sábado, 7 de novembro de 2009

PROVAVELMENTE DEUS NÃO É AFRICANO? MAIS DEUS NÃO TEM NACIONALIDADE DEUS É PARA TODOS.

A economia do continente já cresce 5,5% ao ano,duas vezes mais do que em 1990.Mas há algo grave por trás dos numeros: A África caminha para ser,pela
terceira vez,o espaço privilegiado de uma grande competição imperialista,
o palco em que as potências disputarão riquezas e posições militares.A ÁFRICA
ocupou mais da metade do tempo,da última reunião do conselho de segurança
das nações unidas,durante o mês de abril de 2008.Na pauta: O impasse nas
eleições presidenciais do Zimbabue e as crises poĺiticas da república democrática do Congo e do Quénia,além dos conflitos armados,na Somália,e em
Darfur,no Sudão.Tudo isso trouxe de volta a imagem de um continente aparentemente inviál,com "estado falidos","Guerras Civis" e "Genocídios Tribais",com apenas 1% do PIB mundial,2% das transações comerciais globais
e menos de 2% do investimento directo estrangeiro dos últimos anos.Mas a ÁFRICA não é tão simples nem homogéne,com os seus quase 800 milhões de
habitantes e os seus 53 estados nacionais,que foram criados pelas potências coloniais europeias e foram mantidos juntos graças à Guerra fria.Ela chegou
à ÁFRICA setentrional com a crise do canal de suez,em 1956;à ÁFRICA central, com a Guerra do Congo,dos anos 60;e finalmente,à ÁFRICA Austral,com a
independência de Angola e Moçambique,e a sua Guerra com à África do Sul,
nos anos 80.A independência AFRICANA,depois da II guerra mundial,
despertou grandes expectativas com relação aos seus novos governos de "libertação nacional"e os seus projetos de desenvolvimento,que foram muito bem sucedidos-em alguns casos-durante os primeiros tempos de vida independente.Este desempenho inicial,entretato,foi atropelado por sucessivos golpes e regimes militares,e pela crise económica mundial da década de 1970,que atingiu todas as economias periféricas e provocou um prolongado declínio da economia Africana,até o início do século 21.Mesmo na década de 90,depois do fim do mundo socialista e da Guerra Fria,e no auge de globalização financeira,o continente Africano ficou praticamente à margem dos novos fluxos de comércio e de investimento globais.Depois de 2001,entretanto,a economia Africana ressurgiu,acompanhando o novo ciclo de expansão da economia mundial.O crescimento médio,que era 2,4% em 1990,passou para 4,5%,entre 2000 e 2005,e alcançou as taxas de 5,3% e 5,5% em 2007 e 2008.No caso de alguns países produtores de petróleo e outros minérios estratégicos,estas cifras alcançaram niveis ainda mais expressivos,como em Angola,Sudão e Mauritânia.Esta mudança da economia ÁFRICA deveu-se-como no resto do mundo-ao impacto do crescimento vertiginoso da China e da Índia,que consumiram 14% das exportações Africanas,no ano 2000 e hoje consomem 27%,igual à Europa e Estados Unidos,velhos parceiros comerciais do continente Africano.Na direção inversa,as exportações Asiáticas para a ÁFRICA vêm crescendo à uma taxa média de 18% ao ano,juntamente com os investimentos directos Chineses e Indianos,sobretudo em energia,minérios e infra-estrutura.Neste momento,existem cerca de 800 empresas,e 80 mil trabalhadores Chineses em ÁFRICA,com uma estratégia conjunta de "desembarque económico"no continente,como acontece também,em menor escala,com o governo e os capitais privados Indianos,neste sentido,não cabe mais dúvida,devido ao volume e a velocidade dos acontecimentos:A ÁFRICA é hoje,o grande espaço de "acumulação primitiva"Asiática,e uma das principais fronteiras de expansão económica e política,da China e da Índia.Mas aos mesmo tempo,não há o menor sinal de que os Estados Unidos e a União Europeia estejam dispostos a abandonar as suas posições estratégicas,conquistadas e controladas dentro deste mesmo território económico Africano.Após a frustrada "intervenção humanitária"dos Estados Unidos,na Somália em 1993,
o presidente Bill Clintos visitou o continente,e definiu uma estratégia de "baixo teor"para a ÁFRICA:Democracia e crescimento económico,através da globalização dos seus mercados nacionais.Mas depois de 2001,os Estados Unidos mudaram radicalmente a sua política Africana,em nome do combate ao terrorismo,e da proteção dos interesses energéticos,sobre tudo na região do "CORNO de ÁFRICA"e do Golfo da Guiné,que até 2015,devera fornecer 25% das importações nortes Americanas de petróleo.Faz pouco tempo,os Estados Unidos criaram um novo comando estratégico regional no nordeste Africano, e neste momento,estão a instalar as bases de apoio da sua mais recente iniciativa militar,no continente: A criação do (Africa Coomand,AFRICOM),que segundo o jornal Inglês financial times,"marca o início de uma nova era de engajamento,sem precedente,da marinha Norte-Americana na Costa Oeste da ÁFRICA".(15/04/2008).Este aumento da presença militar Americana, entretanto,não é um fenómeno isolado,porque a união europeia,e a Grâ-Bretanhia,em particular,têm dedicado uma atenção cada vez maior á ÁFRICA.E a Rússia acaba de assinar um acordo económico e militar com a Líbia,e logo em seguida,assinará um outro,com a Nigéria,envolvendo venda de armas e dois projetos bilionários de suprimento de gaz para europa, através da Itália e do deserto do SAHARA.O jogo de xadrez complicou-se ainda mais,nos últimos dias,com a descoberta de um carregamento de armas Chinesas enviadas para o governo,no Zimbábue,através da África do Sul,com o apoio do governo Sul-Africano,segundo denunciou o líder da oposição,no Zimbábue.Este quadro fica ainda mais complicado quando se percebe que tudo isto está a acontecer no momento em que o sistema mundial ingessa numa nova "corrida imperialista",entre as suas "grandes potências".Como aconteceu com o primeiro colonialismo Europeu,que começou com a conquista da cidade de Ceuta,no norte da ÁFRICA,em 1415,estendendo-se em seguida,pela costa africana,e transformando a sua população Negra na principal (COMMODIT) da economia mundial,no início da globalização capitalista.Depois ,de novo,na "era dos Impêros",no final do século 19,as potências europeias conquistaram e submeterem-em poucos anos-todo o continente Africano,com excepção da Etiopia.E agora,neste início do século 21,tudo indica que a ÁFRICA será pela terceira vez,o espaço privilegiado da competição IMPERIALISTA que está a começar.A menos que existia um outro Deus,que seja AFRICANO.

Nenhum comentário: