terça-feira, 7 de dezembro de 2010

EUA dizem que Gbagbo deve assumir derrota

Ter, 07 de Dezembro de 2010 15:14   

laurent gbagboAs Nações Unidas estao a retirar temporáriamente todo o pessoal não essencial da Costa do Marfim, onde permanece a disputa sobre quem venceu as eleições presidenciais.
Um porta-voz da ONU em Nova Iorque disse que 460 funcionários da organização estavam a ser transferidos para a Gâmbia.
Antes algumas companhias estrangeiras do sector do cacau e outras, como a France Telecom já tinham tomado a mesma decisão.
Na segunda-feira o Presidente do Botsuana, Khama Ian Khama apelou a outros líderes africanos que condenassem publicamente o que se está a passar na Costa do Marfim.
Isto depois de Lautrent Gbabo se recusar a abandonar a presidência apesar da vitória do seu rival Alassane Ouattara, declarada pela Comissão Nacional de Eleições.
A Casa Branca anunciou que o Presidente Barack Obama encara Alassane Ouattara como o vencedor legítimo das eleições e pediu a Gbagbo que renunciasse ao poder.
Tensão
Ouattara goza maioritariamente do apoio dos ex-rebeldes do movimento Novas Forças, que controlam o norte do país.
O seu porta-voz militar Seidou Ouattara disse que as suas forças não iriam hesitar caso fosse necessário recorrer ao uso da força:
"A tensão está a subir e as tropas estão atentas. Não vamos ficar à espera que a situação piore antes de agirmos. Enquanto soldados, estamos surpreendidos que as forças de defesa e segurança tenha jurado servir o presidente derrotado Lautrent Gbabo"...
O militar acrescentou que as Novas Forças saberiam o que fazer caso fossem atacadas:
"Iremos defender as nossas zonas e assumiremos controlo do resto do país. Aqueles que precisam de começar a ouvir irão ouvirnos"...afirmou.
O Banco Mundial e o BAD, o Banco Africano de Desenvolvimento já ameaçaram congelar a ajuda à Costa do Marfim caso os líderes não consigam ultrapassar a incerteza e a tensão criadas pela crise.
Eventuais sanções
Também a União Europeia já fez saber que caso não seja encontrada uma solução o país poderá ficar sujeito a sanções.
A segunda volta das presidenciais, realizada a 28 de Novembro, deixou aquele país com dois presidentes, que entretanto já nomearam casa um o seu primeiro ministro.
Segundo as últimas notícias, eles estão a preparar para nomear duas listas de embaixadores, gerando ainda mais confusão.
Na segunda-feira, o enviado da União Africana, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki deixou Abidjan depois de dois dias de mediação entre as partes.
Ele vai dar conta do que foi discutido com vista a encontrar uma solução pacífica para a crise.
Mas o chefe de estado do Botsuana já apelou à comunidade internacional para que não dê o seu aval a um acordo de partilha de poder como o encontrado no Quénia e no Zimbabué.
Ele disse que se trata de um instrumento usado por aqueles que contestam eleições para se manterem no poder.
BBC

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