terça-feira, 7 de junho de 2011

Paulo Kassoma abandona presidência parlamentar

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kassoma - kamalata numaMPLA preocupado com influência de Abílio Kamalata Numa no centro e sul quando se aproximam eleições
António Paulo Kassoma deverá abandonar a presidência da Assembleia Nacional para render Roberto de Almeida do cargo da vice-presidência do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), soube a Voz da América de fontes afectas ao Bureau Político daquele partido.
A medida, segunda as fontes da VOA, visa contrapor a influência que o secretário-geral da UINTA, Abílio Kamalata Numa tem sobre a região centro e sul de Angola. Ambos têm raízes familiares na região.
De acordo com os dados biográficos, António Paulo Kassoma nasceu em Luanda, no município do Rangel aos seis de Junho de 1951, filho de Paulo Kassoma e de Laurinda Katuta, ambos naturais do Bailundo, província do Huambo.
De 51 anos de idade, o general Numa, como é conhecido, nasceu no município do Bailundo e entra nas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), braço militar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), em 1974/75.
Numa percorreu todas as etapas da carreira militar até ao generalato, "muito respeitado" no seio dos militantes do seu partido sobretudo ao nível da região centro sul de Angola. Dirigiu o processo de constituição das FAA (Forças Armadas Angolanas) entre 1991 e 1992, a luz dos acordos de paz de Bicesse.
Após o fim da guerra civil entre a UNITA e as forças governamentais do MPLA, Kamalata Numa abandona a vida militar e entra no mundo da política, sendo, em 2007, nomeado secretário-geral da UNITA pelo seu presidente, Isaías Samakuva, e eleito deputado nas legislativas de Setembro de 2008.
O general tem sido um grande defensor dos Ovimbundus um grupo que representa cerca 37% da população do país e tem como língua o umbundu.
Em Fevereiro deste ano, Numa entrou em greve de fome no Huambo em protesto pela detenção de um militante do seu partido no Bailundo.
O general Numa é subsequentemente ouvido pela comissão de mandatos ética e decoro parlamentar. As autoridades parlamentares angolanas que levantam o caso alegam que a acção do deputado da UNITA “foi uma invasão da esquadra policial para exigir a liberdade do militante do seu partido.”
Por seu turno em Maio de1997, Kassoma foi nomeado governador da província do Huambo, onde exerceu estas funções até Setembro de 2008.
A 30 de Setembro do mesmo ano é nomeado primeiro-ministro cargo que exerceu até Fevereiro de 2010, altura em que entrou em vigor a nova constituição do país, a qual substituiu o cargo de primeiro-ministro por um vice-presidente.
Em 2010 Kassoma é indigitado pelo Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos para liderar o Parlamento Angolano. Kassoma é considerado por alguns analistas como o um líder parlamentar submisso ao palácio presidencial.
Voanews

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