terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fifa dá nota máxima à África do Sul por organização do Mundial

Fifa dá nota máxima à África do Sul por organização do Mundial

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reuters
 
Por Barry Moody
JOHANESBURGO (Reuters) - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse na segunda-feira que a África do Sul merece nota máxima pela Copa do Mundo que realizou, contrariando quem previu um desastre.

Blatter disse que a primeira Copa na África merece nota 9, que é a maior que ele concebe. "A perfeição não existe na nossa vida", disse ele a jornalistas.

No ano passado, quando a Fifa ainda manifestava preocupação com os preparativos, Blatter deu nota 7,5 à organização, o que ele considerava insatisfatório.

"A África provou que realmente pode organizar esta Copa do Mundo (...), eles podem se orgulhar", declarou o suíço, para quem o torneio mudou a percepção do mundo acerca do continente.

Para o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o investimento de 5,3 bilhões de dólares que o país fez para o evento trará retorno na forma de turismo, comércio e investimentos, e que isso ajudará a nação a enfrentar problemas como a pobreza e a epidemia de Aids - que críticos afirmam que foram negligenciados por causa da Copa.

Blatter, como outros dirigentes do futebol na coletiva, elogiaram a forma como os sul-africanos continuaram assistindo às partidas mesmo depois da eliminação da seleção anfitriã, ainda na primeira fase.

Os 64 jogos tiveram uma audiência acumulada de 3,1 milhões de espectadores nos estádios, terceira maior cifra na história das Copas, atrás dos EUA-94 e Alemanha-06. Nas exibições públicas feitas pela Fifa em várias cidades do mundo, o total de espectadores chegou a 6 milhões.

Segundo a Fifa, a final de domingo foi vista por 15,6 milhões de pessoas na Espanha, o que significa 80 por cento dos espectadores de TV no país campeão do mundo. Na Holanda, que foi vice, a audiência foi de 90 por cento.

Irvin Khoza, presidente do comitê organizador local, disse que a Copa conseguiu reunir uma nação com um histórico conflituoso. "Nunca na nossa história vimos os sul-africanos tão unidos", disse ele.

Danny Jordaan, principal executivo do comitê local, comparou o evento à libertação de Nelson Mandela, em 1990, e à primeira eleição democrática, em 1994. "Foi um momento incrível, um sonho se realizou (...). Estamos muitíssimo felizes e muito orgulhosos de sermos africanos e sul-africanos."

Mandela, símbolo da luta contra o regime do apartheid, coroou o momento de orgulho nacional ao aparecer no campo do Soccer City, com a saúde frágil e aos 91 anos de idade, logo antes da final de domingo.

O carisma de Mandela é apontado como um dos grandes responsáveis pelo sucesso da candidatura da África do Sul, que já havia sido preterida em 2006.

Jordaan disse que Mandela foi a maior personalidade do torneio. E acrescentou, em tom de brincadeira, que os dois outros ícones da Copa são a estridente vuvuzela e Paul, o polvo-profeta da Alemanha.

Fonte: Redetv

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