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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Olhar com Seriedade para os Pobres.
Os governantes Angolanos devem estar a comemorar o fato de Angola ter sido reconhecida como um dos estados do mundo que mais cresceu em termos económicas.Alguns analistas chegaram até a dizer que foi o estado que obteve índices de crescimento"Históricos"a nível do planeta.Por tudo quando se disse, que no exterior como no interior do país,facilmente se pode chegar à conclusão de que as populações Angolanas têm estado a obter um nível de vida razoável. Ora,vistas desde ângulo e analisando com frieza a situação económica e social vigente,deve-se dizer claramente que as coisas não andam como é o desejo da maioria das populações,nomeadamente,as que vive forados eixos dos grandes centros urbanos.É verdade que o país deu um grande salto em todos os setores da vida social,uma vez que ao longo do ano findo gastou-se bilhões de dólares em infra-estruturas dos setores da saúde e da educação e em projetos de construção de estradas.Angola cresceu,disso não tenhamos dúvidas.Todavia,ainda vai longe o dia em que veremos descer, a escalas razoáveis de pobreza e miséria extrema que se constatam um pouco por todos os lados deste imenso país.Quem conhece as entranhas do país, sabe que existe um grande fosso entre o que se vê nas grandes capitais provinciais e a periferia,e não é uma periferia qualquer.Trata-se,efetivamente de uma exclusão social bem evidente no que Luanda produz e espera para que todo o mundo veja em termos de construção de condomínios que custam centenas de milhões de dólares,enquanto a escassos metros reina um clima de desilusão,incerteza,medos e receios quanto ao futuro de quem sobrevive de baixo de cubatas e menos do que um dólar por dia.O governo está a tento a isso?claro que está.Aliás é sua obrigação observar este tipo de situações que,mais cedo do que tarde,pode descambar um clima de descontentamento social generalizado,que nada significará o esforço que se fezpara que se alcançasse,primeiro,a independência,depois,a defesa da soberania do solo pátrio e,finalmente,a PAZ.Anda toda a gente a falar (espertos e experts) sobre a economia real,a inflação,a depreciação da moeda nacional,os creditos e,fundamentalmente,em relação as dezenas de bilhões de dólares que o estado tem que torrar durante este ano e mostrar que,de fato,tem tudo e mais alguma coisa para provar ao mundo que estamos num país em franco crescimento.Todavia,quem tem o poder e o direito de planificar os gastos orçamentados deve olhar para o interior com muito mais seriedade,pois,as grandes vias rodoviárias de que tanto se vangloria e que custam os olhos da cara do contribuinte,passam ao lado da miséria,da vida de milhares de camponeses sem grandes hipóteses para se deslocarem de um lado para o outro e venderem ou trocarem os seus produtos.As vias rápidas passam ao lado de uma imensidão de casebres,campos autênticos de pessoas completamente deslocadas da realidade do mundo contemporâneo:sem energia eletrica e agua potável,sem escolas e hospitais.Essa é que é essa. a verdade nua e crua que muitas vezes a oposição política do país se aproveita para lançar umas bujardas contra o governo,ainda que saiba que,quanto a isso,não está a ajudar absolutamente em nada,na medida em que,ela mesma, constitui um retalho de frustrações,falta de criatividade e de uma estrategia política bem de lineada para participar,a seu jeito,nas tarefas de reconstrução nacional,deixando de lado as habituais que zílias internas,sob risco de a maior parte dos partidos políticos desapareceram da cena.A imagem do governo a nível exterior vai bem,ainda é um quadro em que se notam ainda algumas machas indesejáveis para a maior parte dos seus membros,cujo desempenho,deve merecer já uma reflexão.Que deve ser cada vez mais próxima e consolidada com ações tendentes a combater de uma vez por todas a pobreza em toda Angola,particularmente no interior do país.
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