quarta-feira, 28 de julho de 2010

Entidades denunciam extermínio da juventude negra



Movimentos sociais e organizações populares promoveram, na terça-feira (06), o “Dia de Denúncia do genocídio da população negra e pobre de São Paulo”. Para marcar a data, uma comissão organizada pelas entidades entregou, a várias instituições, um dossiê contendo denúncias de torturas e assassinatos de jovens negros e pobres pela Polícia Militar no estado de São Paulo.

O membro do Conselho-geral da UNEafro Brasil Douglas Belchior explica que a iniciativa faz parte de uma campanha permanente de denúncia contra o Estado, acusado pelos movimentos de executar, por meio de suas polícias, ações violentas nas periferias. “O Estado de São Paulo e seus governos têm tido uma atitude irresponsável” , afirma.

A comissão foi acompanhada por Maria Aparecida de Oliveira Menezes, mãe do motoboy Alexandre Menezes dos Santos, espancado até a morte por quatro PMs em frente à sua casa, na zona sul de São Paulo, em maio deste ano.

Dossiê

As entidades levaram o dossiê ao Ministério Público de São Paulo, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Arquidiocese de São Paulo, Federação Israelita do Estado e Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

De acordo com Belchior, o grupo foi acolhido e pôde apresentar a campanha em todas as instituições, com exceção do Palácio do Governo.

Ele relata que a comissão tentou entregar o dossiê pessoalmente ao governador Alberto Goldman (PSDB), que estava no local, mas o grupo não foi recebido.

O secretário da Casa Civil, Luiz Antonio Guimarães Marrey, também não recebeu o grupo, e ainda recomendou, segundo o membro da UNEafro, que a questão fosse discutida na Secretaria da Segurança Pública. O dossiê só pôde ser entregue ao Assessor Especial do Governador, José Carlos Tonin. “É assim que o governo trata o povo, como caso de segurança pública, de
polícia”, lamenta.

Na semana passada, o dossiê havia sido entregue à Defensoria Pública de SP, a Secretaria Especial de Direitos Humanos em Brasília e ao Setorial de Defesa de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). O mesmo documento foi protocolado junto à Comissão Especial de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, em audiência pública no dia 9 de junho.

Mobilização continua

Apesar de não receber a atenção do Palácio dos Bandeirantes, Belchior considera que a mobilização foi positiva para a campanha, que deve ganhar novas forças. “Todas [as entidades] se colocaram á disposição para somar nessa nossa luta”, afirma.

Além de dados oficiais sobre violência policial e de relatos de abusos e arbitrariedades, o dossiê pede a exoneração imediata do Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, e do comandante geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Camilo.

As próximas iniciativas da campanha, de acordo com Belchior, são o encaminhamento das denúncias a cortes internacionais, como a própria OEA. Além disso, ele ressalta a necessidade de promover mobilizações junto às periferias, a fim de conscientizar os jovens sobre a urgência das lutas. “Não é possível esperar nem mais um dia para que cesse essa situação”, ressalta.

Fazem parte da campanha Uneafro Brasil, Movimento Negro Unificado (MNU),Tribunal Popular, Amparar, Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), entre outras organizações.

Segundo o dossiê, pelo menos 11 mil mortes foram classificadas como “auto de resistência” (como são denominados os óbitos ocorridos em confrontos) em São Paulo e no Rio de Janeiro entre 2003 e 2009.

Patrícia Benvenuti
Fonte: Brasil de Fato

Ciclo Cultural o Levante dos Malês em 09 e 12 de Agosto no Rio de Janeiro


Dia 9 de Agosto
Local: Saguão Câmara Municipal Rio
de Janeiro Praça Floriano s/nº
Cinelândia - Rio de Janeiro - RJ

Dia 12 de Agosto
Local:
Praça Pio X, 119/9º andar
– Candelária

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I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta” - 24 a 26 de Agosto de 2010 em Maceió

por Arísia Barros

O Brasil é o segundo país com maior concentração de população negra do mundo. Alagoas é o segundo menor estado da federação e o maior em desigualdade racial, apesar de toda importância histórica de Palmares.

O I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta” que acontece no período de 24 a 26 de agosto de 2010, é movimento concentrado de esforços individuais e coletivos para o enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais e traz como principio o estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e social.

O I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta” nasce de uma interlocução entre o movimento social negro/Projeto Raízes de Áfricas e diversas instituições, dentre elas, o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério de Educação/SECAD, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Braskem, Livrarias Paulinas,dentre outras parcerias, ainda não confirmadas, e tem como objetivo construir e consolidar movimentos permanentes para a promoção da abolição de idéias, conceitos, preconceitos que interferem na construção do ideário sócio-étnico.
Como também aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas negra/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidade negra.
Tendo como um dos alicerces a transversalidade da Lei Federal nº10.639/03, que criou a obrigatoriedade do estudo da África e dos afro-descendentes no currículo escolar,em Alagoas com a especificidade da Lei Estadual nº 6.814/07, o I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o que a História Oficial Ainda Não Conta”, será aberto a diversas artes que dialoguem sobre pertencimento identitário e nossas histórias afirmativas.
Construir Conversas Negras é criar possibilidades de reflexão e o redimensionamento da questão estrutural do racismo, não só nos currículos das escolas alagoanas, mas em todos os espaços formativos na busca de criar um processo de diálogo social que contemple e problematize temas relacionados com a descriminação e desigualdades raciais.
E, sobretudo discutir o racismo como violência de caráter endêmico, implantada em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de uma longa tradição de práticas institucionalizadas.

O (Black Agost) Agosto Negro

O (Black Agost) Agosto Negro surgiu na década de 70 na Califórnia, nos Estados Unidos, caracterizando-se como um mês de grande significado para a cultura negra por ser uma data de resistência contra à repressão e de esforços individuais e coletivos contra o racismo.

Na época, o movimento foi comandado pelo grupo americano Black/New Afrikan Liberation Moviment e nasceu a partir de ações de homens e mulheres que lutaram contra as injustiças sobre os afro descendentes.

A repercussão positiva do movimento negro norte-americano originou adaptações do Black Agost à realidade local de outros países - como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia - que enfrentam a discriminação e desigualdade racial.

1-Objetivo:
Estabelecer movimento concentrado de esforços individuais e coletivos para o enfrentamento do racismo estrutural e suas conseqüências sociais.

2-Objetivos específicos:

1-Estabelecimento de canais de comunicação entre a população e as instituições locais, incentivando o sentimento de pertencimento étnico e social;

2-Agregar valores aos currículos institucionais contemplando e problematizando temas relacionados com as questões que dizem respeito ao negro na sociedade brasileira. Lei Caó nº 7.716/89. Lei Federal nº 10.639/03. Lei Estadual nº 6.814/07.
3-Aproximar a sociedade do ideário acadêmico e a academia das conversas negras/sociais e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidade negra;
4- Socializar ferramentas didáticas e conteúdos referentes ao ensino da História da África e cultura afro-brasileira.

3- Sujeitos de Direito:

150 vagas abertas ao público,a partir do dia 30 de julho.

Para solicitar sua inscrição envie um e-mail para:

raizesdeafricas@gmail.com.br, promomaceio@paulinas.com.br

Mais informações: 8815-5794/8898-0689/8882-2033

terça-feira, 27 de julho de 2010

Três escritores africanos no prêmio Portugal Telecom.

Três escritores africanos estão nomeados para o Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa:
Ondjaki ("Avó Dezenove e o Segredo do soviético"), José Eduardo Agualusa ("Barroco Tropical") e o Moçambicano Mia Couto ("Antes de nascer o mundo"que em portugal foi editado com o nome de Jesusalé").
Quatro escritores portuguêses também fazem parte da lista: José Saramago ("Caim"),Antonio Lobo Antunes (com duas obras:"O meu nome é Legião" e "que cavalos são aqueles que fazem sombra nomar?") Mário Claudio ("Boa noite,senhor soares") e Maria Teresa Horta (com "poemas do Brasil").Todos fazem parte da lista de 54 semifinalistas do prémio que já foram apresentados no dia 15 de maio,no real gabinete de leitura,no rio de janeiro.Os Brasileiros Rubens Fonseca("O seminarista"),João Ubaldo Ribeiro ("O albatroz azul"),Dalton Trevisan("Violetas e pavões") Luis Fernando Veríssimo ("Os espiões"),Milton Hatoum ("A cidade ilhada") e Chico Buarque ("Leite derramado"),são alguns dos selecionados.Um jíri composto por Alicides Villaça,Allison Marcos Leão,Antonio Carlos Secchin,Antonio Torres,Beatriz Resende,Cristovão Tezza,Jerusa Pires Ferreira,José Castello,Lorival Holanda,Regina Zilberman,Sergio Sá e pelos curadores do prémio (Benjamim Abdala Jr,Leyla Perrone-Moisés,Manuel da Costa Pinto e Selma Caetano) irá decidir quais serão os dez finalistas.Os nomes do finalistas serão divulgados em Agosto e júrifinal elege a 8 de Novembro os três livros vencedores.O prémio portugal telecom de literatura em língua portuguêsa contempla três vencedores.O vencedor do ano passado foi Nuno Ramos,com o romance "Ó".
O site do prémio é,www.premioportugaltelecom.com.br/2010.

Fonte:N.J

Primeiro centro de Referência da Juventude na Baixada é de Caxias.

Mais de 700 jovens de Duque de Caxias poderão contar,a partir de agora,com um espaço onde poderão participar de cursos profissionalizante e oficinas de campo livre,com a inauguração do centro de referência da juventude (CRJ).A finaldade do CRJ é reduzir o número de jovens em situação de vulnerabilidade social.A unidade conta com infraestrutura voltada para qualificação profissional dos jovens menos favorecidos,com idades entre 15 e 29 anos,que poderão cursar informática,webdesigner,cabelereiro e manicure,entre outros.As inscrições já foi aberto desde abril e poderão ser feitas no segundo andar do restaurante cidadão,onde funcionará o projeto.A unidade,a primeira da baxaida fluminense,foi criada através de parceiria entre as secretarias estadual e municipal de assistência social e direitos humanos (SEASDH).Além de colaboradores do município e do estado.A festa terminou com uma apresentação de jovens do grupo o Juobá Axé e de um grupo musical formado por jovens dos CRJ da rocinha e do canta galo,norio."Com este projeto buscamos promover a inclusão social através da inserção do jovens no mercado de trabalho e no convívio social",observou,que anunciou a criação do conselho municipal da juventude."Já temos o conselho da mulher e o conselhoi do idoso. Agora,chegou a vez de criarmos o conselho da juventude em nossa cidade".

Fonte:Jornal Campinarte.

sábado, 24 de julho de 2010

Solano Trindade

Hoje é aniversário de nascimento de Solano Trindade: "O Poeta Negro". Também pintor, teatrólogo, cineasta, ator, folclorista e acima de tudo um cidadão sensível à luta cotidiana dos que resistem às agruras da vida. Ativista pela valorização da cultura popular brasileira foi amigo e companheiro de luta de Abdias Nascimento, Haroldo Costa, entre outros e um dos pais do Teatro Popular Brasileiro.

Nasceu no Recife, mas viveu em Embu, em São Paulo e em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, RJ. Neste poema um pouco do seu cotidiano e da gente sofrida que vive e trabalha naquele município.


TEM GENTE COM FOME

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Piiiiii

Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer

Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu

Lei um pouco mais sobre a vida e obra de Solano Trindade

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Câmara Municipal de Vitória aprova Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista

Foi votado na Câmara Municipal de Vitória um Projeto de Lei de autoria do Vereador Reinaldo Bolão,
criando na cidade de Vitória o Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista.

PL nº. 010/2010

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA/ES.

     O Vereador signatário, no uso de suas atribuições regimentais, vem perante V.Exa. propor a apresentação do Projeto de Lei que segue abaixo:

EMENTA
“Institui, no município de Vitória, o dia 15 de novembro, como o Dia da
Umbanda e do Umbandista”

Art. 1º - Fica instituído no Calendário Oficial do Município de Vitória, o dia 15 de novembro, como Dia da Umbanda e do Umbandista
Art. 2º - O Dia da Umbanda e do Umbandista tem como objetivos:
§1º - Estimular a interação e confraternização entre a comunidade umbandista e demais religiões;
§2º - Proporcionar à população o conhecimento das atividades e trabalhos sociais realizados pela comunidade umbandista;
§3º - Divulgar a comunidade umbandista capixaba suas realizações bem como a situação de comunidades análogas no Estado do Espírito Santo, no Brasil e no mundo;
§4º - Fomentar uma cultura de paz entre todas as confissões religiosas e grupos étnico-raciais, preservando a liberdade de crença, a transigência religiosa e o espírito de respeito recíproco e convivência harmônica entre todas as religiões e crenças
Art. 3º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Vitória, 13 de abril de 2010.

Reinaldo Bolão
Vereador - PT



--
"Umbanda é Religião, portanto só pode fazer o BEM !!!"
Alexandre Cumino

Duque de Caxias ganha duas novas unidades do Faetec Digital.

Uma fica no JardimPrimavera,na Rua Vicente Celestino,490-antigo Rua 2,no bairro de mesmo nome.A outra é a Faetec Digital Santa Cruz da Serra,na Rua da Matriz,16,Loja 05.Com estas inaugurações,em todo o estado, estarão em funcionamento 60 unidades.No local,você imprime ou envia currículos para empresas;Acessa o INSS para marcar perícia médica,solicitar prorrogação ou reconsideração do benefício,auxilio maternidade e fazer agendamento eletrônico de todos os atendimentos do instituto,e muito mais....

Fonte: Jornal Campinarte.

Área Hospitalar do Sumbe ganha plantações de Árvores.

Pelo menos 70 Árvores foram plantadas na área hospitalar do Sumbe,província do Kwanza Sul pelos ativistas e colaboradores do órgão social da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).Atividade enquadrou-se nas celebrações do "Dia da terra",contou com a participação dos responsáveis da direção provincial do Kwanza Sul,entre outros convidados.Para a presidente do órgão social,Raquel Reis,"o interessante foi sensibilizar as pessoas sobre a magnitude dos problemas Ambientais que se tem registrado nos últimos tempos".O "Dia da terra" surgiu como um movimento universitário,converteu-se em um importante acontecimento Educativo e Informativo.Os grupis ecologistas utilizam-no como uma oportunidade para avaliar os problemas do Ambiente do ar,água e solos,a destruição de ecossistemas,centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis.O órgão social da IURD criado há 16 anos,é uma organização de caráter filantrópico afeta a instituição eclesiastica,e um dos parceiros sociais do governo que desenvolve gestos de solidariedade a favor das comunidades carentes,visando minimizar as suas dificuldades sociais.

Site: www.iurdangola.net
Fonte: J.A CAPITAL

Destination Québec: cursos na Aliança Francesa, no Rio de Janeiro, para os interessados em migrar para o Quebec, Canadá




Bonjour!

Pour vous  qui préparez votre départ  au Québec et appréciez la culture de la région, l’Alliance Française de Rio de Janeiro propose l’atelier Destination Québec.
Ce module de 25h vous procurera une vue d’ensemble de la culture québecoise.
Ce sera l’occasion de connaître un peu de l’histoire et de la géographie de la région, le fonctionnement du système de santé, d’habitation et d’enseignement du Québec, des éléments utiles pour une meilleure intégration professionnelle et sociale du candidat à l’immigration.
Voici les coordonnées du module prévu pour le 2e semestre 2010:

Filiale: Ipanema – Rua Garcia d’Ávila, 72 – Ipanema – Tel: (21) 22594489 - ipanema@rioaliancafrancesa.com.br
Horaire: Samedi – de 09h à 12h à partir du 07-08
Charge Horaire –  25h
__________________________________________________________________________

A Aliança Francesa, em parceria com o governo do Québec, oferece aos candidatos à imigração cursos
diversos de francês e um ateliê específico.
Os candidatos se preparam para a imigração cursando o francês como melhor lhes convier dentre nossos cursos regulares, de férias, ateliês e cursos temáticos, e têm a opção de cursar ainda o ateliê Destination Québec.
Neste ateliê, de 25 horas,  você aprende um pouco da história e da geografia quebequense (como é o clima do país, como se organiza o sistema de saúde, habitação e ensino do mesmo, etc.),
necessitando apenas de 50 horas prévias de francês.
O objetivo é oferecer as condições necessárias para a melhor integração profissional e social do candidato à província, através do domínio do francês e do conhecimento de aspectos sócio-culturais quebequenses.
Seguem as coordenadas do módulo previsto para o 2º semestre de 2010:

Filial: Ipanema – Rua Garcia d’Ávila, 72 – Ipanema – Tel: (21) 22594489 - ipanema@rioaliancafrancesa.com.br
Horário: Sábado das 09h às 12h –  início a  07-08
Carga horária: 25h


Aliança Francesa do Rio de Janeiro
Escritório de Imigração do Québec


*Favor não responder esse e-mail. Para mais informações sobre o Atelier, entre em contato com a Aliança Francesa do Rio de Janeiro.
Para perguntas sobre o programa “Imigração Québec”, escreva para: qc.bresil@mri.gouv.qc.ca .*

Enviado por Regina Petrus.  Niem/Ippur/Ufrj

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Angolanos no Brasil / Duas Faces de uma Moeda


Realidade diferentes de exilados e bolseiros que encontram conforto em ângulos diferentes,e m terras tupiniquins.  Embora a colonização em si seja considerada uma das principais causas da "diáspora angolana", a guerra que começou antes mesmo da independência oficialmente proclamada no dia 11/11/1975 foi a que mais provocou o êxodo dos angolanos pelo mundo, notadamente para o Brasil.  À época, alguns dos que deixaram Angola e rumaram para o país do continente vizinho eram pessoas com visão futura e projeção intelectual de fazer inveja a qualquer nação deste planeta.  Outros nem tanto, mas tinham a certeza e o argumento que a batalha armada pelo poder seria longa e anteciparam-se fatos. O exílio forçado fez muitos estabelecerem-se no Brasil.  Homens, na sua maioria pais de família, vieram primeiro, observaram as oportunidades e posteriormente trouxeram o restante dos seus parentes.  Outros nem planificaram, famílias inteiras saíram praticamente com a roupa do corpo, embarcaram  em pequenos barcos e aventuraram-se.
"O meu pai ,Ricardo de Oliveira Feltrin, originário da província de Malanje, foi um dos que veio sem nada, apenas com a roupa do corpo.  À época havia deixado o país sem olhar para trás supostamente por traumas que havia testemunhado.Em vida no Brasil nunca quis discutir a fundo o que se passou para emigrar ou mesmo discutir o seu regresso,pois sentia-se magoado", conta a filha também a angolana Elisa Feltrin, 40 anos, mãe de dois filhos.  O Rio de janeiro foi o primeiro ponto de concentração de uma centena de angolanos, onde o senhor Feltrin era parte.   Para metade deles, a falta de adaptação e as oportunidades na nova terra estava em cidades dos estados (províncias) de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 
Era 1972 e enquanto Angola ainda era colônia de Portugal, o Brasil já há muito libertado colhia os frutos da alta dos preços do petróleo e crescia economicamente como nunca. Alguns dos Angolanos que vieram para São Paulo conseguiram emprego nas montadoras de automóveis instaladas  no parque industrial de São Bernado do Campo, cidade onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possui a sua residência particular.  Outros não tiveram sorte e continuaram como nómadas à procura de sobrevivência."Assim como os emigrantes de outros países Africanos os Angolanos absorveram o jeito Brasileiro e literlmente misturaram-se na sociedade",resume o professor da Universidade de São Paulo (USP),Kabengele Munanga da Republica
Democrática do Congo.Segundo ele,que teve como teste de pesquisa a vida de Africanos emigrados para
o Brasil,é difícil encontrar Africanos da quela época porque estão totalmente adaptados ao modo de vida do
Brasileiro e já não mais se identificam com Angola ou qualquer outro país Africano mesmo que ainda tenham
parentes por aqui"."A grande maioria dos que vieram na década de 70 e 80 não concluíram os seus estudos,
arranjaram trabalhos braçais alguns muito rentáveis,outros nem tanto,e misturaram-se aos milhões de Brasileiros das classes C e D e vivem dignamente".A família da Angolana Lina Tavares Correia,é um exemplo típico da migração desesperada de sucesso.Os seus pais,conta ela,emigraram duas vezes."Saíram de Cabo Verde para Angola e de pois durante a guerra civil,que assolava o interior,vieram num barco com
mais 32 famílias para o Brasil.Atracamos no porto da cidade de Itajai,no estado de Santa Catarina.Todas
famílias estão espalhadas no estado",explica Lina.Segundo ela,ninguém exatamente sabia para onde iriam os
barcos lotados com pessoas e mamtimentos para alguns dias."Só soubemos que viríamos para o Basil quando estávamos em águas Brasileiras.Foi para sorte",lembra a Angolana hoje funcionária de uma Universidade na cidade."De Angola fomos para a África do Sul numa viagem de nove dias.Dela viemos para
o Brasil e gastou-se mais 19 dias",continua a mulher de 40 anos e com um filho.Viagens como as de Lina
Tavares Correia e mais 32 familias viriam a ocorrer num novo ciclo de imigração de Angolanos para o Brasil,de acordo com dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),no primeiros anos da
década de 90,auge do recrudescimento da guerra em Angola.Desta vez centenas de milhares aportavam
silenciosa mente no Brasil por meio dos navios cargueros.Jovens na sua maioria,cansados da guerra queriam
novas oportunidades.Chegavam ao Rio de janeiro e por lá ficavam.Na terra de assilo,o exilado é sempre o
"outro",que ora é desprezado ou infantilizado,ora é odiado como invasor ou concorrente-no mercado de
trabalho,por exemplo.Nessas condições,parece verdadeiro também o inverso da máxima de sastre que afirma que"o inferno são os outros".Não tinham estudos,muito menos profissão.O pouco dinheiro que tinha
sirviu para construir casas de madeira as chamadas favelas carioca,o bastião da pobreza no Rio de janeiro.
Muitas vezes o exilado vive um dilema enquanto se encontra na terra de asilo.Por um lado,ele é considerado
como alguém que abandonou sua pátria,ao invés de lutar por ela.Por outro lado,ele é considerado um herói
por conseguir se adaptar a viver ou sobreviver-em terra estrangeira,num contexto olhei o à sua realidade costumeira.Razão porque a literatura e a história sobre o exílo estão repletas de episódios heróicos,românticos,gloriosos e,até mesmo triunfais sobre a vida dos exilados.Os exilados Angolanos no Rio de janeiro têm vivido essa experiência da maneira mais dramática nas favelas,no contexto da criminalidade que envolve esses lugares que,para eles,são outros 'tristes trópicos'.Enquanto esses jovens exilados empenham os seus esforços para vencer em diversas áreas da vida quotidiana-o que é,de certa forma,uma
maneira de superar a dor mutiladora da separação da terra e culturas de origem-eles devem,convencer e provar a todos que estão a seu redor que não são criminosos,colaboradores de bandidos,traficantes de drogas etc...A situação complica-se mais ainda quando são considerados não apenas como simples criminosos-o que não deixa de ser absurdo mas,principalmente como especialistas que ministram treino de guerrilha urbana aos bandidos dos morros e favelas do Rio de janeiro.Esse mito de "Angolano bandido",
"Angolano-traficante"e"Angolano-instrutor de bandido"torna os Angolanos,aos olhos dos políciais,como pessoas mais perigosos que os bandidos que a polícia carioca costumeiramente enfrenta.No complexo da maré,por exemplo,está atualmente a maior comunidades de Angolanos no Rio de janeiro.Os moram nessa favela todos são alvos dos traficantes.Embora a maioria desses exilados seja formada por pessoas que saíram de um país em guerra à procura da PAZ,não querendo portanto envolver-se em conflitos de qualquer ordem,eles tornam-se quase alvos de todos os bandidos.mas exitem os que querem estar livres desse estigma.Pedro Ivo de Almeida Guimarães,23 anos natural de Luanda,foi para o Brasil com o irmão,Luiz Guimarães de 28 anos,para fazer a vida."Os primeiros meses foram bastante difíceis,mas depois logo nos adaptamos.Como morávamos na favela observamos de tudo e não dava para fingir que a bandidagem estava ao nosso lado",explica.Como não tinha uma profissão comecei a integrar-me no movimento de retirada de jovens da bandidagem"eu não era bandido muito menos instrutor mas queria a oportunidade que era dada aos Brasileiros",detalha.Enxergou um futuro quandocomeçou a jogar na equipe principal de basquetebol de ruas da central única das favelas,a CUFA mesmo com sua pouca altura começou a destacar-se com os seus malabarismos com a bola,coisa que um Norte-Amercano faz com facilidade.
"Ao mesmo tempo em que jogava volei a estudar-ele frequenta duas faculdades,uma de análise de sistema e outra de engenharia.Hoje dou aulas em escola pública e faço Shows de exibiçaõ em várias quadras improvisadas pelo país a fora",conta o Angolano.O seu sonho,assim como o do seu irmão,é concluir os estudos até 2011 e regressar para Angola."Estão a dar muita oportunidade como guerra terminou e o país
resolveu crescer economicamente",resume.Estudantes-nas entrada do século 21 tem acontecido um momento interessante de migração de Angolanos.Certos de que o país entrou no hall das nações cuja PAZ é
o principal fator de estabilidade,muitos estão a sair de Angila para estudar no Brasil e quando chegam encontram Angolanos dispostos a sair da atividade do trabalho braçal,ou da criminalidade,para retomar os estudos e regressar.O crescente número de jovens Angolanos interessados em estudar nas universidades Brasileiras está relacionado com a abertura de vagas que o país o ferece."Angola enfrenta diversos problemas económicos,o que também reflete na estrutura e qualidade do ensino.No Brasil,podemos desenvolver estudos e pesquisas que vão nos auxiliar muito quando regressamos aos nossos países.O intercâmbio de experiências é fundamental para nós "afirma o estudante de engenharia civil,Oswaldo Marques da Silva Neto.Um exemplo desta crescente integração foi o encontro de estudantes Angolanos,que
reuniu cerca de 80 pessoas recentemente na Universidade Federal do Paraná (UFPR).O evento foi realizado
em parceiria com a Universidade de Brasília (UNB).Quarenta universitários Angolanos participaram também
do cursos de extensão "qualidade de vida,saude e politícas de enfrentamento da epidemia mundial do HIV-SIDA".Há cinco anos a morar em Curitiba,Lisângela Flora Pelinganga,está a formar-se em administração pela (UFPR).Ela conta que a sua vinda ao Brasil é fruto da dificuldade que os jovens têm para encontrar uma boa formação universitária no país."Quando deixei Angola,não havia curso na minha área,por exemplo".
Lisângela,que divide um apartamento com outras duas conterrâneas,diz que este tipo de encontro os ajuda a lidar com a distância e a falta que sentem da família.Para melhorar ainda mais a integração e incentivar o regresso ao país o governo faz a sua parte.Criou institutos sociais para ajudar as pessoas sem condições financeiras a estudar em países como o Brasil.A fundação José Eduardo dos Santos,a JMPLA,-organização
juvenil Angolana ligada ao partido no poder-e empresas como a Sonangol são muitas instituições que atuam
fortemente na educação dos jovens Angolanos.Mas também há os que terminam os cursos e não querem regressar."O meu pai trabalhava na pescaria cardoso,em Benguela.Estava cansado,largou tudo e veio para o Brasil.Não durou muito tempo para ir buscar a minha mãe e os oitos filhos,todos nascidos em Benguela,
vieram também",disse Paula Cristina Baptista Lopes,pedagoga e professora do ensino médio no Brasil.
Ela diz ter saudades de Angola e que sempre ensina os filhos,três,que um dia voltará a terra natal.Voltarei,
mas não agora.A saudade pé imensa",conclui.A contrapartida dos bolseiros?deixar a família,os amigos,
o curso superior iniciado na única Universidade pública do país e ir para o Brasil estudar.É um desafio que,segundo as estudantes Evalina Muenho,Margarida dos Santos,Tânia de Sousa,Magda Oliveira e
Yara da Silva,vai valer o sacrificio.Elas são alunas do curso de odontologia da (FURB) e no primeiro dia em sala de aula estranharam um pouco a liberdade dos estudantes:"Em Angola ninguém assiste às aulas com boné na cabeça,nem interrompe o professor,a não ser por uma questão realmente relevante",observa Magda.A atitude dos colegas de classe,porém,garante,não atrapalhou em nada o desempenho do professor,
"que explicou lindamente o conteúdo".Magda,assim como a maioria das colegas que estão a cursar odontologia,estudava medecina em Angola,"optamos pela bolsa,mesmo que não seja para cursar medecina,principalmente pela garantia do emprego no regresso ao nosso país,e a Sonangol é uma das melhores empresas para lá se trabalhar",explica Margarida dos Santos.

Angolanização leva BP a Tribunal.

A BRITISH PETROLEUM (BP),ou mais concretamente,a sua subsidiária em Angola ,a BP Angola,está a passar por uma reformulação interna.Jose Patricio,que até há bem pouco tempo assumia a direção da Empresa no país saiu da petrolífera,mas antes disso,alguns quadros Angolanos já o tinham feito também.

Caso Cabinda.

RAÚL DANDA PREOCUPADO COM JULGAMENTO.
O ativista dos Direitos Humanos Cabindense,André Zeferino Puaty,começou a ser julgado em Cabinda,depois de estar detido durante cinco meses.André é o primeiro de um grupo de seis pessoas que foi detido pela polícia depois do atentado terrorista à delegação Togolesa de futebol.Contactado por este semanário,o deputado da UNITA,e natural de Cabinda,Raúl Danda,afirmou desconhecer as causas que fazem com que as autoridades julguem à pressa o ativista dos direitos humanos André Puaty."Temos conhecimento deste julgamento e devo dizer-lhe que estou surpreso pela pressa que está a ser empregue no jugamento de Adré ",disse.Entretanto,o advogado Davd Mendes não irá representar André.Tudo porque a carta que terá enviado para o tribunal provincial de Cabinda para o oficializar terá desaparecido misteriosamente.Para o seu lugar foi apontado o advogado Luíz do Nascimento,depois de outros nomes terem sido recusados."ficamos com a impressão que não interessa va ao sistema que o Puaty fosse representado por David Mendes,nem por outros advogados apontados",disse uma fonte afecta ao processo.
Puaty foi acusado de ter em seu poder o livro "o problema de Cabinda exposto e assumido à luz do direito e da justiça",obra do advogado Francisco Luemba,também ele detido rstá ainda marcada a data para o julgamento dos outros detidos,apesar de Antonio Bento Bembe ter dito,a quando de uma visita à província  de Cabinda,que os julgamentos estavam para breve.Puaty,que erá funcionario da multinacional Americana Chevron,foi detido em sua casa na manhã de 8 de janeiro,horas antes do ataque à Seleção Togolesa que ia participar no campionato Africano de futebol.A empresa empregadora acabou por suspender o vínculo contratual com ele,deixando de lhe pagar salário.Por outro lado,uma concentração silenciosa para apelar ao respeito pelos Direitos Humanos em Angola irá realizar-se na próxima terça-fera,no dia de África na capital Portuguêsa,Lis boa.Numa iniciativa da amnistia internacional,a atividade acnteceu na rua Fradeso Silveira,em frente ao Consulado Angolano.Os ativistas presentes ostentar cartazes,lonas e painéis com frases de protesto,como "fim aos desalojamento urbano,sim,mas no respeito pelos Direitos dos Cidadãos","fim às limitações à liberdade de expressão","proteção aos defessores dos Direitos Humanos",sim à liberdade de opinião",e "julgamentos justos,sim","que Angola seja também o <>dos Direitos Humanos"."negócios com Angola só com compromisso de respeito pelos Direitos Humanos","fim aos interesses que abafam os Direitos Humanos",sim à liberdade que a independência prometeu","o mundo é lugar perigoso de se viver,não por causa daqueles que fazem o mal,mas sim por causa daqueles que observam e deixem o mal acontecer",Albert Einstein.

Fonte: N,J

Últimos suspiros do Roque Santeiro.

Um dos maiores mercados a céu aberto de África deixará de existir onde sempre existiu.O maior mercado popular do país com os dias contados,a julgar pelos prazos avançados pelas autoridades do país que protejam a transferência do mesmo já,para Panguila.Entre aqueles que fizeram daquele espaço um lugar para fazer a vida,crescem sentimentos de saudade daquilo que fica,ansiedade pelo futuro e algum nervosismo por deconhecierem as razões da mudança.

O QUE SERÁ DOS JOVENS BISCATEIROS?
Adão Nascimento,outro vendedor do Roque que,está preocupado com o desemprego a que estarão sujeitos centenas de jovens,hoje ocupados neste poderoso mercado ao ar livre.O governo,em sua perspectiva,deve estar preparado para dar emprego a estes jovens.<>,lamentou,sublinhando que no caso dele,não sabe se terá aderência de clientes.Entre o saudosismo e a ansiedade por um futuro misterioso,Inês Fernando que comercializa bens alimentares,pensa que ao invés de os governantes se preocuparem com o Roque,<>.<>,desabafou,acrescentando que com a transferência do mercado em referência,aumentará o número de Zungueiras e Deliquentes nas ruas.Panguila é a terra prometida,contra todas as contestações,os vendedores do célebre mercado do Roque,conhecido como um dos maiores de África,e se não pelo menos de Angola,têm que começar alidar com uma dura realidade:Arrumar as <> e <> para o Panguila.Assim foi decidido e assim será feito.

Fonte: A capital.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A vez da Kabetula.

A intensidade do som do batuque,da ngoma,da dikanza,da puita,dos apitos e dos chocalhos prendeu a atenção de todos os que estiveram presentes na espetaculos.

CONSERVAR UM ESTILO GENUINAMENTE ANGOLANO.
A Kabetula sempre foi o estilo de dança com que se apresentou o grupo.Segundo os estudiosos que acompanharam o União Kwanza,trata-se de um ritmo musical que se associa à dança,muito próxima da dizanda e da cabecinha,estilos oruindos da região do Bengo."Ao som da ngoma,dos batebates(em número de até quatro),da dikwanza,da puita,dos apitos e dos chocalhos,os balairinos se repartem em duas alas dispostas em paralelo,tendo de um lado as senhoras e do outro os homens".Segundo um documento,os homens apresentam-se geralmento vestidos de camisola interior ou camisas feitas de cetim e uma saia feita de quatro lenços de cabeça que permite movimentos bastante soltos,ao passo que as mulheres vestem-se de panos,
quimone,lenço ou turbante."O canto é bastante melodioso,onde a harmonia das vozes se destaca,tendo como base uma solista que é correspondida por todos os integrantes do grupo,secundaso pelas palmas que lhe marca o compasso(...);as suas mensagens transmitem o sentimento das populações que representam,o seu quotidiano,as suas proezas e desgraças(...)".O comandante Adão realçou que a Kaberula continuará a ser o estilo com que o grupo União Kwanza vai-se apresentar nesta e noutras edições.Segundo ele,o veterano Ti Fatiti,do União Kwanza,a introdução doutros estilos na representação do União Kwanza pode fazer com que a Kabetula venha a desaparecer nos próxumos anos,já que é o único grupo que ainda dança e preserva esta dança.

A MODÉSTIA DO GRUPO.

O grupo nunca chegou a conquistar qualquer edição.O comandante Adão recorda que no tempo colonial já chegaram ao segundo e terceiro lugares,mas desde que foi retomada a festividade em 78 nunca voltaram a estar tão próximo do t´tulo.Apenas um terceiro lugar,mas na clase B.Em 2009,voltou a concorrer nesta classe,alcaçando um humilde décimo lugar.Os integrantes do União Kwanza pensam que o grupo até agora não alcançou o pódio por ser muito distinto e o jurado basear a sua avaliação em itens que não permitem visualizar os aspectos particulares da sue dança e coreografia.Este ano,por ser um dos homenageados,o grupo irá desfilar apenas como participante,sendo que não poderá concorrer.Apesar disso,está a preparar-se com a mesma dedicação e afinco,como demonstrou na gala."O melhor para nós é o deste ano de 2010,em que o ministério da Cultura decidiu reconhecer e homenagear o nosso grupo",dissr,considerando que com este apoio o grupo poderá crescer ainda mais e melhoreae a sua prestação nas próximas edições do entrudo.

SAMANYONGA,O PAPÃO DA LUNDA-NORTE.

O grupo União Mundo do Samanyonga e o segundo homenageado este ano pelo ministério da Cultura.
Radicando na província da Lunda-Norte,o seu nome tem origem no bairro em que o grupo nasceu (Samanyonga),localizado no município do Chitato,cidade do Dundo.Criado em 1979,ano em que começou a se dançar o carnaval na Lunda-Norte,o grupo participou em todas as edições do carnaval realizadas naquela província e chegou a vencer sete vezes(Nos anos de 1983,1998,1999,2000,2006,2008 e 2009).Por dez vezes saiu em segundo lugar e foi cinco vezes o terceiro clasificado.O Kandjendje e a Cianda são os tipos de dança com que se apresenta,sob o ritmo de instrumentos e meios como o batuque e chocalhos.Na sua indumentária são indispensáveis adereços como missangas,panos enrolados(Mafunya),lenços,dentre outros. atualmente com cerca de 60 membros,entre instrumentistas e balarinos,o grupo é dirigido por Estavão Cririanze,Bernardo Muatxi Sengue e Mualia Ngueno.

Fonte: N.J

África em Cannes.

A tragédia Tchadiana,o primeiro filme Africano em competição nos últimos 13 anos em Cannes,foi a atração do festival.Um homem que grita,de mahamatsaleh haroun,que deve o seu título ao poeta Martinicano Aimé Cesaire-
"um homem que grita não é um curso de dança"-resumo a essência da tragédia do Tchade e a Guerra Civil através de uma pequena e estranha história familia.Um bangão sexagenário,ex-campeão Pan-Africano de natação e o seu filho são os responsável por uma piscina de um luxuoso hotel de Djamena.Com a mudança dos donos e a conseguinte produção de pessoal,apenas o filho se mantém no trabalho.Em plena Guerra Civil,o governo impõe sacrifícios ao povo ou recruta os jovens à força o que,para o pai desemprego,a segunda opção é uma esperança de recuperar o emprego.                                                                                                     
Fonte: N.J

As inscrições para o VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde encerram no dia 20 de julho de 2010

As inscrições para o VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde encerram no dia 20 de julho de 2010 devido ao grande número de inscrições. Não deixe para fazer sua inscriçao na última hora.

Voce pode encontrar a ficha de inscrição no blog www.religioesafrosaude.blogspot.com que deve ser enviada para a Comissão Organizadora(
seminariorede2010@yahoo.com.br) até o dia 20 de julho de 2010.

VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

Seja bem vindo ao VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

Data: 18 a 20 de agosto de 2010
Local: Hotel Excelsior - Avenida Atlântica 1800 - Copacabana - Rio de Janeiro

Realização: Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e Secretaria Muncipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro/Caravana do Axé

Público: lideranças de terreiros, gestores e profissionais de saúde, conselheiros de saúde, gestores de promoção da igualdade racial, ativistas do movimento negro

Benguela com novo dinâmica Cultural.

Cena Benguela é um projeto de promoção de Arte e Cultura na província de Benguela,de incentivo a produção de Arte por artista locais e de lançamento de Benguela no circuito de intercâmbio internaciomal de Arte e Cultura tal como acontece com Luanda há já bastante tempo,lê numa nota chegada ao NJ.Os mentores do projeto pretendem acabar com uma certa "lnexistência"de atividade Cultural na província,"que esperamos esteja definitivamente resolvida com o início deste projeto a que chamamos de Cena Benguela e que tem como parceiros a Alliance Française,o elinga teatro,e outras entidades privadas e públicas e com o apoio do governo provincial de Benguela e da direção provincial da Cultura".Por isso arrancou o espetáculo de teatro Brasileiro"eis que te dou os meus olhos",de Yaru Candido e direção de Marcus Jabus,no anfiteatro do museu de arqueologia.

Fonte: N.J

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Des-nacionais

(Texto e Fotos: Sindia Santos) | Também publicado em Global BR

A mulher negra agachada ao lado da mesa improvisada com caixotes plásticos estendeu a mão oferecendo um pedaço de Kuanga. A massa de mandioca, dizia Mama Bia, era um prato congolês muito parecido com o angu mineiro. Durante a semana, a massa seria misturada ao feijão, temperado com azeite de palma (similar ao óleo de dendê), cebola e alho, e fortalecida com folhas de mandioca. Ou então, misturada ao peixe, transformando- se num forte pirão.

– Hoje estou fazendo uma quantidade maior porque vendi para um casal de congoleses.

Desde as cinco da madrugada, Mama Bia se punha a amassar e enrolar em cilindros a mandioca que fora cozida, posta para secar, esfarelada e misturada a água quente. Suas costas se contraíam no esforço repetido.

– Prova, é boa.

Ela pousava um pedaço da massa sobre os lábios para mostrar que o gosto era bom. Em seguida recolhia da testa os fios de cabelo em desalinho, que escapavam da blusa laranja enrolada na cabeça. As feições rígidas do rosto tornavam impossível saber se a oferta para experimentar o prato era um pedido ou uma ordem.

Mama Bia seguia empilhando os cilindros na gaveta do freezer quando Kembo bateu a sua porta:

– Mama Bia, vai ter culto hoje?

Um domingo a cada quinze dias, Mama Bia recebe moradores das redondezas que se juntam àqueles da casa para realizarem o culto cristão-africano da Igreja Kinbanguista. Ela responde que sim com a cabeça e apressada se põe a ajeitar o pátio na entrada da casa, onde o culto seria realizado.

A casa é um sobrado com oito quartos, em cada quarto uma família. Mama Bia é a moradora mais antiga. Kembo chegara fazia cinco meses da República Democrática do Congo e aguardava a resposta ao pedido de refúgio. Mama Bia deixara a Angola há oito anos, veio para o Brasil atrás do marido que morava aqui há quatro.

No pátio, caixas de uma velha bateria são enfileiradas próximas às cadeiras ajeitadas lado a lado. À frente, uma mesa coberta com lençol branco improvisava um púlpito. Sobre ela, uma imagem dos três filhos de Simon Kinbangu, profeta que levou o cristianismo para a República Democrática do Congo, é pendurado na parede.

A manhã segue no vai-e-vem de mulheres a ajeitar seus quartos. Algumas lavam louça, outras roupa. O tanque coletivo que fica no fundo do quintal vira pia de cozinha e as roupas são lavadas em baldes, onde as peças são mergulhadas, postas de molho e esfregadas.

Beni, de seis anos, cruza o corredor, enrolada numa toalha branca, os cabelos protegidos por uma touca. Sua mãe, Patrícia, segue atrás com um balde cheio de água. O banho de Beni acontece ali mesmo, ao lado das mulheres que lavam roupa. Patrícia ensaboa o corpo de Beni com um pedaço de pano, dando atenção para os pés. Depois com uma jarra plástica, enxágua a menina. Logo, o corredor é tomado pelo cheiro de sabonete.

Kembo toma um analgésico. Sente-se muito doente, passara as últimas noites com febre e agora era acometido por uma dor de barriga que nas semanas seguintes desencadeariam hemorróidas. Ele se preparava para voltar ao quarto quando Sandra, que também mora na casa há poucos meses, passa de camisola em direção ao banheiro. Seu andar ondulante carrega o peso de quase quatro meses de gravidez. Sandra, o marido e o filho William dividem o quarto com Patrícia e sua filha Beni.

– Mulher tem que ter filhos, diz Kembo.

Aos 40 anos, Kembo não tem filhos, sua vida está assentada em projetos futuros: aguardar a concessão do refúgio, procurar um trabalho, fazer um curso de informática, outro de português, e então procurar um trabalho melhor; tudo longe de seus familiares, de seu país.

– Ficar sem filhos não é bom para mim. Meu pai me nasceu, também tenho que nascer filhos.

Kembo vai até a entrada da casa e abre a porta. Do andar de cima chega a voz de mulher numa música que parece uma lamentação. A espera para que as coisas se ajeitem no Brasil pode ser longa e Kembo sabe disso. Para cada estrangeiro que consegue reconhecimento como refugiado, outros dois têm o pedido negado. Atualmente, há 15,2 milhões de refugiados pelo mundo, quatro mil no Brasil. Dali a três semanas Kembo seria um deles.

– Não pisa no chão! Calça os chinelos e depois vai procurar a tua mãe.

Kembo chama a atenção do menino William. A criança volta para o quarto ainda chorando, acabara de acordar e reclamava a ausência da mãe que logo foi lhe socorrer.

Mama Bia finaliza a arrumação, varre com força escadas e calçada como que para mandar embora algo além da sujeira. Logo vai se arrumar, é a única que possui banheiro dentro do quarto. Os 16 moradores restantes usam dois banheiros coletivos, um no andar de cima e outro no quintal.

Enquanto Mama Bia veste uma espécie de bata com tecido africano de cor laranja e amarelo por cima da blusa preta, sua filha, Vânia, acorda. A menina de sete anos dormia numa cama de casal que ocupava metade do quarto. Na outra metade pia, fogão, geladeira e freezer se aglomeram.

– Moro nessa casa por necessidade. O Rio de Janeiro é bom para quem tem dinheiro. Do contrário, como se vive?

Mama Bia enrola um tecido roxo na cabeça, ajeita o cabelo, passa creme nas mãos, veste uma calça jeans.

– Consegui refúgio um ano após ter pedido. Desde então, já trabalhei com faxina, de babá, ajudante de limpeza, mas o salário era tão baixo que vender senglas nas ruas era melhor. Senglas em congolês, aqui se chama “sacolé”.

Aos poucos ela abre espaço entre panelas, utensílios domésticos e alimentos, organizando- os embaixo de mesas e sobre a geladeira. Na televisão sobre a cômoda, o Pica-Pau ri . Vânia se levanta e prepara o próprio achocolatado no chão, onde antes a mãe batia e enrolava a massa.

– No carnaval vendo muito senglas. Por isso comprei esse congelador. Passo a noite preparando os sucos e pondo-os no freezer, no dia seguinte ponho no isopor e vou vender aqui no sambódromo.

Lá fora, as mulheres seguem lavando o corredor onde a pintura se desprende em escamas e deixa à mostra a parede velha e mal cuidada. Mama Bia detém o olhar nas tubulações improvisadas.

– Nasci no Congo, me mudei para a Angola quando casei, meu marido era de lá. Tenho outra filha, Niquia, de 17 anos, que ficou com minha mãe, faz muito tempo. Foi no Congo que aprendi a fazer Kuanga.

Kuanga, a massa de mandioca, tem um gosto azedo, e na medida que se espalha na língua, o azedo fica mais denso.

– A gente não faz como aqui, não botamos sal em comida porque é o tempero que deve sobressair.

No início, o Brasil foi difícil. O modo de vestir de Mama Bia, com panos coloridos amarrados ao corpo, e de arrumar os cabelos, armando-os com linhas igualmente coloridas, logo chamaram a atenção.

– Fui na Central do Brasil pegar o trem e me perguntaram se era carnaval.

Muito a contra-gosto, passou a usar jeans e prender os cabelos, já então alisados, com grampos e elásticos. Ao mesmo tempo, vendia Kuanga para os vizinhos, e lhes ensinava seus penteados.

– Ainda visto minhas roupas e faço meus penteados, mas só em dias especiais.

Nenê, que mora num dos quartos do andar de cima desce as escadas segurando uma bacia de ferro. Dentro, um peixe enrolado no jornal, ainda com escamas. Esse vai ser o almoço de Kembo.

Desde que ela veio morar na casa, há três meses, Kembo lhe paga para ser incluído nas refeições. Nenê vive com dois filhos, um deles recém-nascido. Há poucos meses no Brasil, ela só fala em lingala, um dos dialetos falados no Congo, seu país de origem.

– Ela quer saber se essa reportagem não vai prejudicar as pessoas que moram na casa, explica Kembo. Ele diz que não, mas Nenê permanece inflexível e sobe as escadas dando a conversa por encerrada. Nas próximas semanas, não receberá mais Kembo para as refeições.

Mama Bia acompanha a cena de longe. Os outros moradores que também presenciaram o desentendimento se voltam em expectativa para ela. Sendo a mulher que mora há mais tempo na casa e uma das mais velhas em idade, nada ali dentro acontece sem que lhe peçam autorização.

– Deixa a Nenê para lá, sua irritação deve ter motivo.

Os moradores da casa compreendem que Nenê tenta se preservar. O território onde vivem agora é um pedaço de seu país no Brasil, ali podem falar em lingala, comer Kuanga, vestir roupas coloridas sem que nenhum olhar invoque estranhamento.

Mama Bia, Kembo, Sandra, Patrícia, Nenê, estão entre os 42 milhões de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e migrar para outras cidades, ou pedir refúgio para outros países. Eles já não podem ser chamados de angolanos ou congoleses, e muito menos de brasileiros. Possuem uma “des-nacionalidade” que passeia entre as duas coisas.

Sindia Santos é colaboradora de Outras Palavras e Biblioteca Diplô. Jornalista, pós-graduada em Jornalismo Literário pela ABJL (Academia Brasileira de Jornalismo Literário), adora narrativas e é movida por um imenso encantamento pelo ser humano e tudo o que ele é capaz de criar. Atualmente mora no Rio de Janeiro.

Enviado por Regina Petrus. NIEM/IPPUR/UFRJ

quarta-feira, 14 de julho de 2010

El Universo Negro Brasileño - Capoeira sociocultural em Barcelona - 14 a 18 de Julho 2010


Mais informações

Enviado por Regina Petrus. NIEM/IPPUR/UFRJ


Grande Risco no Darfur.

A região do Darfur é "Explosiva" e há um "Grande Risco" para Refugiados e pessoal internacional se as Nações Unidas não renovarem o seu mandato no Chade no próximo mês,alerta  o chefe da missão da ONU no país,o Português Vitor Ângelo.

Fonte: N.J

Eleições na Nigéria em 2011.

O vice-presidente da Nigéria,Goodluck Jonathan,que assumir a presidência ,definitivo até no fim do mandato por causa do falecimento do presidente Nigeriano que merreu no hospital,com 58 anos de idade.Goodluck Jonathan,prometeu que o seu país iria organizar eleições credíveis em 2011,considerando que esta era a primeira etapa para a boa governação.

Fonte: N.J

Corrupção,Adição e Subtração do Zero.

"A chamada "Tolerância Zero",ao configurar uma amnistia aos crimes económucos praticados ao longo de mais trinta anos de governação,por alguns dos mais altos responsáveis do aparelho de estado,das empresas públicas e da estrutura castrense,está longe de ser consensual.Não sendo adepto de nenhum tipo de perseguição,não advogo,porem,a passividade dos órgãos da justiça perante o desfile de tanta ostentação de riqueza.Não deixo,por isso,de partilhar as inquietações de todos aqueles que acham imorala declaração,pura e simples,de um perdão a todos quantos se serviram do estado para enriquecimento ilícito e enlamearam a imagem de Angola de corrupção.Ou seja,com a"Tolerância Zero",quem se locupletou com os bens do estado merece ser"Amnistiado".Quem soube ser árbitro e jogador ao mesmo tempo merece ser "Galardoado".Quem soube envolver-se na prática de bronqueamento de dinheiro sujo merece ser "Protegido".Quem soube usar o tráfico de influência para promover o enriquecimento dos filhos deve ser "Glorificado".E quem não o fez? na lógica de quem se banqueteou com os dinheiro públicos merece ser "Ultrajado".Ora,se isto não e imoral,digam-me lá então o que é? já o anúncio de uma nova era no combate à corrupção pode ser visto como uma iniciativa que merece,no mínimo,ser encorajada na perspectiva de podermos resgater,neste dominio,a esperança perdida.Uma esperança renascida pela vontade política expressa pelo presidente em moralizar por dentro o comportamento dos servidores públicos.O problema é que tal intenção entronca com algumas reservas.Se olharmos para a plateia,concluiremos dede logo que os ábitros e os jogadores são os mesmos.Ou seja,muda-se o palco mas não os atores.O problema é que os discursos são floreados,mas estão embalados numa música que toda a gente já conhece de cor e salteado.
O problema é que sendo a cantilena velha,a atmosfera não pode se não continuar a estar ensombrada com nuvens de dúvidas e de cepticismo em relação à eficácia do combate à corrupção.O problema é que todos gostariamos de ter a garantia de que,por exemplo,no futuro,semple que venhamos a destepar,mesmo à luz da vela,a cama de um crime de colarinho branco,não lençol onde circula dinheiro indecifrável.O problema é que a teia de cumplicidade é tão grande que,perante eventuais denúncias que possam vir a sacudir a estratosfera do poder,aquelas,à partida,podem estar já condenadas a evaporar-se no espaço e tempo.E os cidadãos,que não são todos,sabem disso...O problema é que,talhados em pedra e hipnotizados como uma urna,ninguém aceitar pôr as mãos no fogo para assegurar que não venhamos a continuar a ser confundidos com uma cortina de criaturas especiais cuja lógica de atuação nos últimos anos,de forma verdadeiramente voraz,assentou na apropriação do aparelho de estado.O problema é que ninguém aceita afiançar que os proprietários do colarinho branco,tingidos por irrestrita e dourada impunidade e com liberdade para eveludar o saque da esquerda para a direita e de cima para baixo,venham a deixar de desfilar fortuna fácil, através de refinados métodos de contas de subtração ao estado... O problema é que o seu engorduramento financeiro,feito no passado de forma descarada,afigurou-se tão violento quanto o crime manchado de sangue.O problema é que as dúvidas quanto à eficácia do combate à corrupção prevalecerão sempre porque as nossas criaturas não são quaisquer criaturas.O problema é que as nossas criaturas são portadoras especiais do vírus de uma delinquência também especial e aparentemente invisível,mas que alojado no aparelho de estado e nas forças armadas,sabe codificar a discriminação mas não consegue branquear a injustiça e a abastança.
*Não é por algumas mãos,oleosas de corrupção,terem deixado de pagar na porcaria,que o cheiro passa a ser diferente...
O problema é que a nossa delinquência,a esse nível,não tem cor,tribo,religião e nem se preocupa com a origem ou ascensão social dos figurantes.O problema é que a nossa delinquência tanto anda indocumentada,
como tão de pressa exibe passa porte diplomático.O problema é que de mãos dadas com o crime,as nossas criaturas,imunes a qualquer tipo de vacina,não estrangulam com as mãos ensanguentadas.Finas e burguesas,
usam luvas... O problema é que,neste cenários,o combate à corrupção pode esbarrar no poder de gente que não tem ressentimento algum em dissolver os seus opositores à sede e à nudez,em calviva.O problema é que essa gente já não se assusta com ameaça alguma porque,sem brandir facas,nem adagas de dois gumes,sabe como continuar a navegar num verdadeiro vai e vem de favores.O problema é que a troca de favores,que se vê a olho nu,institucionalizou-se e,sem excepção,oleou de rajada também a engrenagem de todos os aparelhos partidários,de tal modo que arrisca-se a fazer do clientelismo e do caciquismo dois dos mais poderosos adversários do combate à corrupção.O problema é que ninguém garante que todos não venham a continuar a agir segundo as regras de pacto de silêncio e só uns poucos ousados continuarão a desvalorizar a existência e porquew dependem do mérito a das suas competências.O problema é que ninguém assegura que o crime finaceiro venha a deixar de respirar cada vez mais de boa saúde.O problema é que,quem proclamou o combate à corrupção também sabe,como ninguém,que neste ambiete irrespirável,
vale tudo.O problema é que com a atual mecânica,são poucas as pessoas que acreditam que as nossas criaturas,de forma mais sofisticada,venham a deixar de beneficiar de bens públicos-contratos,licenças,creditos bancarios e subsídios que serão reinvestidos,a título privado,nas suas redes de apoio ou clientelas pessoais.O problema é que os favores,esconsos,continuarão a ser negociados... O problema é que,a fundados no pântano,permitimos que as mãos oleosas de corrupção se estejam a confundir com uma ferida hemorrágica.O problema é que as fronteiras entre o negócio,política e o crime são fictícias.O problema é que,no nosso país,a crença na impunidade fomenta cada vez mais o ímpeto transgressor.O problema é que,sabendo que as leis adormecem,as nossas criaturas,também sabem que,quem os persegue,fingindos ter os braços amputados,continuará a não ter interesse em alcançá-los porque eatão filiados no mesmo clube.O problema é que ninguém nos assegura que gabinetes de administração do estado em promíscua aliança com gabinetes privados,venham a deixar de ser transformados em balções de tenebrosas negociatas.O problema é que,as nossas criaturas,instaladas no centro do poder e atraídas pela força do vazio,fazem parte do mesmo clube de compadrio,concluio,tráfico de interesses e magistério de influência.O problema é que continuará a haver espaço para a corrupção galgar terreno porque a justiça está,ela também,inquinada de corrupção.O problema é que a corrupçaõ lavrará em terreno fértil para continuar a tomar de assalto o aparelho do estado enquanto os agentes da função pública usufruírem de ordenados baixos.O problema é que a corrupção estará sempre em alta enquanto perdurarem os atropelos à lei das incompatibilidades.O problema é que a corrupção continuará a ter espaço para ampla audiência governamental enquanto o táfico de influência não for criminalizado.O problema é que todos sabemos disso e todos convivemos,pacificamente,com isso.O problema é aritmético,pois há razões e exemplos de sobra para pensar que o zero tanto pode servir para somar como tem servido para subtrair.E,não é por algumas mãos,oleosas de corrupção,terem deixado de pegar na porcaria,que o cheiro passa a ser diferente.Novas mãos apressarem-se a substitui-las.O problema é esse....

Opinião do Gustavo Costa Diretor-Adjunto do Novo Jornal.

Fonte: N.J

terça-feira, 13 de julho de 2010

Angola-Golpe Constituicional não pode desanimar o povo.

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA UNITA,ISAÍAS SAMAKUVA.

"A maioria do povo já percebe que as instituições do estado não estão,ao serviço do poder do povo".
Por ocasião do início da III República,o presidente da UNITA,argumento que no princípio poucos entenderam o significado do seu partido protestar contra o golpe,quando abandonou a votação da constituição,mas todos perceberam os valores que o ato encerra.Isaías,afirmou,numa declaração dirigida aos Angolanos,por ocasião do início da III república,que o golpe aplicado contra Angola com a nova constituição não pode desanimar o povo ao ponto de perder a esperança.De acordo com o líder do principal partido da oposição (16 deputados eleitos em 2008),os atos políticos têm consequências que os seus autores costumam não visualizar."A democracia não morreu em Angola,ao contrario,ela vai ganhar força e uma dinâmica no íntimo de cada cidadão",observou acrescentado que "há males que vêm por bem".
Samakuva disse ainda que a constituição,ao invés de fazer a nação olhar para a frete,mostrou-se pequena ao proteger os poderosos às custas da liberdade de expressão política dos cidadão.O presidente da UNITA prometeu que a sua organização vai,a partir de agora,estender o caudal do rio para irrigar a nova paisagem.
"Tendo o Governo traido os ideias dos Angolanos,cabe-nos transmitir-lhes esta messagem de confiança no futuro democrático de Angola",referiu.De acordo com o presidente da UNITA,o chefe de estado,Jose Eduardo dos Santos,anulou a vontade popular expressa em 2008 e nomeou um novo Governo sem haver novas eleições."Isto significa que Angola registou a violação institucional do princípio democrático,ou seja do poder  do povo.São estes atos anticonstitucionais que se transformaram em atos fundadores de uma nova ordem constitucional",disse.Adiantou que depois de ter alcançado a maioria expressiva de 80%,os jovens esperavam que o presidente da república fosse respeitar a vontade popular,promover a democracia e submeter-se ao voto popular."Ninguém esperava que a constituição fosse utilizada contra o espírito da constituição,para subverter a democracia e consagrar o absolutismo",frisou.Por outro lado,Samakuva referiu que a matriz totalitária da concentração de poderes e da irresponsabilidade política não garante o desenvolvimento".referindo-se à promessa do presidente da república sobre a tolerância zero,Samakuva considerou ser um anúncio louvável,cuja materialização os Angolanos preferem a guardar para crer.Se a clase dirigente decidiu inciar o combate contra a corrupção é porque se sente segura da sua posição dominante,tanbém na esfera ecónómico-financeira e não vai pertubá-la",argumentou.Por isso,diz Samakuva,este ,ser o combate deverá,certamente penas parcial,direcionado aos fracos,com objetivos diversionistas,só para desviar a atenção do golpe constitucional".

SAMAKUVA:LOUVOR E CEPTICISMO À TOLERÂNCIA ZERO.

Do maior partido da oposição Angolan,na voz do seu presidente Isaías Samakuva,veio um misto de louvor e cepticismo em relação ao anúncio reiterado da tolerância zero à corrupção,feito pelo chefe de estado Jose Eduardo dos Santos.A razão do cepticismo expresso pelo líder da UNITA é justificada,no seu entender,"porque os Angolanos sabem que a base de sustentação do poder atual é a corrupção.Sem a corrupção,a aproprição ilicita e a pilhagem dos bens públicos,essa classe não consegue transmutar-se de classe politicamente dominante para classe político-económica dominante".Adiantou que este combate a encetar agora resulta também do fato da atual governação estar ciente do seu posicionamento enquanto força dominante do xadrez político económico de Angola,fato que explica,de acordo com o seu pensamento,o direcionamento desta cruzada contra os mais fracos.Olíder da oposição disse ainda que isso tem contornos políticos claros e diversionistas "só para desviar as atenções do golpe constitucional".
Na verdade,acentuou o presidente da UNITA,"o verdadeiro combate à corrupção implica,entre outras coisas,um sistema democrático que pontecie a transparência  da gestão dos bens público;uma reforma profunda dos sistemas de Educação,de remuneração e de segurança social e de responsabilização a todos os níveis".Outra medida com efeitos direitos,por si apontada,seria a criação de mecanismo que que se o pusessem à perpetuação do poder,à burocracia e às mas práticas adminstrativas,assim como a responsabilização criminal dos gestores que atropelassem as normas de gestão dos bens públicos.Além disso,advogou ainda Isaías a necessidade de consagração do controlo,por parte dos cidadãos,de todos os atos administrativos e de movimento de capitais por parte dos orgãos com autonomia do poder político.

Fonte: N.J