A situação do descontentamento generalizado da população da província do Zaire. A população Quer justiça e transparência no que visa o plano da reconstrução Nacional e dos direitos da cidadania. A província do Zaire tem uma superfície de 40 130 km2 e uma população de cerca de 376 000 habitantes, constituída na sua maioria pelo povo étnico dos Bacongos. A província tem 5 deputados que não representam efectivamente os segmentos importantes do povo do Zaire na sua diversidade, há problemas reais e concretos dos cidadãos e das comunidades, mas os dignos representantes e defensores não tem a capacidade de os discutir com interesse e de os pôr no centro da agenda política da Assembleia Nacional e mobilizar o Executivo e a sociedade no geral. Segundo as opiniões obtidas pela massa juvenil desta província seria de extrema importância que acontecesse a manifestação do dia 7 de Março na história dos Angolanos principalmente nó da província do Zaire, onde a província no âmbito do plano da reconstrução nacional, verifica-se completamente esquecida. A província do Zaire tem 6 municípios nomeadamente: M'banza kongo que é a sede provincial, Sóyo, N'zetu, Tombokco, Cuimba e Nóqui, Encontra as suas maiores dificuldades na falta de infra-estruturas escolares e de condições de saúde. Neste sector, verifica-se a precariedade de centros de saúde, de medicamentos e equipamentos, de campanhas de vacinação e o consequente aumento das doenças transmissíveis. As principais doenças são a malária, a má nutrição, as doenças diarréias agudas, a doença do sono, a tuberculose e a sida. Os jovens sem rumo clamam dia a dia sobre o futuro da província por falta das escolas para todos, as oportunidades de empregos, grande percentagem da juventude acabam por envolver-se em grupos de delinquência (roubos e outras práticas), e na camada feminina existem fenómenos da prostituição, com o objectivo de encontrar uma maneira de sobreviver. As adolescentes e menores de idades são vítimas e sujeitas a envolverem-se precocemente em actos sexuais, isto devido à falta de distracção com actividades culturais, desportivos e de sítios de lazer; tal como: Cinemas, Bibliotecas, jardins, Parques infantis e etc. Os “professores” escrevem as vezes com carvão sobre um “quadro” feito de tronco de árvore. Recorde-se que a Província é rica em florestas densas produtoras de madeira. Zaire não tem Universidade. Fala-se em um “Pólo de ensino superior” cuja direcção está em Cabinda, mas também ninguém sabe explicar com que infa-estruturas vão funcionar ou leccionar. A Província do Zaire (M´Banza Kongo) não tem prédios e hotéis. Os únicos “prédio” são nomeadamente o Palácio do Governo Provincial com dois andares, o famoso “Hotel” Estrela do Congo, que não passa de uma pousada, também com dois andares. A Província não tem um Estádio de futebol, nem qualquer outra estrutura desportiva Há a falta de hospitais adequados, as populações morrem diariamente em grande número, um elevadíssimo número de populações recorrem aos países vizinhos a procura de soluções de Saúde, onde alguns acabam mesmo morrendo pelo caminho, até para aquelas doenças que diagnostica mente são de fácil curas. Há uma grande falta de médicos com qualidade, os poucos que existem, alguns provenientes da RDC com dificuldades de comunicação, na sua maioria são técnicos médios e básicos que dificilmente conseguem diagnosticar ou tratar certas doenças. Também pela falta de condições nos centros, já que não existem hospitais na província, as pessoas internadas nos tais Centros de Saúde são ajuntados muitas vezes dois a três pacientes por cada cama. Na ausência de ambulâncias, os doentes são transportados de Kipoyo (Tchipoia) e a população recorre à medicina ancestral ou tradicional, a chamada Curandaria, como no tempo medieval. Há grandes dificuldades nas tocantes necessidades básicas como a água e luz, As pessoa tem que percorrer grandes distâncias na procura do líquido precioso. Somente em algumas residências na vila da capital da província onde moram os chefes, sai água de 3 a 4 vezes por semana. Em poucas palavras a água potável é inexistente. A simples palavra água potável parece ser desconhecida pelas populações locais que buscam este precioso líquido aos rios e poços. Pela exploração do petróleo, tal como a província de Cabinda, o Zaire representa um dos principais motores da economia nacional; mas a sua população desconhece o gás de cozinha. A energia eléctrica ainda constitui um dos maiores problemas naquela cidade, existem bairros circunvizinhos da vila do B.Kongo que beneficiam da energia eléctrica, mas também tem se constatado muitas vezes 3 a 4 semanas sem luz por falta de combustível que alimenta os grupos geradores, isto devido ao mau estado das vias que ligam os municípios da província (a capital do município económico Sóyo para N'zetu), onde os sistemas que transportam o combustível levam 2 a 3 semanas presas na via, sem chegarem ao destino. Segundo os químicos, o asfalto provem do Petróleo, mas mesmo sendo a província uma potência no petróleo, ainda assim as estradas e ruas do Zaire são de terra batida. Falando das estradas a única via em obras a ser asfaltada é a via que liga a sede provincial para a capital do país, a única parte já asfaltada é o troço M'banza Congo ao município do N'zetu. Falando de Mbanza Congo, as ruas estão todas totalmente destruídas sem asfalto, só duas ou três ruas foram asfaltadas dentro da cidade. Não se aconselha a viajar para a província, pior ainda a Mbanza-Kongo, na estação seca, para evitar contrair a bronquite por inalação de poeira. Aqui, a poeira é a tinta para os móveis e imóveis, desde os edifícios as viaturas e mesmo as pessoas. Em algumas estradas como as de Luvu e Kuimba, mesmo circulando de dia com a luz do sol, as viaturas acendem as luzes para evitarem colidir-se com outras devido a nuvens de poeira que se levanta, em quanto os ditos muátas "chefes residem em sítios com melhores condições e andam com carros ou jipes de luxo com A/C, vidros fechados e fumados. A população ainda tem vivido dia a dia num clima de medo, onde não existe liberdade de expressão. Os maltrates por parte dos policiais, a corrupção ainda é o maior vício por parte dos Policiais, aqueles que tem a possibilidade de exercer uma determinada actividade comercial, não é fácil conseguir legalizar as suas actividades tendo em conta as dificuldades enfrentadas até existem um termo"só para quem tem pai na cozinha". Nós como jovens desta província estamos bastante preocupado com a forma como somos domesticados nessa província, apelamos ás Entidades dos Direitos Humanos, ONGs, Partidos Políticos Democráticos, os verdadeiros amigos da Páz, da Democracia, Justiça e ao Executivo Central para rever a situação. Por direito caberia a nós certos privilégios como as de Cabinda, sendo o Zaire uma província onde advêm 60% dos OGEs de angolano partir do petróleo e não só, o simples facto de sermos Angolanos e pioneiros da revolta pró independência de Angola, nos consideramos ter sido dado acostas pelo nosso próprio MPLA, o Executivo Central e pelo P.R – JES durante a sua longa governação sem nunca percebermos o porque. Viva Paz e Justiça! Viva Democracia! Elaborado p/ Jovens Zaire Mbanza Congo |
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segunda-feira, 28 de março de 2011
Situação de abandono da província do Zaire (II)
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