sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que podemos fazer para manter vivos nossos jovens?


A violência hoje faz parte do cotidiano de nossas vidas,m as quando envolve crianças e adolescente existe uma grande preocupação: quem são estes jovens? Acredito que somente um estudo detalhado de geoprocessamento poderá apontar qual a política adequada poderá ser implementada.  Agora é importante saber o que pode ser feito a curto prazo.  É inadmissível andar pelas ruas de Niterói , não muito diferente de outras cidades brasileiras, e encontrar jovens totalmente drogados, maltrapilhos, famintos e esqueléticos perambulando em vias públicas.  Na maioria das vezes estes jovens praticam pequenos furtos, são usuários de drogas, principalmente o crack, que por ser uma droga barata e com efeito devastador, levam estes jovens a condição sub-humana.  São verdadeiros zumbis perambulando pelo centro de Niterói.
As pessoas passam, olham e viram a cara (rosto),como se não tivessem nada a ver com eles.  Quando vitimados, procuram a Delegacia de Polícia para registrar queixa de que tiveram seus objetos furtados.  Muitos deles levados pela emoção pedem a redução da maioridade penal, pedem a limpeza da cidade, como se aqueles seres humanos fossem lixo.  Os gestores públicos responsáveis pelas políticas de atendimento a crianças e adolescentes não conseguem dar conta desta demanda. social, preferindo muitas das vezes transferir a responsabilidade para o terceiro setor.  O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI).  Hoje conta com recursos consideráveis para serem aplicados nos municípios e estados conveniados onde apresenta, conforme indicadores, um índice elevado de violência e crimes.  São 94 ações, sendo estrutural e local.
Quanto aos grupos em vulnerabilidade social é possível os municípios e estados conveniados desenvolverem ações nas áreas de educação, esporte, lazer, fortalecimento dos Conselhos de Segurança, capacitação de lideranças comunitárias, Projeto Mulher da Paz e outras.
Mas infelizmente o que se pode observar é que os gestores responsáveis em gerir estes projetos em seus municípios sequer os tiraram do papel, demonstraram que não sabem desenvolver projetos,nem gestão dos recursos federais.  Com isto inviabilizou-se a implantação de vários projetos que poderiam tiran estes jovens da rua e reintegrado-os às suas famílias.  Quanto a drogadição, não é impossível elaborar um projeto que cria um centro de recuperação de dependentes químicos e encaminhar através do Sincov, para que se tenha uma Unidade de Tratamento para os jovens dependentes químicos. Como os senhores podem ver, recursos existem, mas é mais fácil para os gestores devolverem o dinheiro, alegando que os projetos não foram concluídos a tempo.  Se esquecem que este tempo está condicionado aos editais. 
Enfim se estamos nesta situação devemos responsabilizar os gestores locais.  São eles responsáveis pelas políticas nos territórios.
Não podemos mais admitir que crianças e adolescentes tenham seus direitos violados por incompetência de alguns gestores.  Como se não bastasse eles dizem o problema é educação, mas momento algum compareceram na CONAE, seja municipal ou regional.  Nem na abertura da Conferência de Educação eles compareceram, portanto agem de forma demagógica quando falam em educação.
Acredito estar na hora de responsabilizar criminalmente estes gestores que agem de forma omissa.  Deve haver algum instrumento legal na Lei que nos possibilite usá –lo contra o mal gestores.
 
Sebastião da Silva [Tião Cidadão]
Niterói,09/11/2009

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