Francês, Português, Yorubá – três línguas que se reúnem pra contar essa história.
Francesa de nascença. Africana por afinidade. Brasileira por destino.
Essa é a vida de Gisele Cossard, posteriormente, Gisèle Cossard Omindarewa.
Mãe de santo francesa que vive há muitos anos na Baixada Fluminense.
O Documentário “Gisèle Omindarewa”, com direção de Clarice Ehlers Peixoto, procura reconstituir a trajetória de Gisèle através das lembranças de sua infância e juventude num dos bairros mais nobres da região Parisiense. Filha de militar, ela participou da resistência francesa gauliste ao lado do pai; casou-se com diplomata francês e com ele viveu em diversos países africanos e veio parar no Brasil. Amiga de Abdias do Nascimento conheceu o teatro negro carioca e os terreiros de candomblé do Rio de Janeiro. Foi no terreiro de Joãosinho da Gomea que fez sua iniciação nos anos 1960 e sua vida passou a ser dividida entre a diplomacia francesa e os rituais afro-brasileiros.
Retornou para a França, divorciou-se e fez doutorado em antropologia com Roger Bastide, na Sorbonne. No Brasil, foi funcionária do consulado francês do Rio de Janeiro até se aposentar.
Filha de Angola e de Ketu, ela é uma Ialorixá de renome no mundo do candomblé carioca e baiano. Para melhor conhecer profundamente esse ritual fez inúmeras viagens para o Benin para seguir os passos de seu amigo Pierre Verger e aprender o significado dos orixás, os cantos em yorubá e o valor das plantas. O documentário segue os caminhos de Gisèle Omindarewa nos povoados de Pobé, Sakété e Cotonou entrevistando seu intérprete Ogulola e as Iyás com quem aprofundava seus conhecimentos religiosos em cada viagem à África.
Atualmente Gisèle mora em sua casa na Santa Cruz da Serra, Baixada Fluminense, onde também funciona um dos terreiros de candomblé mais importantes, o “Ile Axé Íyà Atara Magbá”.
Não se trata de realizar um filme sobre magia, religião ou misticismo nem de reificar tradições. Filmar a trajetória de Gisèle Cossard Omindarewa é contar a história das sociedades complexas, das construções de papéis sociais e de formas de sociabilidade.
A diretora do filme Clarice E. Peixoto fez doutorado em antropologia social e visual na França, e está há 11 anos na produção desse documentário.
CONTATOS
Diretora: Clarice Ehlers Peixoto
Tel: 8143-6401
cpeixoto@uerj.br
Produtora/Montadora: Sueli Nascimento
Tel: 9757-2424
daterracontato@gmail.com
Dia 21 de setembro, às 20:00 h
Maison de France
Avenida Presidente Antonio Carlos, 58 – Centro.
Telefone: 3974-6648 – fax: 3974-6865
Entrada Franca mediante apresentação de convite virtual impresso
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