segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mudar as Regras do Jogo.

A África e o presidente do Zimbabwe,saíram vencedores da 2'cimeira entre a União Europeia e os países Áfricanos,que teve lugar em lisboa no início de dezembro.Se ontem as potências coloniais utilizaram a máxima de dividir para melhor reinar,hoje em dia essa tática que continua vigente,não foi suficiente para desunir as nações do chamado continente Negro,cujos princípios se mantiveram inalterados durante a cimeira.A presença de do presidente do Zimbábwe era uma exigência inquestionável para a União Africana,pese o anúncio do primeiro-ministro Britânico,Gordon Brown,de boicotar a cimeira caso se efetivasse,como efetivou,a presença do presidente Africano.Prevaleceu, assim,o critério dos Africanos,enquanto o país anfitrião,Portugal,manifestou satisfação pela presença de 71 chefes de estado ou de governo de 80 possíveis. O então presidente do conselho de ministros da União Europeia,Luís Amado afirmou que sem presidente do Zimbábwe,a cimeira não teria sido realizada. Em seu entender,um tema bilateral como o do Zimbábwe -Reino Unido não podia afetar as questões mais globais como as relações entre os dois continente.Não obstante o ar triunfal refletido no acordo firmado firmado por todos os participantes que tentam promover a segurança,o livre comércio e a democracia nos países,ficou pendente o tema mais importante de todos:o economico.Na sua grande maioria,os Africanos condenam o tratamento que os outorgam as suas antigas metrópoles,com os denominados acordos preferenciais,pois obriga-os a serem apenas produtores de matéria prima.Este tipo de convénio individual talvez funciona em econmias que dependem de artigos acrícolas e os seus dirigentes temem um colapso caso entrem em funções outras regras de jogo.A desenvolvida Europa pretende a abertura total dos mercados Africanos para,em troca,suprimir os impostos a duaneiros.
Este tipo de intercãmbio consolidaria a estrutura desigual do comércio mundial,tomando em conta que os mais industrializados barram as suas economias sem condições para competir.Cifras de organismos internacionais, como o banco mundial,dão conta de que o produto interno bruto PIB Africano crescerá 5% este ano e manterá o ritmo nos proximos tempos.Esse suposto êxito baseia-se numa espécie de acomodamento pelos preços que alcançaram o petróleo,o outro,o diamante e o alumínio,entre outros produtos basicos.
Mas nem todas as nações Africanas possuem igual riqueza no seu subsolo,pelo que na sua maioria os ingressos de receitas provem da agricultura tradicional. Não obstante,o presidente do Ghana e da União Africana,John Kufuor,indicou que todos devem implementar o acordo com urgência e compromisso,pese o cepticimo evidente em lideres Africanos ante as propostas comerciais Europeias.Um deles,o presidente Senegalês,Abdoulay Wade,precisou que as economias dos países Africanos ainda são muito débeis para enfrentar o que, segundo ele,seria um sistema baseado inteiramente no livre comércio.Wade críticou a União Europeia por pressionar as nações Africanas para que firmem novos acordos comerciais,ao mesmo tempo que elogiou as propostas da China,elaboradas efeitas com maior respeito e igualdade entre os sócios.
No fundo,a cimeira União Europeia -África foi vista como um esforço do velho continente para deter o avanço do gigante Asiático que se converteu num aliado dos mais pobres.O secretário geral da União Africana,Alpha Oumar Konaré,também censurou a União Europeia por mostrar um enfoque colonial e rechaçar o pagamento de um preço justo pelas riquezas de África.Os Europeus insistem em desenhar um conjunto de novos acordos de associação económica com as ex-colonias Africanas e blocos regionais que choca com a disposição da organização mundial do comércio que tinha como meta eliminá- los antes do final do ano.Enfim,o velho continente resiste em considerar as suas antigas possessões como estados soberanos,independentes e livres que procuram caminhos diferentes dos actuais,que não os permitiu até agora sair da pobreza.

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