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O ex- Primeiro Ministro de Angola, Marcolino José Carlos Moco revelou que sofreu ameaças de morte por parte do seu partido na altura em que foi convocado para uma reunião na sede central do MPLA em Luanda. Fonte:Club-K Moco fez estas revelações a margem do debate do programa semanal “Quinta de Debate”, da organização não governamental, OMUNGA, e Benguela. Na secção de perguntas e respostas, um grupo de altos dirigentes do Comitê provincial da província que assistiam a palestra reagiram para rejeitar as comparações que o mesmo fez com as “ditaduras do médio oriente” O Secretario para os assuntos políticos do MPLA em Benguela, Victor Mota disse que havia democracia em Angola rejeitando que se tem implementando a cultura do medo no país e deu como exemplo o caso do próprio prelector que falava à-vontade sobre a política do país sem que nada lhe aconteça. Em reação, Marcolino Moco respondeu ao dirigente província do MPLA, Victor Mota, que a quando da convocação no ano passado na sede do “partido”, os seus colegas disseram-lhe frases como “cuidado com o que aconteceu com Savimbi” e outras como “cuidado com o que aconteceu com o Pinto João [Ex Director do DIP do MPLA que deixou o partido no poder para criar um partido] que teve de ser o camarada presidente a ajudá-lo no fim”. O antigo Secretario do MPLA, disse que “Isso é ameaça de morte”. Acrescentou que muita há muita coisa que não disse na sua carta que na altura tornou público devido a pressão dos seus familiares. Ainda do decurso das perguntas e respostas, os dirigentes do MPLA em Benguela, atacaram dizendo que “Moco esteve a mais de 20 anos no poder e agora esta a pedir que os outros também saiam”. Em resposta o antigo primeiro ministro reagiu dizendo que “nunca saiu do poder e que continua no MPLA”. Adiantou ainda que não esta a pedir para que ninguém sai do poder mas sim tem estado a alertar para que não se conduza o país para uma ditadura. Indo directamente aos ataques dos dirigentes províncias, o ex governante disse que “Não é gabar-se” mas que já passou por quase todos cargos no MPLA, inclusive Secretario províncial, dando a entender que não tinha motivo de estar com “inveja dos cargos”, conforme os participantes do partido no poder em Benguela tencionavam insinuar, durante aquele debate. De recordar que Marcolino Moco é uma das figuras do MPLA que nos últimos anos viu o seu carisma popular a crescer devido as suas intervenções em favor pelo Estado de Direito consubstanciado nos valores democráticos. Foi a mais de 10 anos afastado das estruturas do poder por ter defendido na altura o dialogo como instrumento para se reconciliar com a UNITA de Jonas Savimbi, contrariando o discurso de José Eduardo dos Santos que defendia “a guerra para acabar com a guerra”. No seguimento do seu afastamento, o Movimento Nacional Espontâneo, ligado ao MPLA, foi instruído a fazer uma passeata de automóveis pela cidade de Luanda para saudar o seu afastamento e com cânticos como “bailundo fora”. |
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sábado, 16 de abril de 2011
Marcolino Moco revela que foi ameaçado de morte na sede do MPLA
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