terça-feira, 19 de outubro de 2010

África,Sempre!

Os Africanos não estarão,certamente,entre os povos mais felizes do mundo.Cinquenta anos depois das independência,África continua refém do atraso e do subdesenvolvimento liberando negativamente os principais indicadores mundiais de desenvolvimentohumano.Meio século depois,fica dificíl aceitar o gasto argumento da culpa colonial para os males que afligem o continente.Só o numero verdadeiramente assustador das crianças que morrem anualmente por causa da pandemia do HIV-SIDA seria,por si só,motivo suficiente para as lideranças Africanas repensassem as suas estratégias de governação.Quase meio milhão de crianças morrem todos os anos por esta verdadeira praga que se veio somar a outras tão antigas como solúveis em que a malária é campeã.Enquanto noutros continentes a média de esperança de vida vai subindo na proporção dos investimentos que são feitos para melhoria da qualidade de vida,em África os números são confrangedores.Não se pode falar propriamente da falta de recursos para que a situação esteja como está,já que até mesmo naqueles países onde abunda riqueza os resultados não são muito melhores do que em outros onde rareiam as fontes de receita publica.Só com uma aposta forte no homem se pode aspirar a inverter o quadro de dependência quase geral por que passa o continente berço. Desde alimentação à saúde,passando pela educação,África precisa de uma nova revolução para que os seus filhos possam ser os donosdos seus destinos,fugindo da quase fatalidade com que parece estarem condenados.Cinquenta anos depois das independências,África está mais dividida que nunca,embrulhada ainda em conflitos internos,quase sempre de motivação étnica,que resultam em abomináveis golpes de estado que apenas criam maior instabilidade numa região que precisa,mais que as de mais,de dar o saltyo para o desenvolvemento para acabar de vez com desbotado cartão de visitas da fome,da pobreza,das guerras,da corrupção,da imigração ilegal e dos tempos das cavernas.Angola conhece bem essa face má com que África é rotuladsa .Teve um longo conflito armado interno de implicâncias externas,a que só pôs fim há oito anos.Quase três décadas de desperdício em que se alteraram de forma significativa padrões sociais e valores morais que hoje se pretende resgatar.A destruição das infra-estruturas e a alterração do tecido social e Humano são preços altos que ainda estamos a pagar e que está visto,levarão mais algum tempo a reparar.Sobretudo porque se instalou uma mentalidade de descaso,de deixar andar,de falta de autoridade,que compromente os mais nobres propósitos de "resolver os problemas do povo".Foi,aliás,no tempo do autordesta proclamação que se registou,também,uma intentona de golpe de estado que,por sinal,não tarda vai fazer trinta e três.Mais desperdício pelo extremar de posições que levou a morte de muita gente que tanta falta faz não só aos seus familiares como ao próprio país.Trinta e três anos depois ainda se atiram ping-pongueiam as culpas entre partes que se conheceram como um todo.A nível social,Angola também já conheceu o PAM,a "sigla mágica"das nações unidas que para as populações significa comida! desapareceram os sacos e as caixa com as inscrições desde organismo da ONU,mas a fome continua sem que se visliumbre no horizonte uma solução que altera este desiderato de possuir terras férteis para a produção agricola,em alguns casos haver excedentes de produtos e ainda assim continuar-se a morrer por falta de alimentos.Malária,cólera e HIV-sida ajudam para o elevado número de mortes de crianças até aos cinco anos e muitos adultoscontribuindo para o drama de pobreza em que vive a maioria da população Angolana.A rede hospitalar é escassa e faltam quadros para um setor onde não há estímulos profissioais sendo alarmantes os dados revelados na úiltima semana sobre os técnicos de saúde,principalmente enfermeiros,que estão a optar por outras profissões.Para um sem número de crianças e jonvens,educação é um sonho,qual casa própria ou eletricidade e água potável.Os empregos andam pelas ruas da amargura e a esperança de vida vem regredindo não chegando aos quarenta cacimbos.Uma bem redesenhada malha burocrática instituiu a "gasosa"como primeiro passo da corrupção.Dependendo do nível,pode ir de uma simples corrida de táxi a chorudas comissões que fazem a alegria do despesismo além mar.Com todo este "potencial"e histórico não estranha que o país tenda aprendido o suficiente para não repetir erros e espreite agora uma era de esperança em constituir-se como mais uma excepção e não a regra em África.

Fonte: N.J

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