Aos associados e leitores do blog da Comunidade, hoje irá passar o filme Diamante de Sangue que fala sobre a guerra na África, mas especificamente em Serra Leoa. Sugerimos a todos um encontro promovido pela CACB para a discutirmos o filme como um ponto de partida para que os congoleses, demais africanos e os amigos brasileiros que lêem o blog, façam um debate sobre a situação dos conflitos e do uso das riquezas mineirais dos países africanos.
Tendo como pano de fundo o caos e a guerra civil que dominou Serra Leoa na década de 1990, Diamante de Sangue conta a história de Danny Archer (LEOARDO DICAPRIO), um ex-mercenário do Zimbábue, e Solomon Vandy (DJIMON HOUNSOU), um pescador da etnia Mende. Ambos são africanos, mas suas histórias e circunstâncias de vida são totalmente diferentes até que o destino os reúne numa busca para recuperar um raro diamante rosa, o tipo de pedra que pode transformar uma vida...ou acabar com ela.
Solomon, que foi arrancado de sua família e forçado a trabalhar nos campos de diamante, encontra a pedra extraordinária e se arrisca a escondê-la ciente de que, se for descoberto, será morto imediatamente. Mas ele também sabe que o diamante poderia não apenas fornecer os meios para salvar a esposa e as filhas de uma vida de refugiadas, como também ajudar a resgatar seu filho, Dia, de um destino muito pior como soldado infantil.
Edward Zwyck, 57, realizou ´Diamantes de Sangue´ com o intuito de expor as conseqüências do contrabando das pedras preciosas nos países africanos em guerra - dinheiro este que financia a compra de armas pelas milícias e grupos rebeldes e já impôs a morte de três milhões de africanos - e a transformação de crianças em soldados. Mas não são apenas estes os problemas do povo africano. Há o contrabando de armas e da ´madeira ensangüentada´, assim como o diamante, igualmente utilizadas para o financiamento da guerra.
Há outros fatores trágicos na África. Os números da devastação soam inacreditáveis: 20 milhões de pessoas eliminadas pelas armas leves e de baixo calibre - 80% das vítimas, mulheres e crianças - e cerca de 20,4 milhões pelo vírus da Aids - afora os 25 milhões de infectados que, segundo as estimativas dos órgãos de saúde internacionais, irão morrer até 2010. É um flagelo assustador e sem precedentes históricos que se completa com a aplicação de bilhões e bilhões de dólares pela comunidade internacional para minimizar as graves deficiências, e que são, em sua grande parte, desviados por governos e funcionários corruptos, conforme acusa o economista queniano James Shikwati, o qual chegou a apelar para que os países e grupos humanitários deixem de ajudar, com dinheiro, os africanos.
Para ver o trailler do filme, clique abaixo:
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