terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Em favor do meio ambiente

publicado em 07/12/2010.

População pode contribuir para diminuir a quantidade de lixo nas ruas

Por Jaqueline Corrêa
jaqueline.correa@arcauniversal.com

Não é de hoje que a questão ambiental tornou-se tema frequente em debates, programas de tevê e rádio, estudos, aulas em escolas e faculdades e linhas de pesquisa. Tudo para que a população conscientize-se sobre dados cada vez mais assombrosos. Para você ter uma ideia, só no Brasil, a média de lixo produzido por habitante é de mais de 1 quilo a cada dia, o que representa 185 mil toneladas despejadas diariamente no ambiente.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), concluiu que a capital paulista produz, em média, 1,259 quilo por dia, ganhando de Brasília, com 1.698, Rio de Janeiro, com 1.617, e Salvador, com 1.440.
Destes resíduos, cerca de 57% vão parar em aterros sanitários, quase 24% em aterros controlados, onde não há tratamento do chorume (líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, produzido pela decomposição dos resíduos orgânicos), e 19,3% acabam nos lixões.
Quais os tipos de lixo que existem?
Lixo doméstico, domiciliar ou residencial: é produzido por moradores em suas residências. Geralmente, os materiais despejados são papel, papelão, restos de comida e plásticos;
Lixo comercial: esse tipo de lixo é produzido pelo setor de comércio e serviços, composto geralmente de papéis, papelões e plásticos; 
Lixo industrial: pelo tipo de atividade, os resíduos produzidos são, em geral, madeiras, tecidos, couros, metais e produtos químicos;
Lixo hospitalar: nesse tipo de resíduo, o profissional de saúde deve tomar o máximo de cuidado possível, visto o alto grau de contaminação com materiais pérfuros-cortantes – como agulhas –, vidro de remédios, fluidos – como sangue, mucos, órgãos ou partes de órgãos –, além de gazes, algodão, etc. São provenientes de hospitais, farmácias, postos de saúde, consultórios médicos e dentários e clínicas veterinárias;
Lixo urbano: é um tipo de resíduo proveniente da limpeza urbana, como plástico, papel, folhas, galhos de árvore, entulho de construção, terra, animais mortos, madeira, etc;
Lixo nuclear: são os resíduos radioativos.
Além disso, há o perigo do despejo de óleo de cozinha usado no meio ambiente. Lançado nos ralos de pias ou mesmo no lixo, ele polui rios e o solo e danifica o encanamento das residências. Em contato com as águas dos rios, o óleo impede a passagem de luz, prejudicando o crescimento vegetal. O problema é tão assustador que 1 litro de óleo tem o poder de poluir cerca de 10 mil litros de água. No entanto, alguns estudos indicam que pode poluir até 1 milhão de litros.
Qual o tempo de decomposição do lixo no meio ambiente?
Latas de alumínio: de 100 a 500 anos
Fósforo: 2 anos
Casca de Frutas: 3 meses
Chicletes: 5 anos
Pontas de cigarro: 2 anos
Sacos e copos plásticos: de 200 a 450 anos
Tampas de garrafas: de 100 a 500 anos
Nylon: de 30 a 40 anos
Pilhas: de 100 a 500 anos
Jornais: de 2 a 6 semanas
Garrafas e frascos de vidro ou plástico: tempo indeterminado
Como a população pode ajudar?
Muito pode ser feito se os resíduos forem separados corretamente em seus respectivos contêineres ou latas específicas para cada tipo de material descartado. Os resíduos podem ser colocados nas vias públicas, dentro de contêineres especificados pela cor.
Coleta seletiva
Lata de lixo azul: papel e papelão
Lata de lixo amarela: metal
Lata de lixo verde: vidro
Lata de lixo vermelha: plástico
Lata de lixo marrom: material orgânico
Lata de lixo laranja: resíduos perigosos
Lata de lixo preta: madeira  
Lata de lixo cinza: resíduos não recicláveis, misturados ou contaminados, sem possibilidade de separação
Lata de lixo roxa: resíduos radioativos
Lata de lixo branca: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Regra dos 3 Rs
Uma das formas para tentar diminuir a quantidade de lixo nas cidades é a chamada regra dos 3 Rs, que significa reduzir, reutilizar e reciclar.
Reduzir: a população pode diminuir o máximo possível a produção de resíduos. Quanto menor for o consumo, menor será a quantidade de lixo acondicionado, coletado e despejado;
Reutilizar: Materiais como caixas de presente e garrafas ou potes de vidro podem ser reutilizados pelas pessoas, direcionando-os para outros fins, como acondicionamento e/ou enfeites;
Reciclar: Contribui para que o lixo seja transformado em novos produtos, podendo, inclusive, trazer renda para as cooperativas de catadores de lixo.
Como separar o lixo para a coleta?
Lave bem os plásticos e vidros para que não fiquem com restos do produto. Isso facilita a triagem e o aproveitamento do material nas cooperativas. Já as latas de refrigerante ou cerveja e enlatados devem ser amassadas. Quanto aos papéis e papelões, podem ser armazenados em sacos plásticos mesmo.
Papel do município
A cidade de São Paulo coletou, no ano de 2009, através do Programa Coleta Seletiva, uma média de 120 toneladas de lixo reciclável por dia. Dos 96 distritos que existem no município, 74 realizam o serviço de coleta desses materiais. Já com relação aos condomínios residenciais, 1.871 participam do programa.
Caso você tenha dúvidas ou deseje pedir contêineres, pode entrar em contato com a Central de Atendimento da prefeitura de São Paulo, no telefone 156, do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb). Ou, ligar para o Alô Limpeza, no telefone (11) 3397-1723 / 24. No site da prefeitura você também encontra a lista de cooperativas que recebem óleo de cozinha usado.

Fonte:F.U

Nenhum comentário: