domingo, 3 de julho de 2011

Notícias - Internacional
alassane ouattara  94200Abidjan — O novo presidente marfinense Alassane Ouattara anunciou nesta quarta-feira em coletiva de imprensa que vai pedir ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie investigações sobre as matanças atribuídas a seus seguidores e cometidas no oeste do país.
"Falei com o promotor-geral da TPI para que inicie investigações", declarou Ouattara em coletiva de imprensa.
"Estes massacres são inadmissíveis, indignos. Estou indignado", acrescentou.
Os partidários de Ouattara são acusados de serem os responsáveis por algumas matanças que ocorreram no final de março durante a ofensiva final que seus combatentes lançaram nessa região.
"Farei todo o possível para que estas condenações sejam o exemplo, não apenas para os marfinenses, como também para a África e mundo inteiro", prometeu o chefe de Estado, enfatizando que deseja que as investigações comecem o quanto antes.
Ouattara assumiu as rédeas de um país à deriva, com a difícil missão de reconciliar uma nação e restabelecer a paz e a segurança, dois dias depois da prisão de seu adversário Laurent Gbagbo.
O ex-presidente Gbagbo, por sua vez, foi transferido nesta quarta-feira de helicóptero ao norte do país, conforme anunciou à AFP o porta-voz da missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci), Hamadoun Touré.
Pouco antes, o novo presidente Ouattara declarara à imprensa que Gbagbo havia deixado o Golf Hotel, em Abidjan, onde estava preso, para dirigir-se a um destino desconhecido, dentro do país.
"Neste momento, o senhor Laurent Gbagbo já não está no Golf Hotel, está na Costa do Marfim, em um lugar seguro", declarou.
Gbagbo, que se recusou a aceitar durante quatro meses sua derrota na eleição presidencial de novembro, foi detido na segunda-feira na residência presidencial e conduzido ao Golf Hotel, convertido no quartel-general de Ouattara.
Gbagbo foi preso na segunda-feira pelas forças de Ouattara, com a ajuda da ONU e da França, e levado com sua mulher ao Golf Hotel, QG do presidente eleito da Costa do Marfim.
Já o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que seu país "cumpriu seu dever com a democracia e a paz na Costa do Marfim", durante uma reunião do Conselho de Ministros.
Sarkozy "destacou o fato de que a França cumpriu seu dever em prol da democracia e da paz na Costa do Marfim, um país ao qual estamos profundamente ligados pela história", indicou o porta-voz François Baroin.
"As forças francesas atuaram a pedido das Nações Unidas e apoiaram os Capacetes Azuis seguindo os termos do mandato fixado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Atuaram porque era preciso proteger os civis em uma situação de segurança humanitária que não parava de piorar", alegou Baroin.
"A segurança de nossos cidadãos foi, durante toda a crise, a prioridade de nossas forças. O governo felicitou o profissionalismo dos militares franceses mobilizados na Costa do Marfim, cumpriram sua missão com seriedade, com eficácia e com cortesia. O presidente da República destacou que podíamos ficar orgulhosos", concluiu.
AFP
A Força de FRCI buscar Laurent Gbagbo e a sua esposa Simone Gbagbo no seu bunker na residência Presidencial.

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