15/02/2010 | Lamia Oualalou | Paris
A integração de estrangeiros é um tema crítico na França, porém, segundo o empresário Antoine Barth, a desvantagem é muito maior para os negros do que para outras raças
Grande parte dos intelectuais e da oposição definiu a iniciativa como eleitoreira, diante da proximidade das eleições regionais, na primavera européia. A discussão foi associada com a questão da imigração, especificamente às populações vindas de África de Norte, em sua maioria muçulmana.
Para calar as críticas, o governo apresentou uma pesquisa, segundo a qual 74% dos franceses se sentem “orgulhosos” da nacionalidade e 76% consideram que existe uma “identidade francesa”. No entanto, para o empresário Antoine Barth, criador da MV Deux, primeira empresa francesa de recrutamento especializada na chamada “diversidade”, o debate continua totalmente fora das preocupações do mundo econômico. Em entrevista concedida ao Opera Mundi, ele ressaltou que a integração de pessoas de origem “diferente” continua sendo complicada na França, especialmente nos cargos de confiança e de executivos. Para Barth, porém, essas dificuldades não têm a ver com a nacionalidade, mas sim com a raça: um francês das Antilhas caribenhas, portanto negro, terá mais dificuldades para conseguir um emprego do que um imigrante asiático.
Leia a entrevista na íntegra no sítio do Opera Mundi
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