sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um dispositivo da companhia Hewa Bora bateu logo antes pousando no aeroporto de Bangboka na sexta-feira, julho 8º. Mais de cem passageiros embarcou no avião. Aproximadamente cinqüenta teriam morrido.
O avião veio de Kinshasa. Depois da escala de Kisangani, ele teve que ir (rendição) para Goma.
No princípio, a direção (administração) de Hewa Bora há pouco unida (contatado) por Ocapi de Rádio indicado que o tempo era ruim porque uma batida de chuva forte (vindo) abaixo na cidade e porque o avião bateu menos o rasto (pista) do aeroporto de Kisangani.
Os repórteres de Ocapi de Rádio que foi (rendido) no lugar do estrondo notaram que o dispositivo, um Boeing 707, batido no arbusto em aproximadamente 600 metros do fim da pista de aterrissagem. Aparentemente o piloto (motorista) não tinha manchado (localizado) o rasto (pista) por causa do tempo ruim, uma batida de chuva grande (vindo) abaixo em Kisangani toda a tarde longo.
Palma sobe em árvore e o ser de árvores na trajetória do dispositivo foi raspado antes de fogo pegador.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Líder da oposição do Uganda alvejado pelo exército em manifestação

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kizzabesigyeO líder da oposição ugandesa Kizza Besigye (na foto)foi ferido esta manhã a tiro quando soldados abriram fogo com balas de plástico contra uma multidão de manifestantes na capital do país, Kampala.
Besigye participava numa caminhada de centenas de pessoas nos subúrbios da capital, em protesto contra o aumento dos preços dos alimentos e do combustível, na segunda manifestação do género já esta semana convocada por partidos da oposição e grupos da sociedade civil.
Testemunhas relatam às agências noticiosas que a polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar a multidão e terá tentado mesmo impedir o líder da oposição de se juntar à caminhada, quando este saía de sua casa em Kasangati, nos subúrbios de Kampala, para fazer a pé o trajecto até ao trabalho, no centro da capital, respondendo à chamada de protesto.
Alguns dos manifestantes rodearam então Besigye para que este não fosse detido e à chegada dos soldados a situação agravou-se, tendo o líder da oposição acabado alvejado numa mão. “[Besigye] foi ferido num dedo por uma bala de plástico. E levámo-lo ao hospital para avaliar a gravidade do ferimento”, indicou um dos colaboradores do líder da oposição, Patrick Wakidi, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
O relato foi confirmado depois pelo secretário-geral da Cruz Vermelha ugandesa, Michael Richard Nataka. Esta mesma fonte relatou que Besigye foi assistido no hospital a par de outras trinta pessoas feridas também no decurso dos confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança
“É verdade que [Besigye] foi ferido. Ele caiu ao chão e torceu o braço na queda, mas não é nada de grave. O que vimos foi que então apareceu uma ambulância da Cruz Vermelha na qual ele entrou. Cremos que foi levado para o hospital”, sustentou por seu lado o porta-voz da polícia, Vincent Sekate.
Derrotado nas eleições de Fevereiro pelo Presidente Yoweri Museveni (no poder desde 1986) – que Besigye denuncia como fraudulentas –, o líder da oposição ugandesa apelou, ainda durante a campanha, a uma revolta popular no país similar às que derrubaram os regimes de décadas na Tunísia e Egipto nos últimos três meses.
Várias outras figuras de topo da oposição foram detidas pela polícia em outras zonas de Kampala, quando participavam nesta caminhada de “casa para o trabalho”, tendo as forças de segurança bloqueado o acesso a algumas das principais vias rodoviárias da cidade depois de os manifestantes terem tentado montar barricadas.
No protesto de segunda-feira, vários políticos da oposição, incluindo Besigye – antigo aliado e médico pessoal de Museveni – foram detidos pela polícia, acusados de instigarem violência e mais tarde libertados.
Autoridades da Suazilândia reprimem manifestações
As autoridades da Suazilândia reprimiram nesta terça-feira manifestações contra o regime do rei Mswati III. Um país vizinho de Moçambique governado por uma monarquia absoluta.
A última monarquia absoluta a sul do Sahara debate-se agora também com um cenário invulgar de contestação ao poder.
A polícia dispersou nesta terça-feira uma manifestação proibida em Manzini, principal cidade do país, que pretendia denunciar o regime.
Mary Pais da Silva, advogada suazi de ascendência portuguesa, ouvida pela agência noticiosa lusa, alegou que cerca de cinquenta pessoas teriam sido detidas e que as forças da ordem a teriam espancado.
Por sua vez a agência afp alega também que a polícia terá utilizado a violência para dispersar os manifestantes, para além de utilizar jactos de água e gás lacrimogéneo.
Um movimento encabeçado sobretudo por dirigentes sindicais.
Já que os sindicatos e as organizações estudantis são as únicas forças da oposição toleradas num país onde os partidos políticos estão proibidos desde 1973.
Um apelo a uma manifestação na rede social facebook, na internet, fora convocada para decorrer ao longo de três dias desde esta terça-feira contestando o poder do rei Mswati III.
O soberano tem vindo a ser alvo de críticas crescentes devido, nomeadamente, ao luxo em que vive com as suas muitas esposas num país confrontado com altos índices de pobreza em que as finanças públicas estariam em estado de falência.
Protestos que também decorreram do outro lado da fronteira, em território sul-africano, designadamente sob a égide da maior central sindical sul-africana, a COSATU, reunindo centenas de pessoas pedindo reformas políticas na Suazilândia.
António Gaspar, investigador moçambicano do Centro de estudos estratégicos e internacionais de Maputo, entrevistado por Leonardo Silva, salienta que os protestos não datam de hoje e que a África do Sul segue de perto a situação na Suazilândia.
AFP

Após prisão, Gbagbo é retirado de Abdijan, diz porta-voz da ONU

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laurent gbagbo 6355Preso depois de um impasse de meses, Laurent Gbagbo, líder marfinense que se recusava a deixar o poder, foi retirado da principal cidade da Costa do Marfim, Abdijan, um dia depois de ser detido juntamente com a mulher, Simone.
De acordo com Farhan Haq, porta-voz da Organização das Nações Unidas, Gbagbo foi levado de Abdijan e tropas da ONU estão com ele para garantir sua segurança.
Gbagbo foi preso depois de semanas de confrontos entre suas forças e as rivais, leais a Alassane Ouattara, presidente eleito reconhecido pela comunidade internacional. Nesta terça-feira, Ouattara prometeu que Gabgbo não será machucado. Apesar do chamado para dar fim aos combates, soldados e milicianos leais ao ex-líder se recusam a entregar as armas.
Assim que foram presos, Gbagbo e Simone foram levados ao 'quartel general' de Ouattara, o hotel Golf, em Abdijan. Haq disse, no entato, que integrantes das tropas de paz da ONU ajudaram a levar Gbagbo “para outro lugar na Costa do Marfim onde ele está seguro”.
A França nega ter participado da operação que permitiu a detenção de Gbagbo. Segundo o governo, os soldados franceses se limitaram a destruir o armamento pesado das forças de Gbagbo e a proteger a população civil, respeitando a determinação do Conselho de Segurança da ONU.
Rotina
Em grave crise política desde o impasse nas eleições presidenciais de novembro do ano passado, a Costa do Marfim tenta voltar à normalidade após a queda de Gbagbo e o apelo à reconciliação feito por Ouattara.
As tropas de Ouattara patrulharam nesta terça-feira vários distritos de Abidjan, capital econômica marfinense que amanheceu pela primeira vez desde 2000 sem Gbagbo no poder.
Moradores de Cocody, bairro onde está localizada a residência presidencial na qual Gbagbo ficou entrincheirado por vários dias, disseram à agência EFE que a situação em Abidjan estava aparentemente tranquila.
Enquanto isso, a comunidade internacional começa a mostrar seu apoio a Ouattara em forma de ajuda à reconstrução de um país que nos últimos quatro meses viveu um confronto entre as facções de dois presidentes autoproclamados. Paris prometeu uma ajuda de 400 milhões de euros para financiar as necessidades mais urgentes e contribuir para a reativação de sua economia, começando pelo retorno à normalidade dos serviços públicos.
Além disso, a França assegurou que pedirá à União Europeia que suspenda todas as sanções impostas à Costa do Marfim durante os últimos meses para forçar a saída de Gbagbo. A Comissão Europeia, por sua vez, anunciou uma ajuda de 180 milhões de euros. Juntamente com o auxílio financeiro, Ouattara recebeu pedidos em prol de uma reconciliação em seu país, um dos quais foi feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em uma conversa por telefone com o presidente eleito, pediu que ele evite represálias contra os seguidores do ex-líder.
Investigadores do setor das Nações Unidas para os Direitos Humanos que trabalham no país africano contabilizaram 536 corpos de pessoas assassinadas nos massacres cometidos no oeste da Costa do Marfim desde o fim de março. No que diz respeito à situação humanitária, todos os porta-vozes das agências da ONU insistiram no fato de que a saída de Gbagbo do poder não é suficiente para resolver a grave crise pela qual atravessa o país.
BBC e EFE

terça-feira, 5 de julho de 2011

Outtara pedirá ao TPI que investigue as matanças na Costa do Marfim

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alassane ouattara  94200Abidjan — O novo presidente marfinense Alassane Ouattara anunciou nesta quarta-feira em coletiva de imprensa que vai pedir ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie investigações sobre as matanças atribuídas a seus seguidores e cometidas no oeste do país.
"Falei com o promotor-geral da TPI para que inicie investigações", declarou Ouattara em coletiva de imprensa.
"Estes massacres são inadmissíveis, indignos. Estou indignado", acrescentou.
Os partidários de Ouattara são acusados de serem os responsáveis por algumas matanças que ocorreram no final de março durante a ofensiva final que seus combatentes lançaram nessa região.
"Farei todo o possível para que estas condenações sejam o exemplo, não apenas para os marfinenses, como também para a África e mundo inteiro", prometeu o chefe de Estado, enfatizando que deseja que as investigações comecem o quanto antes.
Ouattara assumiu as rédeas de um país à deriva, com a difícil missão de reconciliar uma nação e restabelecer a paz e a segurança, dois dias depois da prisão de seu adversário Laurent Gbagbo.
O ex-presidente Gbagbo, por sua vez, foi transferido nesta quarta-feira de helicóptero ao norte do país, conforme anunciou à AFP o porta-voz da missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci), Hamadoun Touré.
Pouco antes, o novo presidente Ouattara declarara à imprensa que Gbagbo havia deixado o Golf Hotel, em Abidjan, onde estava preso, para dirigir-se a um destino desconhecido, dentro do país.
"Neste momento, o senhor Laurent Gbagbo já não está no Golf Hotel, está na Costa do Marfim, em um lugar seguro", declarou.
Gbagbo, que se recusou a aceitar durante quatro meses sua derrota na eleição presidencial de novembro, foi detido na segunda-feira na residência presidencial e conduzido ao Golf Hotel, convertido no quartel-general de Ouattara.
Gbagbo foi preso na segunda-feira pelas forças de Ouattara, com a ajuda da ONU e da França, e levado com sua mulher ao Golf Hotel, QG do presidente eleito da Costa do Marfim.
Já o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que seu país "cumpriu seu dever com a democracia e a paz na Costa do Marfim", durante uma reunião do Conselho de Ministros.
Sarkozy "destacou o fato de que a França cumpriu seu dever em prol da democracia e da paz na Costa do Marfim, um país ao qual estamos profundamente ligados pela história", indicou o porta-voz François Baroin.
"As forças francesas atuaram a pedido das Nações Unidas e apoiaram os Capacetes Azuis seguindo os termos do mandato fixado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Atuaram porque era preciso proteger os civis em uma situação de segurança humanitária que não parava de piorar", alegou Baroin.
"A segurança de nossos cidadãos foi, durante toda a crise, a prioridade de nossas forças. O governo felicitou o profissionalismo dos militares franceses mobilizados na Costa do Marfim, cumpriram sua missão com seriedade, com eficácia e com cortesia. O presidente da República destacou que podíamos ficar orgulhosos", concluiu.
AFP
A Força de FRCI buscar Laurent Gbagbo e a sua esposa Simone Gbagbo no seu bunker na residência Presidencial.

Burkina Faso: Presidente foge após motim guarda presidencial

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blaise-compaore 78400O chefe de Estado do Burkina Faso deixou Ouagadougou, após um motim de soldados da guarda presidencial, para a sua aldeia natal, situada a cerca de 30 quilómetros a norte da capital, disse hoje fonte militar.
Blaise Compaoré ( na foto ), no poder há 24 anos e que reside habitualmente no palácio presidencial de Ouagadougou, onde começou o motim, partiu hoje de madrugada para Ziniaré, localidade onde nasceu, acrescentou a mesma fonte citada pela agência noticiosa francesa AFP.
Dezenas de soldados do regimento presidencial de duas casernas na capital, uma das quais no complexo da residência de Compaoré, amotinaram-se na quinta-feira à noite para protestar contra o não pagamento de um prémio prometido.
Os soldados percorreram as ruas da capital, disparando para o ar e efetuaram várias pilhagens, de acordo com um jornalista da AFP.
O motim estendeu-se a mais três casernas de Ouagadougou.
No seu discurso a nação o Presidente Blaise Compaoré reconheceu que o seu país esta enfrentando uma crise e queria discutir com os amotinados e fez pedido de desculpas aos comandos militar e ao povo Burkinabes
Diário Digital / Lusa

Presidente de Burkina Fasso decreta toque de recolher após motim

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blaise compaore 34800O presidente de Burkina Fasso, Blaise Compaoré, decretou neste sábado um toque de recolher desde as 19h até as 6h do horário local, após os distúrbios provocados nas últimas semanas por soldados amotinados que protagonizaram saques de comércios, roubos de veículos e disparos ao ar, informou a imprensa local.
O governo de Compaoré tinha decretado uma medida similar em 30 de novembro do ano passado, após as manifestações dos militares e uma série de consultas realizadas pelo presidente com vários atores sociais para encontrar uma solução aos problemas do país.
Segundo confirmaram várias testemunhas à Agência Efe, os amotinados saquearam neste sábado a sede do partido governante, o "Congresso para a Democracia e o Progresso" (CDP), e romperam as janelas da Assembleia Nacional, enquanto na noite de sexta-feira invadiram várias casas e hotéis da capital Ouagadougou.
Compaoré, que enfrenta uma rebelião no Exército, anunciou na noite de sexta-feira a dissolução do Governo mediante um decreto, ao nomear o coronel Honoré Naber Traoré novo Chefe do Estado-Maior do Exército em substituição ao general Dominique Diendéré. Essas decisões se produziram um dia após um motim que, pela primeira vez, afetou à Guarda Presidencial.
Os integrantes deste corpo se amotinaram na quinta-feira passada e dispararam com artilharia pesada do seu quartel, próximo ao Palácio Presidencial, e de outro quartel situado no centro da capital.
Ouagadougou amanheceu neste sábado, pelo segundo dia consecutivo, com as ruas desertas e as lojas, postos de gasolina e bancos fechados.
REUTERS

Partidários de Kadhafi ataca sede da ONU em Trípoli depois do anúncio da morte do filho do ditador

  
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”Partidários do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, atacaram neste domingo a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e as embaixadas do Reino Unido e da Itália na capital, Trípoli.”
Os partidários do ditador realizaram protestos neste domingo (1) em frente a missões diplomáticas ocidentais em Trípoli após um porta-voz do governo divulgar que o filho mais novo do líder, Saif al-Arab Khadafi, de 29 anos, e três netos do ditador, foram mortos em um ataque da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).tripoli 5410
O Ministério do Exterior britânico disse estar investigando relatos de que a residência de seu embaixador na capital líbia teria sido destruída. "Essas ações, se confirmadas, seriam deploráveis, já que o regime de Kadafi tem o dever de proteger as missões diplomáticas. Isso seria mais um desrespeito às obrigações internacionais de Kadafi", disse uma porta-voz do ministério.
Uma nuvem alta de fumaça também foi vista do prédio que abriga a embaixada da Itália em Trípoli. "Eu estava caminhando pela rua em que fica a embaixada e vi fumaça vindo de dentro do prédio, estava pegando fogo”, disse uma testemunha, que informou que não havia pessoas dentro do prédio, apenas um carro de segurança impedindo que outras pessoas entrassem no local.
Também houve manifestações em Benghazi, cidade já dominada pelos rebeldes, em que líbios comemoraram nas ruas deste domingo as notícias sobre a morte do filho de Kadhafi.benghazi 254
Rebeldes divulgaram também neste domingo (1) que forças leais a Kadhafi tentavam avançar na cidade de Zintan, a sudoeste da capital, bombardeando com foguetes áreas onde os rebeldes já haviam conquistado, segundo informou o porta-voz dos rebeldes, autodenominado Abdulrahman.
“'O Exército está agora tentando avançar a partir do leste. Eles estão bombardeando a cidade com foguetes desde o início da manhã', disse o porta-voz chamado Abdulrahman.
"Também há confrontos em al-Rayayna. Nós estamos em novas lutas desde o começo desta manhã de domingo”, afirmou o rebelde, que começaram um levante em fevereiro para depor o ditador Kadhafi.
Governo da Líbia promete reagir ao ataque que matou filho de Kadafi
O governo da Líbia reagiu neste domingo ao ataque aéreo da Otan que matou Saif al-Arab, filho mais novo do líder do país Muamar Kadafi e três netos do ditador, no último sábado . O governo prometeu retaliar o ataque, que chamou de invasão ao país.
Na véspera, o porta-voz do governo, Moussa Ibraim, já havia criticado duramente a ação da Otan.
- O que temos agora é a lei da selva. Achamos que agora ficou claro que o que está acontecendo na Líbia não tem nada a ver com a proteção de civis - disse Ibraim.
Morte do filho de Kadhafi
O governo britânico não confirmou notícias de que um dos filhos do ditador líbio Muamar Kadhafi foi morto em um ataque aéreo da Organização do Tratato do Atlântico Norte (Otan). "Nós ainda não temos verificações para comentar. São ainda notícias não confirmadas. Eu estou com medo de que nós não podemos ainda confirmar nem uma nem outra notícia", disse o ministro de relações exteriores da Inglaterra, Alistair Burt.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, negou-se a comentar a possível morte do filho de Kadhafi. "A ação da Otan na Líbia não tem como alvo indivíduos em particular", disse Cameron. "Os objetivos da política da Otan e da aliança são absolutamente claros. Estamos cumprindo a resolução 1973 da ONU para prevenir a perda de vidas de civis inocentes que são atacados pela máquina de guerra de Kadhafi", disse Camero.
Saif al-Arab tinha 29 anos de idade, era civil e estudava Alemanha. Autoridades líbias levaram jornalistas à casa que foi atingida por pelo menos três mísseis. O telhado desabou completamente em algumas áreas.
De acordo com jornalistas que foram levados ao local do ataque, o edifício foi muito danificado e uma bomba ainda não detonada permanece no local. O porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, disse que a vila foi atacada "com força total".
"O líder Kadhafi e sua esposa estavam na casa com outros amigos e familiares. O líder está em boa saúde, não foi ferido", disse.
ONU deixa Trípoli após saques de partidários de Kadafi em escritórios
A ONU anunciou neste domingo, 1, que vai retirar todos os seus funcionários estrangeiros da capital líbia, Trípoli, depois que os escritórios da organização no país foram saqueados. Prédios da ONU e de algumas missões diplomáticas ocidentais teriam sido danificados por grupos pró-Kadafi, depois que um porta-voz do governo disse que um ataque da Otan, a aliança militar ocidental, matou o filho mais jovem do líder líbio, Saif al-Arab Khadafi, de 29 anos, e três de seus netos na noite de sábado.
Rússia critica ataque aéreo da Otan à Líbia
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que há "sérias dúvidas" de que o Oeste não esteja mirando o líder líbio Muamar Kadafi e a família depois que Trípoli informou que o filho de Kadafi foi morto.
"Os argumentos dos membros da coalizão de que ataques sobre a Líbia não têm como alvo a destruição física de Muamar Kadafi e membros de sua família causam sérias dúvidas", afirmou o ministério, em comunicado, ao pedir que a coalizão ocidental "cesse fogo imediatamente". "Informação de mortes entre civis está sendo recebida em Moscou com preocupação crescente", acrescentou o documento.
O chefe do Comitê de Relações Exteriores da Câmara Baixa do Parlamento russo, Konstantin Kosachyov, condenou o ataque da Otan. "Mais e mais fatos indicam que o objetivo da coalizão é a destruição física de Kadafi", disse ele, ao solicitar que os líderes ocidentais deixem clara a posição sobre os ataques aéreos.
"Estou totalmente perplexo pelo silêncio dos presidentes dos Estados Unidos, França e líderes de outros países ocidentais", acrescentou Kosachyov, em entrevista citada pela agência de notícias Interfax. "Temos o direito de esperar que eles façam uma avaliação imediata, ampla e objetiva das ações da coalizão". O primeiro-ministro, Vladimir Putin, tem criticado duramente os ataques aéreos e acusado a Otan de tentar matar Kadafi. A Rússia se absteve da votação, em março, no Conselho de Segurança da ONU, que autorizou o uso da força na Líbia para proteger civis.
Em Bruxelas, a porta-voz da Otan, Carmen Romero, disse que a informação de mortes permanece não confirmada. "Nós miramos um comando militar e um prédio de controle com precisão", disse ela. "Não foi mirado qualquer indivíduo. Foi um alvo militar claramente ligado aos ataques sistemáticos do regime de Kadafi contra a população civil".
Grã-Bretanha expulsa embaixador da Líbia
A Grã-Bretanha decidiu expulsar o embaixador da Líbia depois de a sua embaixada em Tripoli ter sido atacada, segundo um comunicado, divulgado este domingo, pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague.
"A Convenção de Viena exige que o regime de Kadafi proteja as missões diplomáticas em Tripoli. Por não o fazer, o regime violou uma vez mais as suas responsabilidades e obrigações internacionais", afirma em comunicado, referindo-se ao líder líbio Muamar Kadafi.
"Como resultado, tomei a decisão de expulsar o embaixador da Líbia", afirmou, e juntou que o diplomata tem 24 horas para abandonar o Reino Unido.
"Condeno os ataques à embaixada britânica em Tripoli, assim como às missões diplomáticas de outros países", salientou Hague. "Os ataques contras as missões diplomáticas não irão debilitar a nossa determinação de proteger os civis na Líbia", esclareceu.
A Grâ-Bretanha retirou o seu embaixador em Tripoli no início do conflito e não tem representação diplomática em Tripoli. Uma equipa de diplomáticos britânicos está em Bengasi.
NP

Presidente Rwandês responsabiliza governantes africanos por intervenções estrangeiras

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paul-kagame 23500O Presidente rwandês, Paul Kagamé, considerou que a intervenção militar das potências internacionais nos países em crise em África, baseando-se nos casos da Côte d’Ivoire e da Líbia, é a "consequência dum fracasso coletivo e individual dos dirigentes africanos".
« Quando alguns Estados africanos criam eles próprios as condições duma ingerência externa nos seus próprios assuntos, a sua responsabilidade é inteira. Se a nossa própria fraqueza e a nossa má governação nos expõem à manipulação, é inútil queixar-se», declarou Paul Kagamé em entrevista à revista « Jeune Afrique » a publicar segunda-feira.
Na Côte d’Ivoire, afirmou Kagamé, as imagens da detenção de Laurent Gbagbo « inspiraram-me uma espécie de tristeza quanto à maneira como se faz e concebe a política em África ».
« Quanto mais olho mais vejo, detrás , a sombra do cenarista estrangeiro. O facto de que 50 anos após as independências, o destino do povo ivoiriense, da sua economia, da sua moeda, da sua vida política estejam ainda controlados pela antiga potência colonial põe problema. É isto que estas imagens mostram antes de tudo”, afirmou o Presidente rwandês.
Paul Kagamé indicou que se França interveio na Côte d’Ivoire foi devido à incapacidade da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a resolver a crise neste país, acrescentando que é a consequência dum « fracasso coletivo e individual » dos Africanos.
« Qual é, enquanto Africanos , a nossa parte de responsabilidade?", interrogou-se o chefe do Estado rwandês. “Que imagem a própria África dá ao resto do mundo? Pensamos que o espetáculo dum Exército estrangeiro, mesmo sob cobertura onusina, intervindo nas ruas duma capital africana é uma boa coisa? Por que nós, Africanos, deixamo-nos que se nos criem este tipo de situações? Temos a coragem de nos olharmos num espelho? », questionou-se.
Panapress

Policial do Zimbábue é preso por usar banheiro do presidente

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zimbambueUm policial do Zimbábue foi preso no início do mês acusado de usar um banheiro reservado apenas para o presidente, Robert Mugabe.
O sargento Alois Mabhunu trabalhava em uma feira anual de Comércio Internacional do Zimbábue, na cidade de Bulawayo, no oeste do país.
Segundo o site da rádio Voice of People (VOP), do Zimbábue, Mabhunu foi preso no dia 7 de maio, um dia depois do incidente. O detetive do setor de homicídios estava trabalhando na abertura oficial da feira em Bulawayo.
O presidente do banco africano Afreximbank, Jean Louis Ekra, e o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, também participavam da cerimônia.
"Mabhunu, devido ao chamado da natureza, correu para os banheiros reservados para Mugabe e seu convidado, Ekra, mas foi parado por outros oficiais que guardavam os banheiros", informou o site da rádio VOP.
"Sob intensa pressão do chamado da natureza, o oficial abriu caminho e conseguiu se aliviar."
Mas, Mabhunu foi preso no dia seguinte, depois de uma denúncia para os responsáveis pela segurança de Mugabe e comandantes da polícia na cidade, sob suspeita de invadir o banheiro do presidente.
O policial está detido em um quartel nos arredores de Bulawayo e a rádio VOP entrou em contato com um porta-voz da polícia de Bulawayo, mas o porta-voz, Mandlenkosi Moyo disse à rádio que "é um assunto interno".
Segundo a rádio VOP, Mabhunu está sendo julgado nesta segunda-feira.
Segundo o site de notícias New Zimbabwe, a advogada defensora dos direitos humanos Beatrice Mtetwa perguntou por qual crime o policial foi acusado.
"Precisa haver uma lei dizendo que o banheiro é do presidente, mas este era um banheiro público. Eles precisavam ter divulgado uma proclamação no jornal do governo especificando isto. Aposto que eles não fizeram isto", disse a advogada.
Em todos os lugares que vai, Mugabe, de 87 anos, é protegido por grandes esquadrões da polícia secreta e por soldados.
Vários motoristas que cruzaram o caminho do comboio presidencial teriam sido atacados pelos seguranças de Mugabe, por exemplo.
BBC

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Zuma: resolução não permite "assassinato político" de Kadafi

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jacob zuma18A resolução da ONU sobre a Líbia não autoriza "uma mudança de regime ou um assassinato político" do líder Muammar Kadafi, declarou neste domingo em Pretória o presidente sul-africano Jacob Zuma.
"Os bombardeios da Otan e de seus aliados são uma preocupação indicada por nosso comitê e pela Assembleia da União Africana (UA), pois a finalidade da resolução 1973 era proteger o povo líbio e permitir os esforços humanitários", declarou Zuma.
"A finalidade não era autorizar uma campanha para uma mudança de regime ou um assassinato político", declarou Zuma no início das conversações do comitê de mediação da União Africana na Líbia. O comitê de mediadores, integrado por cinco chefes de Estado, está reunido neste domingo em Pretória para fazer um balanço de seu trabalho. A reunião de Pretória começou no momento em que os rebeldes líbios indicaram que esperam uma oferta de Kadhafi que possa pôr fim a quatro meses de conflito.
O comitê liderado pelo presidente da Mauritânia, Mohamed Uld Abdel Aziz, é composto por seus colegas Jacob Zuma, Denis Sassou Nguesso (Congo), Amadou Toumani Touré (Mali) e Yoweri Museveni (Uganda). Esta reunião é realizada pouco antes da 17ª cúpula da União Africana, em Malabo, Guiné Equatorial, de 30 de junho a 1º de julho.
AFP

O terrorismo jornalístico do Jornal de Angola

      Noticias em geral
jornal de angola 10Não existe nada mais violento do que o jornalismo camuflado de sério. Agarra-se na liberdade de expressão para tornar-se cúmplice de interesses que não se conciliam com a lei. Uma coisa é o jornalismo de investigação e denúncia, que é aquele que faz bem à sociedade; outra coisa é o jornalismo que conspira e manipula, em que o interesse de investigar e denunciar está necessariamente atrelado ao interesse de constranger para atender relações que se afastam da ética.
Quando um jornalista não tem a coragem de investigar um caso como o dos biliões que se vão vazando por este pais a fora, e pelo contrário, até faz reportagens a favor dos mentores desta gatunagem, não tem outro nome senão o de mercenário da informação.
Não é jornalismo quando se alinha um esquema de repressão à aqueles que lutam por uma Angola mais justa. O bom jornalismo, (o do rigor e da ética) é aquele que apura a informação, cruzar as fontes, investiga e denuncia. O bom jornalismo não é aquele que manipula, mina, e que serpenteia a volta do mercantilismo da informação com escassos argumentos noticioso ou informativo e mais propaganda (politica, como se não bastasse)
Não me cansarei de denunciar essa tendência de encenar “peças de teatro” a volta daqueles que usufruindo um direito constitucionalmente garantido; o de se manifestar sao ripostados com uma encenação politica com apoio exclusivo da Jornal de Angola, TPA, e pares, como aconteceu com David Mendes e Luaty Beirão.
Quem lé o editorial do nosso partidario Jornal de Angola, sabe que Jose Ribeiro, para alem de mercenário da (des)informação e tambem um Taliban da escrita, que tem conseguido semear o terror informativo a todo aqueles que se opoem a ditadura eduardista. O editorial do JA é um a apoio aberto e sem descaramento a ditadura, transformou-se num veículo francamente anti-oposição; Atiça o ódio, a intolerância política, não se preocupa em obter provas ou documentos que sustentem suas acusações ou afirmações. É preciso, desmascarar esse festival de mentiras, e sordidez que vem sendo orquestrado pelo Jornal de Angola, com a participação decisiva do partido MPLA/JES.
Jose Ribeiro é assim um cão de guarda que só aceita conteúdos definidos pelos censores da ditadura, tornando o JA no seu território opinativo inexpugnável, com direito a opinião camuflada numa tentiva covarde de calar toda e qualquer opinião ou criticas que periga a ditadura eduardista. Jose Ribeiro actua no Jornalismo angolano, como se fosse um parceiro comercial do MPLA. Basta entrarmos na máquina do tempo e darmos uma olhada no ano em que a constituição entrou em debate; JES e o MPLA divergiam quanto a forma de eleição do presidente; enquanto JES defendia a existencia de duas correntes no seio do MPLA, Kuata Kanawa negava a existencia das mesmas. Bornito apareceu para apagar o fogo dizendo que existe sim uma sintonia entre o JES e o MPLA. No dia seguinte o editorial teve o mesmo titulo... Presidente e partido estão em sintonia.
Se um governo manipula os meios de comunicação a democracia não existe.
Tony Kabila
www.k issonde.net

A Província do Zaire em miséria

                 Noticias em geral
pobreza 6540Há pessoas que são enterradas como os cães. Mas, há ricos que quando os seus cães morrem, fazem-lhes funerais.O Zaire num completo esquecimento. A província produz petróleo e vive na miséria absoluta.
Como soe dizer-se que Angola é Luanda e a capital é a Mutamba, o jornal Folha8 lembrou-se de fazer uma pequena viagem ao estrangeiro.
A descoberta que fizeram ao longo do périplo em terras do Zaire, que, afinal de contas não é país estrangeiro, mas simples colónia de Angola, redundou num constato que foi uma das grandes decepções da sua vida de jornalista, uma surpresa triste, chocante, que lhes revelou até que ponto está desenvolvida a técnica de enganar a gente da nossa terra, lançando-lhes areia para os olhos de maneira ininterrupta e baixa, mas magistral.
Segundo o jornalista William Tonet
Na viagem que fizeram, constataram que se tinham enganado ao sair de Luanda, de facto não entraram em país estrangeiro, ficaram, sim, a conhecer o que se pode considerar uma região ao abandono, apesar de ser uma das províncias de Angola que mais proveito acarreta para os cofres do Tesouro Nacional.
O seu destino era Mbanza Kongo, capital da referida província, e, como aperitivo ao que iriam viver, fizeram um trajecto deveras inconfortável, numa estrada de péssima qualidade, nem sequer era de terra batida, mas de BURACOS BATIDOS e na melhor das hipóteses, esbatidos, aos milhares, ao longo de cerca de 400 km de um percurso caótico, ao qual nem o melhor dos jipes resiste.
Uma vergonha, transformada nos spots publicitários da TPA em magnífica realização do executivo.
A província do Zaire, vaca leiteira fecunda da indústria petrolífera, que contempla o Estado com coisa de 70% do PIB nacional, é, sem tirar nem pôr, a mais pura demonstração da incompetência da gestão do Presidente da República e chefe do Executivo.
O ministro da Construção, por exemplo, teve o desplante de se deslocar de Luanda aqui há uns dias atrás, para inaugurar um ponteco de meia-tijela, a unir duas margens de um riacho para kabwenha e “joaquinzinhos”, quando deveria tranquilizar as populações sobre o que está a ser providenciado para minimizar os problemas causados pelo péssimo estado das estradas de ligação da capital provincial, não só a Luanda, mas também ao Soyo, a Maquela do Zombo e outros municípios, sem esquecer Matadi, do outro lado do rio, uma estrada internacional que nem cavalos nem burros gostam de frequentar.
Uma região esquecida
O Zaire, região que, como sobredito, é das maiores produtoras de petróleo do nosso país, tem, não nos espantemos isto é Angola, em todo o seu desespero e desesplendor, tem, dizíamos, uma única bomba de combustível. UMA! (01) Cujo reservatório comporta o suficiente para um abastecimento normal de 5 a 10 dias e é abastecida em combustível uma vez por mês. Assim, durante 5 a 10 dias, os automobilistas da região são abastecidos, depois, todo o resto do mês ficam à espera, enquanto o petróleo, que está ali à beira a sair da mãe terra às golfadas, como que em vómitos a jorrar do fundo do mar e a poluir imensas áreas do oceano, são embarrilados, tanto ao próprio como ao figurado, e o lucro dos seus barris, também embarrilado, poderá servir para os empreendimentos que são inaugurados e os dinheiros esbanjados em obras e organizações que estão fixadas em Luanda.
Neste figurino de profundo desdém, com relentos e resquícios de centralismo étnico, geograficamente fora do lugar, a pretendida mais-valia que o Governo augura, mais-valia que só ficasse circunscrita aos miríficos projectos de Luanda, com as suas novas torres e ilhas artificiais, e deixasse o resto das províncias ao cargo da gestão de pessoas mais competentes.
Má gestão e incompetência ao rubro
O Zaire é um país triste. Vive às escuras a maior parte do tempo. É uma terra abastecida em electricidade por geradores, que, sem ser por mero acaso, também ficam por vezes sem combustível. E não havia necessidade desta critica situação, caso existisse interesse, pelo bem estar das gentes daquele território, por parte de quem de Luanda, pensa que governa, bastando que fossem construídas pequenas hidroeléctricas nos rios Briz e Lueje, que seguramente dariam para fornecer energia a toda província.
E isso poderia ser um bom impulso para o desenvolvimento da indústria que tirando a petrolífera e pequenas padarias, tudo o mais é miragem.
O Tribunal provincial do Zaire, em Mbanza Kongo, não tem uma única sala para realizar audiências e as instalações onde ele funciona são uma vergonha para os fazedores e operadores de justiça, os próprios presos engavetados e uma humilhação para aquilo a que se dá, indevidamente, o nome de palácio da justiça.
Por outro lado, em 35 anos de patinagem legislativa e executiva, o governo não construiu um único hospital, e a esse respeito, vive ancorado ao herdado do tempo colonial, que não dá, já desde o século passado, para as encomendas. A evolução verificada, cingiu-se a um vergonhoso e mini-bloco pré-fabricado, que tem engalfinhado a maternidade, a pediatria, clínica geral e um bloco operatório deficiente.
Assim sendo, no Zaire, cerca de 60% da população recorre aos serviços da medicina tradicional, pois a pública encontra-se numa situação do culpado por ter cão e culpado por não ter, isto é, quando não faltam médicos e enfermeiros os medicamentos escasseiam.
A casa mortuária, com apenas quatro gavetas, que é uma miragem que só seitas de baixa estirpe poderiam imaginar. As escolas do Zaire, província rica em petróleo, fazem lembrar os nossos antepassados, muitas delas ainda têm latas e pedras para os alunos se sentarem e poderem escrever.
O ensino médio e universitário, também enferma a discriminação. Existe o INE (Instituto Nacional de Educação), que funciona numa ex-escola primária que cai aos pedaços e é emprestada; o PUNIV, que não tem estrutura própria e funciona num antigo armazém, dividido em quatro salas; e o Instituto Médio de Administração Gestão e Marketing, único que funciona em estrutura própria.
Quanto ao universitário, resume-se a um núcleo da Escola Superior Politécnica 11 de Novembro de Cabinda, que funciona junto ao Hospital Provincial, numa instalação pré-fabricada, com oito salas, administrando os cursos de Matemática, Psicologia, Física e Gestão. Caricatamente, não tem curso ligado aos petróleos, tão pouco a agricultura, riquezas da região.
Mas a discriminação atinge também a docência, como o exemplo do professor duma cadeira nuclear, que, para ser aceite e poder leccionar no universo universitário de Mbanza Kongo, tivesse que se desenrascar para tratar da aquisição do cartão de militante do MPLA.
O Zaire, em princípio, pelo seu acesso ao mar, devia poder comer peixe todos os dias, a verdade é que ele escasseia, porque as políticas governamentais matam todos os dias esta indústria de subsistência e os empregos dos pescadores, com o mar muitas vezes assolado com o óleo que vasa das sondas das petrolíferas, não se presta a grandes pescas. Isto perante o olhar cândido e sereno das autoridades, que não mexem uma palha quando se verificam graves atentados ao meio ambiente por exclusiva culpa das multinacionais petrolíferas instaladas confortavelmente nos mares do Zaire.
No meio de toda esta mostra de desdém pelos proprietários reais da riqueza petrolífera do Zaire, fica uma pergunta no ar: mas onde raio é que o governo aplica os biliões de dólares que são extraídos do petróleo dessa província?
A resposta, infelizmente é evidente: esse dinheiro beneficia, primeiro Luanda, segundo Luanda, terceiro Luanda, quarto as outras províncias e só as migalhas regressam ao Zaire, que parece uma terra abandonada.
Dizer que a região tem petróleo é até vergonhoso e pode ser uma demonstração, e uma verdadeira denúncia, da má gestão a que o pais está votado com dirigentes sentados nas poltronas de Luanda, apenas interessados no dinheiro das regiões e borrifando-se para o sofrimento das populações.
O Zaire é tratado, tal qual como muitas outras províncias, como região colonizada, pois esta forma desprezível demonstra um profundo desinteresse pelo bem-estar das suas populações, logo, a melhor opção ainda seria o governo de Luanda deixar a gestão para outras inteligências e concentrar-se exclusivamente em Luanda. Há ainda tanta torre por construir.
Com Arlindo Santana, em Mbanza Kongo
Eduardo M. N´zinga
Angola24horas.com

Jornalista de origem angolana denuncia Fifa

Notícias - Angola24horas
jean-francois tanda 32410Em entrevista ao Bahía Noticias, o jornalista, responsável por denunciar irregularidades na Fifa, conta como comecou suas investigações, explica detalhes sobre os escândalos envolvendo pagamentos de propina na entidade e dá um aviso aos cartolas: "Isso ainda nao é o fim das insvestigações".
As suas investigações, juntamente com as de outros jornalistas como o britânico Andrew Jennings, deram ao mundo uma ideia sobre o nível de corrupção na toda poderosa Fifa. Quando você as iniciou e o que o levou a fazê-las?
Jean- François Tanda: Tudo começou quando eu era estagiário no jornal Zurich Sunday em 2005 e, coincidentemente, descobri um acórdão do Tribunal Federal da Suíça. O mesmo era sobre a Fifa e a ISL, sua antiga parceira de marketing esportivo. Em cerca de 10 páginas, os juízes federais descreveram um sistema completo de negócios sujos. No início eu não sabia que era sobre a ISL na medida em que tudo era anônimo. Comecei a juntar as peças, a falar com pessoas, e então entendi do que se tratava. Foi o começo das minhas estórias e da minha história com a Fifa: pura coincidência.
Joseph Blatter acabou de ser reeleito para mais um mandato como presidente da Fifa. Como você se sentiu depois de todas as notícias de escândalo envolvendo a entidade?
JFT: Não fiquei surpreso de todo. Para além da Inglaterra e de apenas outras 16, eu esperava mais algumas federações nacionais de futebol a pedirem para adiar as eleições. Mas, quando apareci no congresso da Fifa e senti a atmosfera, logo percebi que a "família Fifa" tem uma maneira muito diferente de pensar da do resto do mundo. Blatter não é a pessoa que pode devolver a integridade à Fifa e nem alguém que esteja disponível para mudar a imagem da entidade no mundo. Ele faz parte da velha escola de funcionários que não gostam da transparência e nem querem mudar nada na governação daquela organização multibilionária.
Você espera que um dia ele acabe renunciando e que responda pelas alegadas acusações de corrupção na Fifa?
JFT: Não penso que ele vá renunciar a não ser que seja por razões de saúde. Ele nunca vai ser cobrado por corrupção porque na Suíça a corrupção na Fifa não era ilegal até 2006. Jamais alguém poderia provar que ele foi subornado. Ele vive de subsídios da Fifa nos 365 dias do ano. Ele - e todos no Comitê Executivo - recebem 500 dólares ao dia quando em viagem nas missões da Fifa. Oficialmente ele ganha 1 milhão de dólares por ano e, extra-oficialmente, isso deve ser muito mais. Ele não precisa de dinheiro e provavelmente não é corrupto. Certamente distribui brindes e presentes, mas tudo dentro do quadro legal dos estatutos da Fifa.
No seu ponto de vista, e com base no que você apurou até agora, qual o nível de prevalência da corrupção na Fifa hoje?
JFT: Jack Warner, que acabou de renunciar a todas as suas posições, disse que não entendia porque era investigado pela Fifa. Ele explicou que brindes e presentes sempre foram aceites e eram normais nos seus 30 anos na Fifa. Eu dou a você esse exemplo para mostrar a forma como esses caras pensam: para eles é absolutamente normal receber dinheiro e outros privilégios de todo o mundo e de qualquer pessoa apenas porque têm assento no Comitê Executivo da Fifa. Por isso eu penso que a corrupção é prevalente na Fifa, no mínimo entre os funcionários que estão na instituição há um longo tempo. Como disse antes, de acordo com a lei suíça, a corrupção na Fifa era legal até 2006 e somente subornar os funcionários do Estado era proibido.
O Comitê de Ética da Fifa deu por encerrados todos os procedimentos iniciados contra Warner e manteve a presunção de sua inocência. Ele era o elo mais fraco?
JFT: Estou decepcionado por o Comitê de Ética ter parado as suas investigações. Como mencionei antes, o próprio Warner explicou a agência Bloomberg que brindes, presentes e pagamentos foram sistematicamente distribuídos nos últimos 30 anos em que ele esteve na Fifa. Não percebo muito bem porque ele renunciou. Provavelmente não havia outra saída e essa é a única explicação que vejo.
Isso representa o fim das suas investigações?
JFT: Não, isso certamente não é o fim. Enquanto houver pessoas como Sepp Blatter, Ricardo Teixeira, Nicolas Leoz ou Julio Grondona, no Comitê Executivo da Fifa, isso significa que a mesma velha escola e o mesmo velho estilo de homens continuam a governar o futebol.
Houve rumores de corrupção envolvendo a candidatura de Qatar-2022. Do que sabe sobre a Fifa, você diria que a corrupção sempre jogou um papel importante em qualquer candidatura ou não?
JFT: Depende da maneira como você define a corrupção. Qatar afirmou ter agido dentro do quadro legal permitido pela Fifa. Isso certamente inclui o financiamento de projetos e pequenos brindes. Um antigo funcionário da Fifa disse que a Alemanha também usou de todas as possibilidades ter a Copa de 2006 garantida, ou seja, financiando projetos, organizando jogos amigáveis e assim por diante.
Você diria que a Fifa é "uma família de crime organizado" como Andrew Jennings sugere?
JFT: Como advogado eu nunca iria tão longe, mas você pode ver algumas similaridades como as seguintes: empresas de fachada em paraísos fiscais como o Liechtenstein, as Ilhas virgens Britânicas ou Andorra onde ninguém, nem mesmo os promotores de justiça conseguem realmente descobrir quem pegou o dinheiro e por onde ele passou; intransparência; muito dinheiro sendo pago sem razão e, finalmente, Omertà, a regra não escrita do silêncio.
Você esta chegando ao ponto que deseja nas suas investigações?
JFT: Eu sempre quero saber mais do que sei. Nunca tive uma meta específica com essas investigações. Mas fico curioso quando pressinto que alguém tem algo a esconder.
Que tipo de constrangimentos, pressões, você está enfrentando para não ir mais longe no seu trabalho?
JFT: Obviamente que eles têm muito dinheiro para pagar aos seus advogados e à todos os que estão ou estiveram por dentro da Fifa. Por exemplo, antigos funcionários da Fifa receberam quatro anos mais de salários após deixarem a instituição. Em contrapartida eles não estão autorizados a falar sobre o que sabem. O antigo secretário-geral Urs Linsi recebeu mesmo oito anos mais de salário para se manter silencioso.
Nas suas investigações você mencionou dois grandes nomes brasileiros no dirigismo do futebol: Ricardo Teixeira, o atual chefe da CBF, e João Havelange, seu ex-sogro e antigo presidente da Fifa. O que você apurou sobre essas pessoas nas suas investigações?
JFT: Nos anos de 1990 Ricardo Teixeira recebeu 9,5 milhões de dólares da ISL, uma agência de marketing desportivo falida, sediada em Lietchtenstein. O dinheiro foi para uma empresa da qual Teixeira e Havelange eram donos. Este último recebeu 1 milhão, de acordo com a lista da ISL.
Você sabe de outros nomes de futebol ou mesmo do governo brasileiro que estejam envolvidos nesse escândalo?
JFT: Não
Romário, a antiga estrela do futebol brasileiro e agora deputado federal, questionou a forma como estão sendo conduzidos os trabalhos da organização da Copa de 2014. Ele sugeriu que, para bem do evento, Teixeira deveria renunciar face às alegações de corrupção que o envolvem e também pela sua idade.
JFT: Todos os políticos no mundo deveriam renunciar quando aparecem estórias de corrupção chegando todos os dias, como no caso do senhor Teixeira. Ser membro do Comitê Executivo da Fifa é desempenhar um cargo político. Assim, com certeza que concordo com Romário. Isso também é valido para o seu trabalho como chefe do Comitê Organizador da Copa de 2014.
Agora algumas perguntas de âmbito mais pessoal. Como jornalista, você diria que o desvendar desses escândalos na Fifa representa o maior feito até agora?
JFT: Em 2009 ganhei o prêmio de "Jornalista do Ano" atribuído pelo magazine Schweiser Journalist por desvendar uma fraude à volta da venda da antiga escuderia de Formula 1 BMW Sauber por por parte de um grupo de empresários anônimos. Na verdade bandidos com uma série de empresas em paraísos fiscais. Também já escrevi histórias que tiveram algum impacto apenas na Suíça. O que existe de especial em relação a Fifa é que ela é uma organização global e as estórias são conhecidas mundialmente.
O que vai acontecer, no seu caso, se você e outros jornalistas terminarem perdendo essa batalha, em que estão totalmente engajados, pela transparência na Fifa?
JFT: Honestamente, eu nunca pensei em perder o caso. Mas provavelmente seremos presenteados com faturas bem altas dos advogados da Fifa.
Você é jornalista e advogado. Porque escolheu essas profissões?
JFT: Estudei direito porque acredito na justiça e queria ajudar as pessoas. Iniciei no jornalismo porque queria reportar sobre as injustiças e ajudar a mudar o mundo. Hoje, estou ciente que as coisas não são assim tão simples quando aparecem os grandes problemas. Mas nada é impossível e é bom ver como as coisas podem mudar assim que se tornam publicas. Do que eu gosto mesmo é de aprender coisas novas conforme vou conhecendo mais pessoas e assuntos interessantes no cotidiano.
Metade de suas raízes familiares está na África. Pode falar um pouco sobre elas?
JFT: A família do meu pai é do norte Angola, de Mbanza Congo, antiga cidade de São Salvador. Mas ele cresceu principalmente em Kinshasa, no antigo Congo Zaire. Ainda não estive em Angola mas já viajei para Kinshasa para visitar a minha família assim como já visitei também outros países africanos.
De que forma, se alguma, você preserva a sua herança cultural africana?
JFT: Nasci e vivo na Suíça, vejo-me como um europeu e acima de tudo um cidadão do mundo. Cuido da minha herança cultural africana mas de uma forma muito incomum. Através da música, por exemplo, experimento muitos instrumentos africanos como a kora, marimba, djembe ou calabash. Adoro viajar para qualquer parte do mundo e em especial para a África. Sigo as notícias e interesso-me muito pelo que vai acontecendo no continente. Embora muito importante para mim, não coloco a minha herança cultural africana numa posição especial na medida em que sou aberto à todas as diferentes culturas do mundo e elas se estão misturando mais e mais.
Que aconselhamentos você daria aos jovens europeus de ascendência africana?
JFT: Acreditem em si mesmos e tenham em mente que podem atingir qualquer coisa boa. Sejam orgulhosos e tirem partido da vantagem de crescerem com duas raízes culturais fortes dentro de vocês.
O que você gosta de fazer nos seus tempos livres?
JFT: Jogar futebol e tocar numa banda musical.
Finalmente, falando de futebol em si, que país você vaticina como vencedor da Copa 2014?
JFT: Angola ou Suíça (risos). Brasil.
Por Alberto Castro / Freelancer / Londres
Bahia Notícias

Mulheres congolesas violadas em Angola durante o seu repatriamento para a RDC

Notícias - Angola24horas
mulhercongo10A ONU está preocupada com o processo de repatriamento de imigrantes ilegais de Angola para a República Democrática do Congo por forma evitar mais casos de violações.
As Nações Unidades querem acompanhar de perto o processo de repatriamento de imigrantes ilegais de Angola para a República Democrática do Congo (RDC) com vista a travar o aumento de casos de violações registadas durante o processo. A última denúncia de violações de mulheres foi feita por um padre da Caritas na RDC.
É na Província de Kamako, região da República Democrática do Congo que faz fronteira com Angola, que se encontram as cem mulheres congolesas que foram violadas pela polícia angolana, segundo denúncia feita pelo Padre Pierre Mulumba, responsável pelo prelado da Caritas em Luebo (Província do Kasai-Ocidental). “É importante dizer que isto não aconteceu em Luanda, mas sim nas províncias onde de tempo em tempo as pessoas são expulsas... É durante esse movimento que os elementos da polícia angolana aproveitam para violar as mulheres congolesas antes de as expulsar de Angola para a República Democrática do Congo”, disse o padre.
São mulheres com idades entre os 18 e 35 anos, algumas delas casadas, mas que viviam ilegalmente em Angola. Segundo o padre, as violações terão ocorrido entre 1 e 19 de abril de 2011, altura em que também foram expulsos de Angola outros 5.300 congoleses. “As violações aconteceram sobretudo à noite. Quando os policiais prendem essas pessoas elas já estão no limite do estado de fraqueza. E como é uma atitude comum entre os policiais, eles conseguem levar as mulheres para a floresta, casas ou outros lugares desconhecidos e as violações acontecem lá."
Mais de 700 congoleses violados no seu repatriamento de Angola
De acordo com a ONU, em novembro de 2010 mais de 700 congoleses entre homens, mulheres e crianças, foram violados durante o seu repatriamento de Angola.
A representante especial do secretário-geral da ONU para a violência sexual, Margot Wallström, esteve recentemente em Angola e na República Democrática do Congo para junto com as autoridades dos dois países chegar a um consenso com vista resolver a situação. Dos encontros ficou claro que é preciso punir os responsáveis por esses crimes.
“Em Angola o governo precisa aplicar a 'tolerância zero' contra a violência sexual e todas as formas de violência. Nós lutamos contra a impunidade e o governo angolano concordou com isso. Do lado congolês é preciso que eles registem e relatem adequadamente estes casos para que possa ser possível acompanhar o processo e punir os responsáveis”, disse Wallström em entrevista à DW.
A ONU deve acompanhar o processso de repatriamento
A represente especial das Nações Unidas disse ainda que seria bom que ONU acompanhasse de perto o processo de repatriamento. “Se tivermos alguém no terreno trabalhando com as autoridades durante esse processo, poderemos controlar melhor essas situações”, finalizou.
Em outubro de 2009, Angola e a República Democrática do Congo, expulsaram dos seus territórios dezenas de milhares de pessoas. Muitas foram encontradas sem comida nem abrigo na região fronteiriça entre os dois países. Desde 2004, mais de 350 mil imigrantes congoleses clandestinos foram expulsos das províncias mineiras de Angola, na operação "Diamante", que visava combater o tráfico ilegal de diamantes angolanos.
Autora: Edlena Barros
Revisão: António Rocha
DW

Deputado da UNITA acusa Kinshasa de procurar favores de Luanda

Notícias - Política
raul dandaChicaia adia greve de fome - Deputado da UNITA acusa Kinshasa de procurar favores de Luanda e governo angolano de intimidar activistas
em Kinshasa pelas autoridades congolesas que dizem ter actuado a pedido de Luanda.
Chicaia tinha afirmado estar pronto a entrar em greve de fome para protestar contra a sua detenção.
O deputado da Unita por Cabinda Raul Danda disse à Voz da America que Chicaia tinha sido aconselhado por amigos e organizações não governamentais em Angola e no estrangeiro a não debilitar-se e a não entrar de greve "por enquanto".
Danda disse que a contínua detenção de Chicaia se deve a uma tentativa do governo de Kinshasa agradar a Luanda por precisar de fundos para as eleições que se vão realizar no Congo e a uma intensão do govenro angolano "intimidar" activistas em Cabinda.
Elementos na capital congolesa com as quais Agostinho Chicaia conversou e a que a Voz de América teve acesso disseram que até ao momento o governo Congolês ainda não fez nenhum pronunciamento sobre as motivações da detenção limitando-se apenas a consumir a informaçao disponibilizadas pelas autoridades migratórias daquele país que sustentam a detenção com base numa longa lista contendo nomes de militares da FLEC e da sociedade civil cabindense a contas com a justiça angolana por alimentarem ideais separatistas.
De Luanda, precisaram as fonte, não saiu nenhum sinal para a libertação do activista não obstante muitas organizaçõees estarem constantemente a interpelar o governo de Jose Eduardo dos Santos.
Certo é que a libertação de Agostinho Chicaia permanece numa indefinição e em Cabinda já se prepara um abaixo assinado a ser enviado para o corpo diplomático acreditado em Angola.
Agostinho Chicaia foi detido no aeroporto de Kinshassa quando embarcava para Zimbabwe, para uma reunião de ambientalistas sobre a bio-diversidade.
O activista reside actualmente na Republica do Congo Brazaville onde coordena um projecto ambiental sobre a conservação da floresta do Maiombe.
Recentemente esteve em Luanda e em Cabinda onde se reuniu sem quaisquer problemas com as autoridades angolanas.
Apesar de não ter entrado em greve de fome o estado de Saúde do activista cívico angolano, é descrito em Kinshasa com preocupação.
Estado de saúde de Chicaia
Segundo fontes ouvidas pela Voz de America na capital congolesa, Agustinho Chicaia está desde os ultimos dias com níveis altos de hipertensão arterial e uma constante depressão.
Em face a esta situação acrescentaram as mesmas fontes o ex presidente da extinta Associação Civica de Cabinda Mpalabanda, nao está a alimentar-se com regularidade o que está a debilitar o seu estado de saúde.
VOA