terça-feira, 13 de julho de 2010

Angola-Golpe Constituicional não pode desanimar o povo.

DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA UNITA,ISAÍAS SAMAKUVA.

"A maioria do povo já percebe que as instituições do estado não estão,ao serviço do poder do povo".
Por ocasião do início da III República,o presidente da UNITA,argumento que no princípio poucos entenderam o significado do seu partido protestar contra o golpe,quando abandonou a votação da constituição,mas todos perceberam os valores que o ato encerra.Isaías,afirmou,numa declaração dirigida aos Angolanos,por ocasião do início da III república,que o golpe aplicado contra Angola com a nova constituição não pode desanimar o povo ao ponto de perder a esperança.De acordo com o líder do principal partido da oposição (16 deputados eleitos em 2008),os atos políticos têm consequências que os seus autores costumam não visualizar."A democracia não morreu em Angola,ao contrario,ela vai ganhar força e uma dinâmica no íntimo de cada cidadão",observou acrescentado que "há males que vêm por bem".
Samakuva disse ainda que a constituição,ao invés de fazer a nação olhar para a frete,mostrou-se pequena ao proteger os poderosos às custas da liberdade de expressão política dos cidadão.O presidente da UNITA prometeu que a sua organização vai,a partir de agora,estender o caudal do rio para irrigar a nova paisagem.
"Tendo o Governo traido os ideias dos Angolanos,cabe-nos transmitir-lhes esta messagem de confiança no futuro democrático de Angola",referiu.De acordo com o presidente da UNITA,o chefe de estado,Jose Eduardo dos Santos,anulou a vontade popular expressa em 2008 e nomeou um novo Governo sem haver novas eleições."Isto significa que Angola registou a violação institucional do princípio democrático,ou seja do poder  do povo.São estes atos anticonstitucionais que se transformaram em atos fundadores de uma nova ordem constitucional",disse.Adiantou que depois de ter alcançado a maioria expressiva de 80%,os jovens esperavam que o presidente da república fosse respeitar a vontade popular,promover a democracia e submeter-se ao voto popular."Ninguém esperava que a constituição fosse utilizada contra o espírito da constituição,para subverter a democracia e consagrar o absolutismo",frisou.Por outro lado,Samakuva referiu que a matriz totalitária da concentração de poderes e da irresponsabilidade política não garante o desenvolvimento".referindo-se à promessa do presidente da república sobre a tolerância zero,Samakuva considerou ser um anúncio louvável,cuja materialização os Angolanos preferem a guardar para crer.Se a clase dirigente decidiu inciar o combate contra a corrupção é porque se sente segura da sua posição dominante,tanbém na esfera ecónómico-financeira e não vai pertubá-la",argumentou.Por isso,diz Samakuva,este ,ser o combate deverá,certamente penas parcial,direcionado aos fracos,com objetivos diversionistas,só para desviar a atenção do golpe constitucional".

SAMAKUVA:LOUVOR E CEPTICISMO À TOLERÂNCIA ZERO.

Do maior partido da oposição Angolan,na voz do seu presidente Isaías Samakuva,veio um misto de louvor e cepticismo em relação ao anúncio reiterado da tolerância zero à corrupção,feito pelo chefe de estado Jose Eduardo dos Santos.A razão do cepticismo expresso pelo líder da UNITA é justificada,no seu entender,"porque os Angolanos sabem que a base de sustentação do poder atual é a corrupção.Sem a corrupção,a aproprição ilicita e a pilhagem dos bens públicos,essa classe não consegue transmutar-se de classe politicamente dominante para classe político-económica dominante".Adiantou que este combate a encetar agora resulta também do fato da atual governação estar ciente do seu posicionamento enquanto força dominante do xadrez político económico de Angola,fato que explica,de acordo com o seu pensamento,o direcionamento desta cruzada contra os mais fracos.Olíder da oposição disse ainda que isso tem contornos políticos claros e diversionistas "só para desviar as atenções do golpe constitucional".
Na verdade,acentuou o presidente da UNITA,"o verdadeiro combate à corrupção implica,entre outras coisas,um sistema democrático que pontecie a transparência  da gestão dos bens público;uma reforma profunda dos sistemas de Educação,de remuneração e de segurança social e de responsabilização a todos os níveis".Outra medida com efeitos direitos,por si apontada,seria a criação de mecanismo que que se o pusessem à perpetuação do poder,à burocracia e às mas práticas adminstrativas,assim como a responsabilização criminal dos gestores que atropelassem as normas de gestão dos bens públicos.Além disso,advogou ainda Isaías a necessidade de consagração do controlo,por parte dos cidadãos,de todos os atos administrativos e de movimento de capitais por parte dos orgãos com autonomia do poder político.

Fonte: N.J

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