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As Nações Unidas estao a retirar temporáriamente todo o pessoal não essencial da Costa do Marfim, onde permanece a disputa sobre quem venceu as eleições presidenciais. Um porta-voz da ONU em Nova Iorque disse que 460 funcionários da organização estavam a ser transferidos para a Gâmbia. Antes algumas companhias estrangeiras do sector do cacau e outras, como a France Telecom já tinham tomado a mesma decisão. Na segunda-feira o Presidente do Botsuana, Khama Ian Khama apelou a outros líderes africanos que condenassem publicamente o que se está a passar na Costa do Marfim. Isto depois de Lautrent Gbabo se recusar a abandonar a presidência apesar da vitória do seu rival Alassane Ouattara, declarada pela Comissão Nacional de Eleições. A Casa Branca anunciou que o Presidente Barack Obama encara Alassane Ouattara como o vencedor legítimo das eleições e pediu a Gbagbo que renunciasse ao poder. Tensão Ouattara goza maioritariamente do apoio dos ex-rebeldes do movimento Novas Forças, que controlam o norte do país. O seu porta-voz militar Seidou Ouattara disse que as suas forças não iriam hesitar caso fosse necessário recorrer ao uso da força: "A tensão está a subir e as tropas estão atentas. Não vamos ficar à espera que a situação piore antes de agirmos. Enquanto soldados, estamos surpreendidos que as forças de defesa e segurança tenha jurado servir o presidente derrotado Lautrent Gbabo"... O militar acrescentou que as Novas Forças saberiam o que fazer caso fossem atacadas: "Iremos defender as nossas zonas e assumiremos controlo do resto do país. Aqueles que precisam de começar a ouvir irão ouvirnos"...afirmou. O Banco Mundial e o BAD, o Banco Africano de Desenvolvimento já ameaçaram congelar a ajuda à Costa do Marfim caso os líderes não consigam ultrapassar a incerteza e a tensão criadas pela crise. Eventuais sanções Também a União Europeia já fez saber que caso não seja encontrada uma solução o país poderá ficar sujeito a sanções. A segunda volta das presidenciais, realizada a 28 de Novembro, deixou aquele país com dois presidentes, que entretanto já nomearam casa um o seu primeiro ministro. Segundo as últimas notícias, eles estão a preparar para nomear duas listas de embaixadores, gerando ainda mais confusão. Na segunda-feira, o enviado da União Africana, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki deixou Abidjan depois de dois dias de mediação entre as partes. Ele vai dar conta do que foi discutido com vista a encontrar uma solução pacífica para a crise. Mas o chefe de estado do Botsuana já apelou à comunidade internacional para que não dê o seu aval a um acordo de partilha de poder como o encontrado no Quénia e no Zimbabué. Ele disse que se trata de um instrumento usado por aqueles que contestam eleições para se manterem no poder. BBC |
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