibérica, no século VIII influenciando a língua, a literatura e a arquitetura.
•    A colaboração da cultura árabe na construção da cultura brasileira.

5/6 sábado 14h - Culinária árabe
Seus sabores, sua história, com Yolanda Simone Salomão Mêne.
•    A contribuição dos árabes à gastronomia brasileira.
•    A origem dos temperos utilizados na culinária brasileira.

6/6 domingo das 9h às 13h - Assistência Social em parceria com a prefeitura
•    Profissionais voluntários realizarão serviços comunitários, tais como: cabeleireiro, exames oftalmológicos e medição de glicemia.
•    Doação de roupas para a Campanha do Agasalho.

7/6 segunda 19h30 – Palestra

“A convivência da mulher árabe-muçulmana na cultura brasileira”, com Magda Aref Abdul Latif, formada em Ciências Sociais pela USP, vice-presidente do departamento feminino da Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil. Nadia Hussein, biomédica e coordenadora de pesquisa clínica. Desenvolve projetos no centro de pesquisa de Hematologia e Oncologia na Faculdade de Medicina do ABC. Verônica Hannis, formada em Pedagogia pela Universidade Metodista, pós-graduada em Educação Infantil, mestranda em Política da Educação. Atualmente é diretora do Colégio Islâmico Brasileiro.
•    Perguntas e Respostas: Desmistificando a mulher muçulmana – As condições e dificuldades enfrentadas por estas mulheres na cultura ocidental.

9/6 quarta 14h – Encerramento

Maiores informações:

portal@islambr.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Fone: (11) 4122-2400

Clique aqui e veja como chegar à Pinacoteca de São Bernardo.

Fonte: Islam BR

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Defenda-se: Racismo é Crime!

sos













Uso da legislação de combate ao racismo no Brasil

A prática tem demonstrado que às vítimas de discriminação racial se deparam com muitas dificuldades para levar adiante casos de racismo ou mesmo de injuria qualificada por conotação racial. As vitimas de racismo e injuria qualificada via de regra sofrem uma dupla discriminação, a primeira o fato em si perpetrado pelo ofensor que pode ser inclusive um representante do Estado ou ainda em casos mais comuns perpetrado por um particular.

É fato que ao buscarem a tutela jurisdicional do Estado muitas vítimas sentem-se humilhadas e menosprezadas com o atendimento que lhes é dispensado nos distritos policiais, posteriormente pelo Ministério Publico e mais tarde pelo próprio judiciário, eis que infelizmente não se da a importância necessária aos crimes de racismo, acreditamos que por esta razão o governo do Estado de São Paulo tenha recriado a Delegacia Especializada em crimes raciais DECRADI.

Muito embora o racismo seja considerado crime inafiançável e imprescritível pela constituição Federal de 1988 na pratica são delitos considerados de menor potencial ofensivo.

Tanto a lei 7716/89 quanto o artigo 140 paragrafo 3˚ do Código Penal, trazem penas de reclusão de 1 a 3 anos. Os artigos definem que atos como impedir ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões ou clubes sociais (art. 9°); em salões de cabeleireiros, bares, termas ou casas de massagem (art. 10); ou impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores (art. 11), bem como a transportes públicos como aviões, navios, barcos, ônibus, trens e metrô (art. 12) constituem obstáculos que impedem o tratamento igualitário, e causam constrangimento as vitimas. Além disso, a Lei prevê que os estabelecimentos comerciais nos quais forem praticados quaisquer atos discriminatórios poderão ter suas atividades suspensas por até três meses.

A Lei deixa evidente que recusar ou impedir acesso de alguém a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador (art. 5º) devido à sua cor, etnia, religião, raça ou procedência nacional é crime de discriminação racial. Ainda, se alguém, por motivos discriminatórios, impedir o acesso ou recusar hospedagem de pessoa em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar (art. 7º), ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público (art. 8º) estará praticando crime de discriminação.

A igualdade no acesso ao serviço militar também é destacada, sendo proibido impedir ou dificultar por motivos preconceituosos o acesso de pessoa a qualquer ramo das Forças Armadas (art. 13).

Ainda, para proteger o convívio familiar e social dos cidadãos, garantindo a liberdade de relacionamento amoroso entre os indivíduos, a lei dispõe que impedir ou dificultar o casamento ou convivência familiar e social, devido ao preconceito, é crime de discriminação (art. 14).

Por fim, a lei criminaliza a prática a incitação e a persuasão de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, inclusive quando feito nos meios de comunicação, como por exemplo, televisão, rádios ou jornais (art. 20).

O Estado brasileiro entende que a repreensão aos crimes previstos na Lei 7716/89 interessa não só à vítima, mas a toda a sociedade. Nesse sentido a ação penal que visa à punição daquele que cometeu um ato discriminatório é pública, ou seja, cabe ao Ministério Público oferecer a denúncia ao Poder Judiciário, mas nada impede que a vítima uma vez representada por advogado/a, atue como assistente de acusação, iniciando assim a ação penal publica subsidiaria.

E certo que a vitima pode simultaneamente ajuizar ação civil buscando a reparação moral e material, atribuindo a responsabilidade civil a quem deu ensejo ao fato. Ressaltamos que esta não e pratica do SOS Racismo que em regra aguarda o inicio da instrução processual penal e após analise do conjunto probatório colhido, define-se se e cabível ou não o pedido de dano moral e material.

Fonte: GELEDÉS


OS 10 MITOS SOBRE AS COTAS

 

 1- as cotas ferem o princípio da igualdade, tal como definido no artigo 5º da Constituição, pelo qual “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”. São, portanto, inconstitucionais. 


Na visão, entre outros juristas, dos ministros do STF, Marco Aurélio de Mello, Antonio Bandeira de Mello e Joaquim Barbosa Gomes, o princípio constitucional da igualdade, contido no art. 5º, refere-se a igualdade formal de todos os cidadãos perante a lei. A igualdade de fato é tão somente um alvo a ser atingido, devendo ser promovida, garantindo a igualdade de oportunidades como manda o art. 3º da mesma Constituição Federal. As políticas públicas de afirmação de direitos são, portanto, constitucionais e absolutamente necessárias. 

2- as cotas subvertem o princípio do mérito acadêmico, único requisito que deve ser contemplado para o acesso à universidade. 

Vivemos numa das sociedades mais injustas do planeta, onde o “mérito acadêmico” é apresentado como o resultado de avaliações objetivas e não contaminadas pela profunda desigualdade social existente. O vestibular está longe de ser uma prova equânime que classifica os alunos segundo sua inteligência. As oportunidades sociais ampliam e multiplicam as oportunidades educacionais. 

3- as cotas constituem uma medida inócua, porque o verdadeiro problema é a péssima qualidade do ensino público no país. 

É um grande erro pensar que, no campo das políticas públicas democráticas, os avanços se produzem por etapas seqüenciais: primeiro melhora a educação básica e depois se democratiza a universidade. Ambos os desafios são urgentes e precisam ser assumidos enfaticamente de forma simultânea. 

4- as cotas baixam o nível acadêmico das nossas universidades. 

Diversos estudos mostram que, nas universidades onde as cotas foram implementadas, não houve perda da qualidade do ensino. Universidades que adotaram cotas (como a Uneb, Unb, UFBA e UERJ) demonstraram que o desempenho acadêmico entre cotistas e não cotistas é o mesmo, não havendo diferenças consideráveis. Por outro lado, como também evidenciam numerosas pesquisas, o estímulo e a motivação são fundamentais para o bom desempenho acadêmico. 

5- a sociedade brasileira é contra as cotas. 

Diversas pesquisas de opinião mostram que houve um progressivo e contundente reconhecimento da importância das cotas na sociedade brasileira. Mais da metade dos reitores e reitoras das universidades federais, segundo ANDIFES, já é favorável às cotas. Pesquisas realizadas pelo Programa Políticas da Cor, na ANPED e na ANPOCS, duas das mais importantes associações científicas do Brasil, bem como em diversas universidades públicas, mostram o apoio da comunidade acadêmica às cotas, inclusive entre os professores dos cursos denominados “mais competitivos” (medicina, direito, engenharia etc). Alguns meios de comunicação e alguns jornalistas têm fustigado as políticas afirmativas e, particularmente, as cotas. Mas isso não significa, obviamente, que a sociedade brasileira as rejeita. 

6- as cotas não podem incluir critérios raciais ou étnicos devido ao alto grau de miscigenação da sociedade brasileira, que impossibilita distinguir quem é negro ou branco no país. 

Somos, sem dúvida nenhuma, uma sociedade mestiça, mas o valor dessa mestiçagem é meramente retórico no Brasil. Na cotidianidade, as pessoas são discriminadas pela sua cor, sua etnia, sua origem, seu sotaque, seu sexo e sua opção sexual. Quando se trata de fazer uma política pública de afirmação de direitos, nossa cor magicamente se desmancha. Mas, quando pretendemos obter um emprego, uma vaga na universidade ou, simplesmente, não ser constrangidos por arbitrariedades de todo tipo, nossa cor torna-se um fator crucial para a vantagem de alguns e desvantagens de outros. A população negra é discriminada porque grande parte dela é pobre, mas também pela cor da sua pele. No Brasil, quase a metade da população é negra. E grande parte dela é pobre, discriminada e excluída. Isto não é uma mera coincidência. 

7- as cotas vão favorecer aos negros e discriminar ainda mais aos brancos pobres. 

Esta é, quiçá, uma das mais perversas falácias contra as cotas. O projeto atualmente tramitando na Câmara dos Deputados, PL 73/99, já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, favorece os alunos e alunas oriundos das escolas públicas, colocando como requisito uma representatividade racial e étnica equivalente à existente na região onde está situada cada universidade. Trata-se de uma criativa proposta onde se combinam os critérios sociais, raciais e étnicos. É curioso que setores que nunca defenderam o interesse dos setores populares ataquem as cotas porque agora, segundo dizem, os pobres perderão oportunidades que nunca lhes foram oferecidas. O projeto de Lei 73/99 é um avanço fundamental na construção da justiça social no país e na luta contra a discriminação social, racial e étnica. 

8- as cotas vão fazer da nossa, uma sociedade racista. 

O Brasil esta longe de ser uma democracia racial. No mercado de trabalho, na política, na educação, em todos os âmbitos, os/as negros/as têm menos oportunidades e possibilidades que a população branca. O racismo no Brasil está imbricado nas instituições públicas e privadas. E age de forma silenciosa. As cotas não criam o racismo. Ele já existe. As cotas ajudam a colocar em debate sua perversa presença, funcionando como uma efetiva medida anti-racista. 

9- as cotas são inúteis porque o problema não é o acesso, senão a permanência. 

Cotas e estratégias efetivas de permanência fazem parte de uma mesma política pública. Não se trata de fazer uma ou outra, senão ambas. As cotas não solucionam todos os problemas da universidade, são apenas uma ferramenta eficaz na democratização das oportunidades de acesso ao ensino superior para um amplo setor da sociedade excluído historicamente do mesmo. É evidente que as cotas, sem uma política de permanência, correm sérios riscos de não atingir sua meta democrática. 

10- as cotas são prejudiciais para os próprios negros, já que os estigmatizam como sendo incompetentes e não merecedores do lugar que ocupam nas universidades. 

Argumentações deste tipo não são freqüentes entre a população negra e, menos ainda, entre os alunos e alunas cotistas. As cotas são consideradas por eles, como uma vitória democrática, não como uma derrota na sua auto-estima, ser cotista é hoje um orgulho para estes alunos e alunas. Porque, nessa condição, há um passado de lutas, de sofrimento, de derrotas e, também, de conquistas. Há um compromisso assumido. Há um direito realizado. Hoje, como no passado, os grupos excluídos e discriminados se sentem mais e não menos reconhecidos socialmente quando seus direitos são afirmados, quando a lei cria condições efetivas para lutar contra as diversas formas de segregação. A multiplicação, nas nossas universidades, de alunos e alunas pobres, de jovens negros e negras, de filhos e filhas das mais diversas comunidades indígenas é um orgulho para todos eles.

Fonte: Laboratório de Políticas Públicas/ UERJ

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Liberiano é encontrado em navio italiano no Porto de Suape

Um Liberiano foi apreendido por agentes da Polícia Federal (PF) após ser encontrado em um navio de bandeira italiana que ancorou no Porto de Suape, na tarde desta terça-feira (2). O estrangeiro está sendo tratado como menor de idade, até então, pois além de afirmar ter 15 anos, o único documento que possui, expedido pela Comissão das Nações Unidas para Refugiados está com a data de nascimento rasurada.

“Estamos buscando confirmar as informações que temos até o momento para que a Justiça possa determinar o que vai ser feito com ele. Já entramos em contato com o Conselho Tutelar, que ficará responsável pelo jovem enquanto os dados são checados. Caso as declarações sejam verdadeiras, a Justiça poderá determinar um lugar para ele ficar, já que se trataria de um menor refugiado de um país assolado pela guerra. É um caso inédito”, ponderou o chefe de comunicação social da PF, Giovani Santoro.

Em depoimento, o africano afirmou não possuir mais contato com os pais e que seu plano era chegar à Europa e não ao Brasil. Mesmo assim, afirmou que agora tem o interesse de permanecer no país. A embarcação italiana foi multada em R$ 827 e está livre para seguir seu rumo. Ainda hoje, deverá navegar em direção a Vitória, no Espírito Santo, para depois seguir para o Rio de Janeiro, Argentina e então voltar à África.

O Navio Grande Buenos Aires deixou o porto de Hamburgo, na Alemanha, no último dia 24 de fevereiro. No dia 25, a embarcação fez uma escala em Dacar, capital do Senegal, onde o jovem conseguiu driblar a fiscalização, nadar até uma escada e se esconder no bote salva-vidas. Já em alto mar, o clandestino foi descoberto pelo cozinheiro, após o navio deixar Freetown, em Serra Leoa, com destino a Suape, onde atracaria para descarregar equipamentos para a refinaria.

Segundo a PF, os imigrantes clandestinos que chegam a Pernambuco em embarcações possuem um perfil bastante similar. A maioria é formada por negros, pobres, do sexo masculino e tem geralmente entre 18 e 25 anos. Normalmente, são cidadãos de países como Serra Leoa, Nigéria, Camarões e Somália, vítimas da difícil situação econômica vivida no continente africano. O último caso registrado pela PF foi o do nigeriano Ojo Ogbemudia, 21, encontrado por marinheiros do navio MV Atlantic Daisy, de bandeira panamenha.

Enviado por Regina Petrus - NIEM-RJ

Os novos imigrantes


EMÍLIO ODEBRECHT

Nas classificações internacionais dos países pelos seus indicadores econômicos, somos hoje, de acordo com dados da ONU, a segunda maior economia das Américas - atrás dos EUA e à frente do Canadá e do México - e donos do décimo maior parque industrial do planeta. Tais condições colocam sobre a mesa desafios que teremos de dar conta.

Desejo, hoje, deter-me sobre um deles em especial: a inevitável atração que isso pode exercer sobre as populações de outras nações do continente.
Movimentos migratórios rumo ao Brasil não são uma novidade. Entre fins do século 19 e início do século 20, nosso país acolheu muita gente vinda da Europa, do Oriente Médio e da Ásia. Eu próprio sou descendente de uma família de alemães que aqui chegou em 1856.

Muitos prosperaram, e todos deram a sua contribuição para o progresso brasileiro. Mas eram outros tempos. Tínhamos então um país agrícola, de industrialização incipiente, relativamente pouco habitado e havia estímulo governamental para que estrangeiros para cá viessem.

Agora, o Brasil ostenta uma economia pujante e diversificada e pode transformar-se na possibilidade mais concreta de melhoria de condições de vida para muitos latino-americanos. Embora timidamente, isso já vem ocorrendo. E, para ficarmos em apenas um exemplo, sabe-se que a cidade de São Paulo abriga milhares de bolivianos que trabalham na indústria têxtil.
Muitos vieram sozinhos e depois foram buscar as famílias, numa demonstração de que aqui conseguiram melhores condições de vida se comparadas às que tinham em seu país.

Ocorre que receber imigrantes de países vizinhos não será problema, desde que saibamos integrar tais pessoas, de forma estruturada e responsável, à nossa sociedade.

Entendo que devemos enxergar essa tendência de forma positiva. A integração latino-americana é benéfica a todos, e cabe ao Brasil liderá-la.

Acolher trabalhadores da região é um dos pressupostos dessa liderança. Atrair imigrantes é característica de nações ricas, ou em vias de enriquecer, como é o nosso caso.

O que não pode acontecer, por imprevidência nossa, é a transformação de um fenômeno dessa natureza -que me parece inexorável- em um drama social como o vivido hoje pelos países europeus.

A permanência ilegal no país, que exclui e marginaliza, poderá ser evitada se desde já nos prepararmos, mediante políticas e legislação adequadas, para tratar o imigrante com respeito e justiça, de modo que se sinta aqui não um pária, mas um cidadão consciente de que tem direitos e deveres como cada um dos brasileiros.

Enviado por Regina Petrus - NIEM-RJ

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Propaganda e autocensura limitam liberdade de imprensa em Angola

Angola tem uma lei de imprensa e uma Constituição que proclamam a liberdade de imprensa, mas, para muitos, isso está longe da realidade. 
O Estado é proprietário das únicas publicações diárias do país - o Jornal de Angola - e o Jornal dos Desportos. Para além disso controla a Rádio Nacional de Angola e várias estações locais de rádio, e dirige dois dos três canais nacionais de televisão.
Esses orgãos promovem abertamente as actividades do governo e do partido no poder, o MPLA, e raras vezes apresentam as vozes da oposição ou críticas de outros sectores da vida nacional. Mas, em declarações à BBC, a ministra angolana da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, discordou.
"O facto de existirem em Angola vários canais privados de rádio e televisão sem qualquer tipo de pressão por parte do Governo prova que existe uma grande liberdade de imprensa em Angola", disse.
 Em Angola temos uma imprensa - especialmente a estatal - que monopoliza e que tem uma forma de informação de mais propaganda, de mais intoxicação e de mais lavagem cerebral da população
Elias Isaac, director da Open Society em Angola
O Jornal de Angola, em particular, publica regularmente editoriais atacando os que questionem a política ou o desempenho de Angola.
De acordo com Elias Isaac, o director da ONG Open Society em Angola, não há liberdade de imprensa no seu país.
"Em Angola o que existe é uma imprensa - especialmente a estatal - que monopoliza e controla o espaço quase todo e que tem uma forma de informação de mais propaganda, de mais intoxicação e de mais lavagem cerebral da população."
Apesar de haver mais diversidade de pontos de vista em Luanda, onde a Rádio Ecclésia - da Igreja Católica - menciona incansavelmente questões sociais e onde grande parte da população tem acesso à Internet, as pessoas que vivem fora da capital angolana dependem, em grande medida, dos media estatais para se informarem.
Nos últimos anos, vários novos grupos de media começaram a operar em Angola, incluindo a Medianova e a Score Media.
Foram colocados no mercado novos projectos como a TV Zimbo, a Rádio Mais e jornais como o Expansão e os semanários Económico e O País.
 Há uma cultura instalada de auto-censura nos próprios orgãos públicos. Há situações - principalmente nos orgãos públicos da comunicação social - sem sequer haver a intervenção dos poderes
António Freitas, do semanário Novo Jornal
Mas, de acordo com Elias Isaac, o facto desses grupos pertencerem a altos funcionários governamentais e a individualidades próximas do MPLA, cria interrogações sobre as suas intenções e interesses.
"Há certas figuras públicas, com poder político e económico, que estão a criar essas novas entidades de imprensa para darem a entender ao público - especialmente ao estrangeiro - que em Angola a imprensa está a desenvolver-se, há mais canais. Mas isso não é verdade!
"A maior parte dessas novas entidades que estão a começar a emergir defendem interesses dos poderes políticos, defendem interesses dos poderes económicos"
Autocensura
E o que é que os próprios jornalistas acham?
António Freitas é o chefe de redacção do Novo Jornal, um semanário privado conhecido pelas suas análises e críticas, não apenas ao governo.
Segundo ele, alguns jornalistas temem criticar.
"Há uma cultura instalada de auto-censura nos próprios orgãos públicos. Há situações [de auto-censura] - principalmente nos orgãos públicos da comunicação social - sem sequer haver a intervenção dos poderes.
"Os próprios jornalistas em si previamente conhecem os seus limites ou muitas vezes agem por moto próprio e praticam a auto-censura - o que limita a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão dos cidadãos, o direito à informação diversificada, o direito a dar voz a quem não tem voz."
António Freitas disse que ele e outros colegas no Novo Jornal não praticam a auto-censura; o seu objectivo, segundo ele, é publicar sempre a verdade.
Terá sido devido a essa recusa em seguir a "linha oficial" que o conglomerado português Escom teria colocado o Novo Jornal à venda.
 Quem vem a Angola e vê os jornais que temos, os meios de comunicação social que temos e os conteúdos que divulgam, não sei onde é que pode encontrar censura
Miguel de Carvalho, vice-ministro da Comunicação Social
Há agora sugestões de que pessoas envolvidas com o grupo Medianova estariam a tentar comprar a publicação.
Mas António Freitas disse à BBC que não podia fazer comentários sobre esse processo.
Há também informações segundo as quais um outro jornal independente, o Semanário Angolense, poderá estar prestes a ser comprado por individualidades próximas do governo angolano.
Os poucos semanários que restam enfrentam sérias pressões devido à falta de rendimentos publicitários e, de forma rotineira, têm os seus repórteres aliciados para postos mais bem remunerados nos media estatais.
A BBC questionou o vice-ministro angolano da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho, "Wadijimbi", sobre o controlo estatal dos media e a manipulação da informação.
"O país tem uma diversidade de opiniões e cada um tem de respeitar a opinião do outro. Isso é que é democracia! Quem vem a Angola e vê os jornais que temos, os meios de comunicação social que temos e os conteúdos que divulgam, não sei onde é que pode encontrar censura." 

Louise Redvers Correspondente da BBC em Luanda.

Fonte:
BBC para a África


Oliver Stone virá ao Brasil para lançar documentário sobre América Latina

O cineasta norte-americano Oliver Stone, vencedor do Oscar de melhor direção com Platoon e Nascido em 4 de Julho, deverá pousar no dia 31 de maio em São Paulo para a pré-estréia de Ao sul da fronteira (South of the Border), documentário no qual aborda a guinada à esquerda em importantes países latino-americanos.

Apresentado pela primeira vez no ano passado, durante o Festival de Veneza, o filme foi dirigido e produzido por Stone. Com sua equipe, viajou do Caribe até além da Cordilheira dos Andes para relatar a situação política do subcontinente nos últimos dez anos. Entrevistou os principais presidentes identificados com a nova onda.

Guillaume Horcajuelo/Efe
Oliver Stone, neste sábado em Cannes, durante a apresentação de Wall Street II

O protagonista do documentário é o venezuelano Hugo Chávez, mas também foram gravados Raul Castro (Cuba), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Rafael Correia (Equador), Cristina Kirchner (Argentina) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil).

Chagas sociais e econômicas

O co-roteirista Tariq Ali, historiador e cientista político paquistanês, definiu o documentário como um “road movie político”. Com uma idéia na cabeça e uma câmera na mão, Stone busca decifrar as razões que levaram à virada política na região e quais os caminhos propostos pelos novos dirigentes. “As mudanças não estão ocorrendo através da luta armada, mas por sucessivas eleições democráticas”, ressalta Ali. “Esse é um fato muito significativo para a América Latina.”

Veja o trailer do filme


O documentário aborda as políticas de livre mercado implementadas nos anos oitenta e noventa, com suas chagas sociais e econômicas, sugerindo que as calamidades financeiras provocadas pela cartilha do Fundo Monetário Internacional (FMI) e as privatizações foram o combustível para o fracasso e o afastamento das velhas elites dirigentes.

O diretor também registra a maneira como a imprensa norte-americana trata o presidente venezuelano e seus colegas. “O projeto começou a partir da demonização dos líderes latinos pela mídia”, afirma Stone ao Opera Mundi. “Acho Hugo Chávez uma figura extremamente dinâmica e carismática. Ele é solto e afetuoso. Mas quando estou nos Estados Unidos não paro de escutar histórias de terror sobre o ‘ditador’ e o ‘homem mau’. Chávez é apresentado sempre como uma ameaça à liberdade.”

Esse não é o primeiro projeto de Oliver Stone com um olhar sobre a América Latina. Nos últimos anos dirigiu também Comandante (2003) e Looking for Fidel (2004), a partir de entrevistas com o líder cubano e outros personagens, inclusive oposicionistas.

O cineasta deverá iniciar a turnê de lançamento de Ao sul da fronteira logo após o Festival de Cannes, onde apresentou Wall Street II, com Michael Douglas. A première brasileira do documentário está marcada para a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), no bairro paulistano de Higienópolis, apenas para convidados.

Fonte: Operamundi

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Jovem congolês tem vida dura no Quênia, mas mantém seus sonhos


Civis congoleses deixam suas casas após sofrer ataques no leste do país. 
A violência continua a deslocar pessoas na República Democrática do Congo. (Foto: D. Benthu Nthengwe/ ACNUR)

O refugiado congolês Jonh*, de 15 anos, não pede muito. O jovem diz que tudo o que quer é um colchão e a chance de aprender a falar inglês, embora ele sempre pense nos seus irmãos e nos seus pais que foram mortos ano passado no Congo, na volátil província de North Kivu.
Há muitos desafios para este menor desacompanhado, mas pelo menos ele tem um teto sobre sua cabeça graças a um encontro fortuito com uma simpática colega refugiada da República Democrática do Congo (RDC). Jeanette vem da mesma tribo e mora com sua família de sete pessoas na favela de Soweto, em Nairóbi (capital do Quênia).
Com a ajuda do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), John também pediu refúgio no Quênia. Ele é um dos cerca de 50 mil refugiados registrados e requerentes de asilo em Nairóbi, incluindo 951 menores desacompanhados, que escaparam dos conflitos em North Kivu. Acredita-se que há muito mais que não se registraram junto às autoridades.
“A vida no Quênia é difícil. Não há emprego, nem educação e nem amigos”, suspirou John, que está enfrentando os problemas que milhões de outros refugiados vivem em ambientes urbanos. Mais da metade dos 10,5 milhões de refugiados sob a proteção do ACNUR vive em vilarejos e cidades, sendo cada vez mais predominantemente mulheres, crianças e idosos com necessidades especiais.
A agência da ONU para refugiados tem respondido a esta mudança no perfil do refúgio com a adoção de uma nova política que enfatiza a obrigação do ACNUR e dos países de acolhida em proteger refugiados urbanos e respeitar sua condição. Entretanto, um relatório divulgado recentemente pelo Comitê de Resgate Internacional e o Instituto de Desenvolvimento para o Exterior, um think tank britânico, aborda especificamente os desafios enfrentados pelo ACNUR e seus parceiros na ajuda a refugiados urbanos em Nairóbi.
Em North Kivu, a família de John ganhava a vida como criadores de gado, mas, como ele explicou, “nós tivemos que nos deslocar muito por causa da guerra, e eu só tive a chance de ir à escola durante um ano.” Em junho do ano passado, grupos armados trouxeram o conflito ao seu vilarejo perto da cidade de Betembo e John teve que fugir para salvar sua vida. “Eu tenho duas irmãs mais novas e dois irmãos, mas eu não sei se algum deles está vivo”, disse ele, acrescentando: “Tudo que eu sei com certeza é que meus pais estão mortos”.
Deixado por conta própria, o garoto teve que crescer muito rápido. Temendo que fosse muito perigoso para John permanecer escondido em North Kivu, outro pastor de gado que conhecia sua família o ajudou a cruzar a fronteira ugandense. De lá, ele foi levado para Nairóbi na parte traseira de um caminhão.
Em grandes cidades como Nairóbi, alguns refugiados têm problemas para contatar o ACNUR e receber o apoio que precisam. Porém, John teve sorte. Poucos dias depois de chegar à capital queniana, ele conheceu Jeanette em um mercado do centro. “Quando eu a ouvi falando minha língua, me aproximei dela”, lembrou John. Ela se ofereceu para deixá-lo ficar na sua espartana casa de um quarto que ela dividia com seus sete familiares.
John sabe que teve sorte, mas ele também percebe que as coisas poderiam mudar. “Eu não sei por quanto tempo posso ficar aqui”, disse ele, acrescentando que “há muito pouco espaço e não há dinheiro o suficiente para todos se alimentarem”.
O quarto, onde oito pessoas vivem, comem e dormem é de aproximadamente 10 metros quadrados. Há uma lâmpada pendurada no teto, mas que não funciona porque a conta de luz não foi paga. Há também um colchão de solteiro atrás de uma cortina, um banco pequeno e um fogão a gás de acampamento em um canto. “Eu passo a maior parte dos dias fazendo tudo o que eu posso para ajudar Jeanette, desde buscar água até a cuidar das crianças pequenas”, explicou John.
Embora ele fique deprimido quando pensa em sua situação, John não quer ficar em um acampamento, onde ele poderia se beneficiar de ampla assistência, incluindo acesso à educação, saúde e alimentação. “ Tenho medo que as pessoas que mataram meus pais estejam escondidas nos acampamentos, esperando para me matar também. Pelo menos me sinto mais seguro aqui, em Nairóbi. Não há muitos congoleses aqui”, disse ele. “Desde que eu possa ficar aqui, a vida estará bem”.
Mas John e outros como ele realmente precisam de ajuda, e a nova política do ACNUR para refugiados urbanos tenta resolver esta questão. É mais desafiador para a agência e seus parceiros fornecer serviços e monitorar as necessidades dos refugiados em cidades, comparados àqueles que vivem em acampamentos.
Enquanto isso, John ainda tem sua lista de desejos. “Um colchão para dormir! E eu quero estudar inglês. Comprar um carro simples e, talvez, se tornar motorista. Este é meu sonho”.
Ele não deseja voltar para North Kivu, onde a violência levou mais de um milhão de pessoas a fugir de suas casas nos últimos anos, sendo que muitos ainda procuram abrigo em outras partes da província, incluindo lugares administrados pelo ACNUR.

*Nome fictício para fins de proteção.
Dina Skatvedt Rygg em Nairóbi, Quênia
Fonte: ACNUR

ACNUR recupera acesso a 35.000 refugiados na República do Congo

O rio Obangui, fronteira natural entre a República do Congo e a República Democrática do Congo, joga um papel fundamental na vida dos refugiados que saíram da província de Equateur, no noroeste da RDC. (Foto: F.Lejeune-Kaba/ ACNUR)

Nos últimos dias as equipes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados recuperaram o acesso a cerca de 35 mil refugiados congoleses dispersos pela República do Congo ao longo do rio Oubangui, entre Doungou e Liranga, disse hoje em Genebra o porta-voz do ACNUR, Andrej Mahecic. Esse grupo faz parte dos 114 mil refugiados que fugiram dos conflitos gerados por disputas entre pescadores e fazendeiros na província de Equateur, no noroeste da República Democrática do Congo (RDC).

As operações militares da RDC contra milícias étnicas de Equateur impediram o acesso aos refugiados durante as últimas cinco semanas. Entretanto, o recente levantamento das restrições de segurança permitiu ao ACNUR retomar a assistência humanitária. Segundo Mahecic, “desde a semana passada nossos funcionários puderam retomar o cadastramento individual dos refugiados. Eles também estão tentando verificar o número de novos refugiados que chegaram de Equateur, onde novos violentos ataques da milícia Enyele foram relatados na cidade de Mbandaka, em meados de abril”.
Ataques similares, ocorridos em outubro passado, reanimaram o influxo para a ROC, levando o ACNUR  e outras agências da ONU a organizarem, em março, um apelo de emergência de US$ 59 milhões por comida, água, educação, abrigo, cuidados médicos e outras necessidades.
A situação dos refugiados nessa parte do Chifre da África configura uma das operações logísticas mais complexas desenvolvidas pelo ACNUR. As 114 mil pessoas que o ACNUR  está tentando ajudar nessa região estão dispersas por aproximadamente cem localidades, ao longo de uma faixa de 600 quilômetros do Rio Oubangui, o qual separa a República do Congo da República Democrática do Congo.
A maioria dos refugiados da RDC está localizada ao norte de Doungou. Ganhar acesso às pessoas através de uma área tão extensa e remota apresenta enormes desafios. De acordo com o porta-voz do ACNUR, todas as equipes e recursos vão para Impfond, onde são carregados em lanchas rápidas e outras embarcações que navegam pelo rio Oubangi. “Esta é a única maneira pela qual nosso pessoal pode ter acesso aos refugiados e entregar a tão esperada ajuda, embora consuma muito tempo e recursos. Por exemplo, nossas equipes precisaram de mais de dois dias para percorrer em barco os 287 quilômetros que separam Impfondo e Liranga”, afirmou Mahecic
Enquanto isso, o ACNUR planeja reforçar sua presença na província de Equateur, onde se estima que outras 30 mil pessoas foram deslocadas internamente. 
Fonte: ACNUR

Exposição O Brasil Africano



III ESPELHO ATLÂNTICO - MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA

III ESPELHO ATLÂNTICO - MOSTRA DE CINEMA DA ÁFRICA E DA DIÁSPORA
Evento apresenta a atual produção cinematográfica africana e afro-descendente

A CAIXA Cultural apresenta a “III Espelho Atlântico – Mostra de Cinema da África e da Diáspora”, com direção geral da cineasta Lilian Solá Santiago e que traz ao Rio de Janeiro sua primorosa seleção de filmes africanos e da diáspora negra. O evento acontece de 11 a 16 de maio, com exibições simultâneas nos cinemas 1 e 2.

A mostra “Espelho Atlântico” é uma rara oportunidade de assistir a importantes títulos, alguns inéditos por aqui, capazes de provocar uma profunda reflexão sobre os pontos de identificação e convergência entre as identidades brasileira, africana e ocidental
.

Esta terceira edição proporcionará uma abordagem atual e significativa da produção cinematográfica africana contemporânea e da realizada fora do continente, mas que dialoga diretamente com a herança cultural do continente africano.

Falar de diáspora é reconhecer que a África vive. Não só nos territórios africanos de hoje, com sua enorme diversidade de povos e culturas, mas principalmente na Europa e Américas. Em todos esses lugares, o que é branco, europeu, ocidental e colonizador sempre foram os elementos considerados positivos, o que reflete na cinematografia.

A mostra “Espelho Atlântico” destaca o que comumente é posicionado em termos de subordinação e marginalização: o pensamento, os sentimentos e os traços negros – de africanos, escravizados e colonizados.


SERVIÇO:


III Espelho Atlântico – Mostra de Cinema da África e da Diáspora
Local: CAIXA Cultural RJ – Cinemas 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefones: (21) 2544-4080
Temporada: de 11 a 16 de maio de 2010
Horários: Sessões a partir das 19h
Ingressos: R$ 4,00 (inteira), R$ 2,00 (meia-entrada)
Acesso para portadores de necessidades especiais.
Classificação indicativa: Consultar programação


FESTA DE ABERTURA DIA 11/05 - 21h
Local: Estrela da Lapa
Av. Mem de Sá, 69 (próximo aos Arcos da Lapa)
DJ Zé Octavio (afro-beat, afro-cuban, afro-jazz, soul, funky e Rhythm n' blues)
Preço: R$ 20,00 ou R$10,00 (Ingresso do filme ou lista: espelhoatlantico@gmail.com)

REALIZAÇÃO
Terra Firme Digital

APOIO
ONG Estimativa
Goethe-Institut Porto Alegre / Coordenação Nacional do INPUT no Brasil
Faculdade de Comunicação e Artes do CEUNSP
Encontros Latinos
Estrela da Lapa
Kitabu Livraria Negra

PROGRAMAÇÃO E SINOPSES
Todas as sessões são às 19 horas.


*Dia 11/05 – terça-feira Exibição seguida de Festa de Abertura no "Estrela da Lapa"

“O espírito de luta (documentário)". Classificação 12 anos

(George Amponsah (Gana/ Estados Unidos / Reino Unido, 2007, 80 min.)

Premiado com o AfroPop Award (2008) e no Festival de Documentário Real Life, exibido no New York African Film Festival e no Africa In The Picture Film Festival.

Três boxeadores, dois homens e uma mulher de uma pequena comunidade de Gana, buscam seu caminho para conquistar os maiores prêmios desse esporte, em Nova Iorque e Londres. A realidade da África moderna, os sonhos e ambições de seus jovens lutando por recompensa, respeito e a conquista de seu espaço.

Roteiro: George Amponsah/ Produção: Michael Tait/ Produção Executiva: Leslie Amponsah, Christi Collier, Jacqui Timberlake/ Fotografia: George Amponsah/ Montagem: James Devlin/ Trilha sonora: Eric Windrich/ Produtora: Guardian Films/ Produtor Associado: Dionne Walker

*Dia 12/05 – quarta-feira
Quero um vestido de noiva”. Classificação 12 anos

(Zimbabwe, 2008. Direção: Tsitsi Dangarembga. Ficção, Beta SP, 26’, Cor)

Kundisai está de casamento marcado e deseja comprar um belo vestido de noiva. Tanto ela quanto seu noivo não têm dinheiro para transformar esse sonho tão simples em realidade. Para conseguir o vestido, Kundisai faz escolhas que podem não ter o resultado esperado.

Roteiro: Tsitsi Dangarembga/ Produção: Olaf Koschke/ Fotografia: Linette Frewin/ Montagem: Olaf Koschke/ Trilha sonora: Sister Flame/ Produtora: Nyerai Films com apoio de UNFPA Zimbabwe

Yandé Codou, uma griot de Senghor”. Classificação Livre

(Senegal, 2008. Direção: Agèle Diabang Brener. Documentário, Betacam, 52’, Cor)

Prêmio de público de melhor documentário no Festival de Filmes de Dakar (2008).

A cantora Yandé Codou Sène, 80 anos de idade, é uma das últimas mestras da poesia polifônica “sérère”. O filme é um olhar íntimo sobre uma diva que atravessou a história do Senegal perto de um dos seus maiores mitos, o presidente e poeta Léopold Sédar Senghor.

Roteiro e Produção: Angèle Diabang Brener/ Diretor de Produção: Fabacary Assymby Coly (Loguiss)/ Assistente de Produção: Coudy Aly Dia/ Fotografia: Florian Bouchet & Fabacary Assymby Coly/ Montagem: Yannick Leroy/ Edição: Damien Defays/ Som: Mouhamet Thior/ Mixagem de som: Damien Defays/ Trilha sonora: Yandé Codou Sène, Wasis Diop, Youssou Ndour/ Produtora: Karoninka/ Co-Produção: Africalia Belgium


*Dia 13/05 – quinta-feira

“Darluz”. Classificação 12 anos

(Brasil, 2009. Direção: Leandro Goddinho. Ficção, MiniDV, 15’, Cor e P&B)

“Dei José, dei Antonio, dei Maria. Dei, daria e dou. Não posso criar.”

Premiado no 17º Festival de Vídeo de Teresina – PI e no 16º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá. Selecionado para o 10º International Film Festival Hannover.
Elenco: Mawusi Tulani, Antonio Vanfill, Carolina Bianchi, Ricardo Monastero, Ester Laccava, Tayrone Porto, Valdir Grillo, Lucélia Sérgio/ Roteiro: João Fábio Cabral e Leandro Goddinho/ Direção de Produção: Juliana Kiçula e Renata Esperança/ Produção: Leandro Goddinho/ Fotografia: Fred Ouro Preto/ Direção de Arte: Antonio Vanfill/ Montagem: Leandro Goddinho/ Design de som: Leandro Goddinho

Aproveite a pobreza”. Classificação 14 anos

(Holanda, 2008. Direção: Renzo Martens. Documentário, BetaCam, 90’, Cor)

Selecionado para a abertura de Amsterdam International Documentary Festival.

Durante dois anos, o diretor viajou pelo Congo, desvendando a indústria da luta contra a pobreza no país pós-guerra civil. Sua conclusão: a pobreza veio para ficar, e "combatê-la" é uma indústria que em nada beneficia os pobres.

Roteiro: Renzo Martens/ Produção: Peter Krüger, Renzo Martens/ Fotografia: Renzo Martens/ Montagem: Jan De Coster/ Edição de Som: Raf Enckels/ Mixagem de som: Federik van de Moortel/ Produtora: Renzo Martens Menselijke Activiteiten/ Co-Produtora: Inti Films

*Dia 14/05 – sexta-feira

“Quase todo dia”. Classificação Livre

(Brasil / Estados Unidos, 2009. Direção: Gandja Monteiro. Ficção, 35mm, 18’, Cor)

Selecionado para o Los Angeles Latino International Film (2009), Festival do Rio de Janeiro (2009) e Tribeca Film Festival (2009).

Em um dia de inverno, Priscilla e sua filha percorrem uma longa jornada enfrentando engarrafamentos, situações inesperadas e o descaso das pessoas de quem Priscilla mais precisa neste importante momento de sua vida.
Elenco: Priscila Marinho, Agatha Marinho, João Lima, Fernanda Félix, Hélio Braga/ Roteiro: Gandja Monteiro/ Produção Executiva: Gandja Monteiro, Kevin Sutavee/ Produção: Carol Albuquerque/ Fotografia: Julia Equi/ Montagem: Gandja Monteiro, Bruno Toré/ Som: Bruno Fernandes/ Mixagem de som: Richard Levengood/ Direção de arte: Carolina Britto / Produtora: 6&B Films/ Co-produção: Laura Grant/ Produtora Associada: Juliana Monteiro, Ana Sette, Bruno Toré

35 doses de rum". Classificação 14 anos
(França/Alemanha, 2008. Direção: Claire Denis. Ficção, 35mm, 100’, Cor)
Selecionado para o Toronto Film Festival (2008) e Festival de Veneza (2008). Premiado em Gijón International Film Festival (2008) e nomeado em Chlotrudis Awards (2010).
O viúvo Lionel vive com sua filha, Josephine no subúrbio de Paris. Enquanto ele atrai a atenção de uma mulher de meia-idade, um taxista do bairro flerta com Josephine. Lionel percebe que a filha está ficando independente e que talvez seja hora deles confrontarem seus passados.

Elenco: Alex Descas , Mati Diop , Nicole Dogué , Grégoire Colin , Jean-Christophe Folly, Julieth Mars, Djedjé Apali, participação especial: Ingrid Caven/ Roteiro: Jean-Pol Fargeau e Claire Denis/ Direção de Produção: Benoit Pilot/ Produção: Bruno Pesery/ Fotografia: Agnès Godard/ Montagem: Guy Lecorne/ Música: Tindersticks/ Direção de arte: Arnaud de Moléron/ Som: Martin Boissau, Christophe Winding e Dominique Hennequin/ Produtora: Soudaine Compagnie/ Co-produção: Christophe Friedel e Claudia Steffen


*Dia 15/05 sábado

“Black Berlim". Classificação Livre

Selecionado para o Lateinamerika-Institut (LAI) da Universidade Livre de Berlim (FU Berlin).

(Brasil /Alemanha, 2009. Direção: Sabrina Fidalgo. Ficção, DV, 13’, Cor e P&B)

Nelson é um jovem baiano estudante de engenharia em uma renomada universidade em Berlim. Leva uma vida hedonista, distante de suas verdadeiras raízes. Tudo muda quando ele passa a encontrar Maria, uma imigrante ilegal do Senegal. As lembranças o remetem a um passado que ele preferia esquecer.

Elenco: Bobby Gomes, Sabrina Fidalgo, Robson "Caracú" Ramos, Marília Coelho, Walter Chavarry, Luíza Baratz, João Vítor Nascimento,Tonia Reeh, André Schröder, Carolina Ciminelli, Juan Velloso Melo, Clara Buentes e Lucas Cruz/ Narração: João Correa/ Roteiro: Sabrina Fidalgo/ Produção Executiva: Sabrina Fidalgo e Monique Cruz/ Fotografia: Ras Adauto/ Montagem: Chico Serra e Fernando Oliveira/ Trilha sonora: Liz Christine/ Direção de arte: Marcelo Moraes/ Som: Toninho Muricy/ Mixagem de som: Bruno Espírito Santo/ Produtora: Kfofo Productions/ Co-produção: Eduardo Raccah/ Co-produção: Casa Cinco Produções, Associação Cultural & Teatral Ubirajara Fidalgo


“Em Quadro - A História de 4 Negros nas Telas”. C
lassificação Livre

Selecionado para a abertura da Mostra Especial Fora de Competição do 37º Festival de Cinema de Gramado e para o Festival do Rio (2009).

(Brasil, 2009. Direção: Luiz Antonio Pilar. Documentário, Color Digital, 93’, Cor)

O documentário retrata vida e obra de Ruth de Souza, Zezé Motta, Léa Garcia e Milton Gonçalves. Os cineastas Roberto Farias, Cacá Diegues, Antonio Carlos da Fontoura e Joel Zito Araújo relatam experiências em obras como O Assalto ao Trem Pagador, Xica da Silva, A Rainha Diaba e Filhas do Vento.

Roteiro: Luiz Antonio Pilar/ Produção Executiva: Luiz Antonio Pilar/ Assistente de direção e produção: Flavia Trindade/ Fotografia: Daniel Leite e Werner Lachtermacher/ Montagem: Duda Villa Verde e Flavia Trindade/ Trilha sonora: Julius Britto/ Produtora: Black e Preto Produções Artísticas, LAPILAR Produções Artísticas


*Dia 16/05 Domingo

“Doido Lelé". Classificação Livre

(Brasil, 2009. Direção: Ceci Alves. Ficção, 35mm, 15’, Cor)

Premiado no 4º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino, exibido na mostra Corrida Audiovisuelle, em Toulouse como convidado da École Supérieure d’Audiovisuel (ESAV), França.

Caetano sonha em ser cantor de rádio na década de 1950 e foge todas as noites de casa para tentar, sem sucesso, a sorte num programa de calouros. Até que, uma noite, ele aposta tudo numa louca e definitiva performance.

Elenco: Vinícius Nascimento, Jussara Mathias, Maurício Pedrosa, Nonato Freire/ Produção: Vanessa Salles/ Roteiro: Ceci Alves/ Produção Executiva: Fátima Fróes/ Fotografia: Pedro Semanovschi/ Montagem: Dedeco Macedo/ Direção de arte: Hamilton Lima/ Trilha Sonora: Gerônimo Santana/ Som: Napoleão Cunha

Bem-vindo à Nollywood". Classificação 12 anos
Selecionado para o Full Frame Documentary Film Festival (2007), Avignon Film Festival (2007) e Melbourne International Film Festival (2007).

(Estados Unidos, 2007. Direção: Jamie Meltzer. Ficção, 35mm, 56’, Cor)

Em Lagos, capital da Nigéria, o diretor segue três dos mais conceituados realizadores de Nollywood, cada um com seu diferente estilo e personalidade, enquanto produzem seus filmes sobre amor, guerra, traição e o sobrenatural.

Roteiro: Jamie Meltzer/ Produção: Michael Cayce Lindner, Henry S. Rosenthal/ Fotografia: Bruce Dickson, Akinola Davies, Jamie Meltzer/ Montagem: Daniel J. Friedman/ Música: Ben Krauss e Dave Nelson/ Co-produção: National Black Programming Consortium e Infinity Films Nigeria/ Produtores Associados: Chris Eriobu, Akinola Davies, Bruce Dickson



Assessoria de Imprensa
CAIXA Cultural Rio de Janeiro
(21) 2202 3096 / (21) 2202 3086
cultura.rj@caixa.gov.br
www.caixa.gov.br/caixacultural