sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Angola: progresso imparável nas áreas sociais




O ano de 2009 está a passar à história. Para a posteridade ficam muitos fatos marcantes. Para os angolanos, socialmente, o ano foi marcado por grandes progressos. O país continuou a registar notáveis avanços no domínio da reconstrução nacional. No âmbito do programa de melhoria e aumento da oferta de serviços sociais básicos para a população, novas escolas, estradas e hospitais foram construídos ou reabilitados.
O país, livre das agruras da guerra há quase oito anos, está a ser erguido.
O esforço de reconstrução nacional está a consumir enormes recursos materiais e financeiros. A cada ano que passa, melhora a circulação de pessoas e bens, mercê da oferta de novos meios de transporte e da construção e reabilitação de estradas, pontes, portos, estradas de ferro e aeroportos. Angola regista também um grande aumento de escolas, o que faz diminuir a quantidade de crianças e adolescentes fora do sistema normal de ensino.
Novos centros médicos e hospitais foram construídos e reabilitados em 2009, no âmbito de um esforço nacional que ganhou um grande impulso desde o fim da guerra.
Hoje há escolas, postos médicos, energia elétrica e água potável até mesmo em áreas onde nunca houve no tempo colonial.
A oferta de serviços de saúde, educação e até mesmo a distribuição de água e energia estão longe de corresponder às necessidades mas os progressos até agora alcançados nestas áreas são notáveis e as ações empreendidas para a melhoria dos serviços básicos às populações constituem garantia de que estamos no bom caminho. Em 2009 isso ficou provado.

Mais Educação

No sector da Educação, em 2009 o país deu grandes passos. Angola, que até 2002, ano do alcance da paz, tinha apenas 83.601 professores, no fim de 2008 já dispunha de 179.928. Em 2009 o número aumentou e está próximo dos 200 mil.
O número de salas de aulas aumentou de 1.912, no ano 2002, para 50.516, em 2008. Estes dados, como referiu o ministro da Educação, António Burity da Silva, numa conferência da UNESCO, “mostram a vontade política do Governo de levar adiante os Objectivos do Milénio”.
No âmbito da reforma educativa, foi possível expandir a todo país a rede escolar do ensino secundário, com a conclusão, este ano, do programa de construção de novas escolas, iniciado em 2007.
Ao todo foram construídos 53 institutos técnicos, 18 escolas secundárias e seis institutos médios agrários.
Com a conclusão desta etapa foi possível matricular 90.960 alunos no ensino técnico-profissional, duplicando os números atingidos em 2007.
No nível secundário houve um crescimento de 12 por cento de alunos, nos últimos quatro anos. O número subiu de 220 mil alunos para 450 mil. Em termos de escolas, o número hoje é de 50 mil em todo o sistema.
Além da edificação de infra-estruturas, no setor da Educação foi igualmente dada atenção à qualificação dos recursos humanos, visando a melhoria da qualidade do ensino e desenvolvimento sustentado de Angola.
O Ministério da Educação prevê atingir neste novo ano, um crescimento global em termos de alunos, docentes e infra-estruturas de 4, 6 por cento.

Melhoras na Saúde

Na saúde, o ano de 2009 foi marcado também pela construção ou restauro de novas infra-estruturas. O Hospital Provincial do Huambo é um exemplo disso. A unidade hospitalar, que dispõe de 700 camas, hoje dispõe de tecnologia de ponta, depois de ter sido restaurado e equipado.
Novos hospitais estão a ser construídos. Só em Luanda, segundo anunciou o ministro da Saúde, José Van-Dúnem, estão em construção hospitais em Viana Cacuaco, Kilamba Kiaxi e na zona Sul da província.
O surto da gripe A, que assola o mundo, está controlado. Os últimos dados indicam que a situação é estável. Angola em 2009 empreendeu igualmente consideráveis esforços no combate a doenças endémicas, como a malária, poliomielite, doença do sono e lepra.
A tuberculose e Sida, apontadas como principais problemas de saúde pública, continuaram, em 2009 a merecer especial atenção do Ministério da Saúde.
Ainda este ano, 98 novos médicos foram lançados para o mercado de trabalho, pela Universidade Agostinho Neto. Mais médicos estão a ser formados no país, que vai receber pelo menos 200 profissionais estrangeiros.

As vias do progresso

Este ano, muitas estradas e pontes foram construídas ou reabilitadas. As pontes sobre os rios Catumbela e Cubal de Hanha (ambas em Benguela) e Xangongo, Cunene, pela sua grandiosidade e importância, são de destacar.
A ponte da Catumbela foi inaugurada em Agosto pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Com 438 metros de comprimento e 24 de largura está inserida numa via rápida que liga a cidade de Benguela ao Lobito.É uma ponte fundamental que serve a via internacional para a África Austral através da fronteira de Namacunde (Santa Clara), no Cunene.
A ponte do rio Cubal também é um grande empreendimento. Inaugurada a 15 de dezembro, pelo ministro das Obras Públicas, Higino Carneiro, a ponte tem 130 metros de comprimento e 11 de largura. Vai permitir a ligação entre o Planalto Central, Benguela e o litoral de outras províncias do país.
A ponte de Xangongo, no Cunene, é a maior de betão do país. Tem 880 metros de comprimento e 11, 6 de largura.
Muitas mais pontes foram construídas ou reparadas. Só no corredor sul Luanda-Benguela existem agora nove pontes definitivas, sobre os rios Kwanza, Longa, Keve, Kambongo, Cubal, Culango, Canjala, Catumbela e Cavaco, todas com capacidade para suportar mais de cem toneladas de peso.
Além de pontes, novas estradas vão sendo construídas um pouco por todo o país. Na Huíla, 1.200 quilómetros de estradas estão a ser reabilitadas. Em 2009, pelo menos 600 quilómetros de estradas estavam já concluídas.
Estas obras simbolizam os êxitos que estão a ser alcançados no domínio da reconstrução nacional.

Projeto habitacional

Em termos sociais, 2009 foi marcado por grandes passos no ambicioso projecto habitacional de construção de um milhão de fogos habitacionais, até 2012, anunciado, em 2008, pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Os angolanos estão na expectativa da realização deste projeto, que vai resolver um dos mais candentes problemas sociais com que muitas famílias se debatem.
Pelos avanços que o projeto registou no ano que agora termina, a meta da construção de um milhão de fogos vai ser alcançada.
O programa, que conta com a participação do setor privado, que deve construir 512 mil casas, pode mesmo superar a meta. Na última semana de 2009, o ministro do Urbanismo e Ambiente, José Ferreira, perspectivou “que a fasquia de um milhão de casas pode ser ultrapassada”.
Para o efeito, em 2009 muito já foi feito. A preparação e seleção das parcelas para urbanizações estão concluídas em 80 por cento.
O ministro do Urbanismo e Habitação considerou positivo o trabalho desenvolvido durante este ano. Foram preparados e registados 89 mil hectares, dos cem mil inicialmente previstos, o que corresponde a um cumprimento do programa a 80 por cento, disse.
As primeiras habitações podem ser entregues ainda no primeiro semestre do ano que agora começa.
Um outro fato social de grande relevância ocorrido em 2009 foi a expulsão de 65 mil angolanos da República Democrática do Congo e do Congo Brazzaville.
Os angolanos fizeram face ao desafio de acolher e realojar os refugiados, numa operação que foi bem sucedida, estando hoje já encerradas todas as áreas de acolhimento.


Retirado do site da Refugees United Brasil:  http://refunitebrasil.wordpress.com/

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