domingo, 5 de junho de 2011

Associação mãos livre denúncia em relatório casos de fome nas prisões em Angola

Notícias - Sociedade
prisao angolaO relatório sobre o estado das prisões angolanas é claro: Apesar da melhoria das infra-estruturas, os reclusos continuam a passar por inúmeras dificuldades.
O documento elaborado durante oito meses, em todo o país, pela associação de direitos humanos " Mãos Livres" fala do excesso de prisão preventiva e a sobrelotação das cadeias, principalmente de jovens delinquentes ou pessoas acusadas de crimes menores, com furto de telemóveis, pequenos acidentes na estrada ou simples brigas de bairro.
Estas pessoas segundo, o documento aumentam sobremaneira a população prisional, principalmente nos grandes centros urbanos. Mas um dos aspectos mais polémicos do relatório aponta a ocorrência de casos de um surto de cólera em Luanda numa prisão dos arredores da capital angolana.
Fala-se ainda de fome gritante, o que leva a exigência de favores sexuais por parte dos guardas prisionais e alguns reclusos abastados á outros companheiros de cela, principalmente os mais jovens.
O advogado David Mendes, presidente da Associação de Defesa dos Direitos Humanos, coordenou o trabalho de pesquisa em várias cadeias.
Nos últimos tempos, nota-se também um aumento de motins nas cadeias de Angola. Por exemplo há uma semana, tal aconteceu na cadeia de Viana em Luanda. Os reclusos reclamavam da direcção por alegadamente nada fazer para travar as mortes por cólera, uma doença altamente contagiosa.
A associação diz ter encaminhado estas reclamações ao ministério do interior, a comissão de direitos humanos da assembleia nacional e as nações unidas. O ministro do interior, Sebastião Martins, diz que um dos grandes problemas que se nota em Angola e a sobrelotação das cadeias. Por isso, segundo Martins, há a necessidade de se ensaiar uma tecnologia para se soltar alguns prisioneiros.
Para David Mendes, diz que como advogado, a sua organização não governamental notou falta de profissionalismo dos agentes nas cadeias. Notou ainda casos de espancamentos severos e tortura de alguns presidiários.
Numa altura que em Angola apenas funciona uma cadeia de alta segurança, inaugurada a menos de um ano, onde o tratamento é descrito como diferenciado.
RE

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