segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fizileiros de Angola nos Estados Unidos

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faa25O secretário da Marinha dos Estados Unidos da América, Ray Mabus, manifestou ontem, em Luanda, o interesse do seu país em formar marinheiros e fuzileiros navais angolanos no domínio da segurança marítima.
Num encontro com o Chefe de Estado-maior da Marinha de Guerra Angolana, o oficial norte-americano afirmou que reforçou o seu entendimento sobre Angola e a sua visita vai ampliar a cooperação bilateral militar, no âmbito do memorando de parceria estratégica assinado em 2009, pela secretária Hillary Clinton e o antigo ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos.
Ray Mabus afirmou que Angola é um dos três parceiros estratégicos que os Estados Unidos têm na África Subsaariana, ao lado da África do Sul e Nigéria. O oficial norte-americano convidou Angola a participar no simpósio internacional das forças navais, que vai decorrer no Estado do Colorado, nos Estados Unidos da América, em Outubro, para troca de experiências.
O simpósio acontece de dois em dois anos e reúne comandantes de Marinhas de todo o mundo. O objectivo é discutir temas como a segurança marítima, pirataria, tráfico de pessoas e bens no mar. Outro convite feito a Angola tem a ver com a participação no “Africa Partnership Station”, uma iniciativa das Forças Navais dos EUA na Europa, que trabalha com parceiros internacionais para melhorar a segurança e a vigilância marítima em África. A iniciativa serve para partilhar conhecimentos entre as forças armadas, guarda costeira e fuzileiros navais na formação de equipas, projectos de construção de unidades navais, reparação de embarcações e em exercícios militares conjuntos, com vista a combater a pirataria marítima em África.
Cooperação dinâmica
No encontro de ontem, o chefe de Estado-maior da Marinha de Guerra, Augusto da Silva Cunha, disse que o reforço das relações entre Angola e Estados Unidos vai permitir uma cooperação mais dinâmica entre as Forças Armadas.
“É uma visita importante que vai permitir a troca de experiências e reforçar a amizade já existente entre os dois países”, disse, sublinhando que, no âmbito de reestruturação da Marinha todos os apoios são necessárias para que o país tenha “uma Marinha à altura” dos desafios do país e da região. “Há um processo de reestruturação em curso nas Forças Armadas, onde está prevista a aquisição de mais meios para que a Marinha possa cumprir a sua missão”, disse. Conclui afirmando que a segurança no mar passa por um sistema de radar que permita ver à distância quem está a violar o espaço.
Jornal de Angola

Um comentário:

soldadomarinheiro disse...

Não vejo sentido em enviar os FN de Angola aos Estados Unidos, um país que não tem nada que ver com Angola no conceito de emprego de uma tropa anfíbia, já que a realidade das Forças Armadas e da política externa de EUA e Angola são de uma disparidade absoluta. E não se pode esquecer que os EUA não tem nada que ver conosco tanto na lingua, quanto na cultura. Por que não fazer esses cursos no Brasil Ou Portugal?