sexta-feira, 11 de junho de 2010

20 Anos após a sua Liberdade.

Madiba For Ever.
Aos 91 anos,o homem que deixou pelo seu próprio pé a cela da cadeia de Victor Vester,nos arredores do Cabo,continua a ser principal inspirador de uma nação que tenta reconciliar-se com o passado.Há 20 anos,no dia 11 de fevereiro,Nelson Mandela caminhou,com Winnie,com quem era casado na altura,pelo braço,em direção a um mar de gente que o aguardava nas ruas,sem  aparato de segurança especial,dando início a um processo de edificação de uma democracia pleina e representativa que ainda hoje surprende o Mundo.Esse gesto,aparentemente intrépido,de um Lider que viveu 27 anos encarcerado por ousar opor-se a um regime brutal,ancerra em si própio a natureza do político que acredita que quando a causa é justa não há lugar para o medo.Por isso,foi sempre coerente nas abordagens e na vida,quer como cidadão,quer como chefe do estado quer como líder na reforma.Essa atitude perante a vida e perante o povo crioudores de cabeça sem fim aos seguranças ao longo dos últimos 20 anos: quando Mandela caminha não há barreiras que o segurem.Em certa medida,Frederik de Klerk,o homem que ordenou a libertação do "Pai" da democracia Sul-Áfricana,tem uma abordagem semelhante perante o processo político.Frederik de Klerk,que em 2 de fevereiro de 1990,poucos meses após ter sido eleito,ordenou a libertação de Mandela e a legalização dos partidos políticos e sindicatos,mostrou durante as fases criticas do processo de transição o mesmo espírito temerário,apesar das amesças que enfrentava de todos os setores,designadamente do seu própio povo,os afrikaners,para quem,na altura,simbolizava"o supremo traidor".A importância do papel de De Klerk na libertação de Mandela e no sucesso do processo de conciliação que se seguiu ainda hoje não é pacifico.A versão oficial do congresso nacional Africano(ANC),reiterada na semana passada,é a de que De Klerk fez apenas aquilo que deveria ter feito,não lhe restando,em 1990,outras opções,face ao isolamento a que o Mundo tinha condenado o país e á paralisia económica provocada pelas sanções.De Klerk acreditava que ao nível dos princípios e dos valores,a única via a seguir era libertar Mandela e todos os presos políticos e construir um regime democrático.No processo tentou garantir os direitos básico para a minoria Branca que representava,uma tarefa difícil face à pressão contra a maioria Negra que Mandela,orgulhosamente,representava .Isso mesmo transmitiu numa entrevista em 1992,no período em que se negociava uma nova constituição,a partilha transitória do poder e o calendário do processo eleitoral.Nisso mesmo ele continua a acreditar:que não existem"meias democracias",embora sejam necessárias garantias de proteção das minorias em regimes democráticos,face às constantes tentações totalitárias dos dirigentes eleitos.Apesar dos recuos,dos persistentes episódios de corrupção e desvios à linha reconciliatória imposta por Mandela  e altos  dirigentes do ex-movimento de libertação,a África do Sul mantém-se firme no caminho da democracia.O dinamismo das instituição,a liberdade de imprensa e o relativo bom funcionamento do sistema judicial,não totalmente controlado pelo partido no poder,são garantias de sucesso,20 anos após a libertação de Mandela.

Viva África! Viva Mandela! Viva Desmons!
Orgulho de ser Africano.

A África é o Berço da Humanidade.

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