*Bairro da Cahala,Malanje.
-Cerca de mil pessoas da zona 4 e 5 do bairro da Cahala,no sul da cidade de Malanje,percore uma distância até 19 Km para conseguir Água para consumo domestico.
-O bairro fica a 3 km do centro da cidade e a 7 da aldeia de Camissombo,mas os seus habitantes têm de andar muito mais se quiserem ter Água.
-Pouco menos de duas manivelas foram implantadas naquela circunscrição próximo do casco urbano,segundo afirmações dos Moradores,as Cacimbas abertas têm profundidades variáveis entre 18 a 20 metros,jorrando com dificuldade Água própria para consumo humano na época chuvosa e totalmente inerte no Cacimbo.
-Na zona 4,de julho a gosto,"as mulheres do bairro vão buscar Água a uma distância de mais de 10 km ",o que as obriga a sair durante "4 a 5 horas só para conseguir a Água",lamentou C.L,salientando os transtornos que enfrentam para ir buscar o líquido à margem do Rio Malanje.
-Os chafarizes,que servem a construção civil,estão quase todos concentrados na zona comercial da Maxinde e têm sido usados como alternativas para consumo.
-Cerca de 350 metros mais a sul e encravada numa área empilhada de capim alto,arbustos e árvores de grande porte,podemos encontrar o Soba J.B,de 67 anos.
-Aquela autoridade tradicional,insatisfeita com os Aldeões pelo não pagamento do tributo da Água das exíguas manivelas,relegou os comentários à imprensa para a sua filha M.J.B,que apesar dos seus 25 anos os tenta as marcas do sofrimento.
-"Está a faltar muita coisa aqui.O Rio está muito distante,a manivela também.Têm de colocar uma manivela mais no meio onde estamos.Neste tempo da chuva é normal, agora no tempo seco estamos na luta de Água.
Às vezes vamos à Mucaza"precisou aquela jovem,esclarecendo que distam 20 km do bairro onde vive com os 3 filhos,os progenitores e outros membros da comunidade.
-Dois baldes de 20 litros podem ser carregados com Água ao preço de 10 kwanzas.
-Como os interessados são muitos,por vezes é necessário levantar às 3 horas da madrugada para conseguir Água .
-Outras pessoas constumam dormir no Rio e passam o dia aí para conseguir,pelo menos,um balde de Água,insuficiente para um banho regular.
-O quadro é dramático.A taxa de mortalidade é alta,três ou cinco mortes por mês,numa comunidade que não têm qualquer unidade sanitária estatal ou privada,ou até ervanária,para acudir às urgências da região,encravada num terreno de dificil acesso para as viaturas ligeiras.
-A primogénita de J.B aguarda ansiosa a visita do governador ou da administradora para constatar "In Loco" o modo de vida do bairro despovoado durante o conflito militar.
-Empoleirado numa motorizada do tipo KTM,o passeio em carreiros de terra batida confundidos com espaços arenosos,permite descortinar o bairro Camissombo,tradicionalmente habitado por camponeses e criadores de pequenos ruminantes que,como os das áreas adjacentes,têm dificudade em abastecer-se de Água.
*Como os interessados são muitos,por vezes é necessário levantar às 3horas da madrugada para conseguir Água.Outras pessoas costumam dormir no Rio e passam o dia aí para conseguir,pelo menos ,um balde de Água,insuficiente para um banho regular.
-Oncião identificado apenas por Gomes precisou que quando as pessoas são a cometidas de problemas de saude resultantes do consumo da Água insalubre vão a pé,não interessa "se é criança,mãe,paí ou adulto",até chegarem ao centro de saúde da Maxinde ou hospital geral de malanje,8 km a leste daquela cidade.
fonte: N.J
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