O número de angolanos que deixaram a República Democrática do Congo (ex-Zaire) está próximo dos 50 mil, apesar do acordo alcançado entre os dois governos para o fim das expulsões e dos repatriamentos recíprocos, informou uma fonte do Executivo de Luanda.
Até 13 de outubro, quando Luanda e Kinshasa acertaram posições no sentido de baixar a tensão entre os dois países, Angola tinha registrado cerca de 35 mil angolanos expulsos do Congo.
Mas, segundo declarações do ministro angolano da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kossumua, a falta de “confiança” nas autoridades congolesas levou os angolanos residentes no país vizinho que continuassem a fugir.
Apesar de não ter terminado a chegada de angolanos oriundos do Congo, a intensidade diminuiu e já não se trata de expulsões, mas de pessoas que resolveram deixar o país onde, em grande parte dos casos refugiados de guerra que ali viviam há décadas.
O núcleo do conflito está no fato de Kinshasa ter decidido, em 6 de outubro, retaliar com a expulsão de angolanos pelo repatriamento de dezenas de milhares de congoleses que, segundo alega Luanda, se dedicavam ilegalmente ao garimpo de diamantes nas Lundas, Norte e Sul. Depois disso, os dois governos sentaram-se à mesa na capital congolesa para evitar a piora da situação.
O acordo para interromper o fluxo forçado em ambos os sentidos foi conseguido na primeira das duas rodadas negociais, sendo intenção dos dois países conseguir uma acordo migratório duradouro.
Diálogo
Após o segundo encontro, que levou o ministro das Relações Exteriores angolano a Kinshasa nesta semana, Luanda afirmou pretender o diálogo, mas “sem abdicar” do seu direito de repatriar ilegais do país.
Esta focagem do problema incide especialmente quando os ilegais se dedicam a atividades que prejudicam a economia do país, como é o caso do garimpo ilegal de diamantes nas estratégicas províncias das Lundas.
Mas Assunção dos Anjos, frisando o direito de Angola proteger os seus recursos estratégicos, visto que os mais de 100 mil congoleses expulsos nos últimos dois anos estavam localizados nas diamantíferas províncias das Lundas, Norte e Sul, reafirmou igualmente a vontade existente de ambos os lados para aumentar o diálogo na questão fronteiriça.
Na nova fase das conversações bilaterais, perante da pressão nas fronteiras, a questão humanitária passou para primeiro plano devido aos milhares de angolanos acolhidos em centros improvisados.
As associações humanitárias, como a Caritas-Angola e diversas ONGs estão também na região com campanhas de coleta de bens para apoiar estas pessoas que, a cada dia que passa, vêem crescer os seus problemas por causa das chuvas ininterruptas comuns nesta época do ano na região.
Fonte: Lusa
Enviado por NIEM
Mas, segundo declarações do ministro angolano da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kossumua, a falta de “confiança” nas autoridades congolesas levou os angolanos residentes no país vizinho que continuassem a fugir.
Apesar de não ter terminado a chegada de angolanos oriundos do Congo, a intensidade diminuiu e já não se trata de expulsões, mas de pessoas que resolveram deixar o país onde, em grande parte dos casos refugiados de guerra que ali viviam há décadas.
O núcleo do conflito está no fato de Kinshasa ter decidido, em 6 de outubro, retaliar com a expulsão de angolanos pelo repatriamento de dezenas de milhares de congoleses que, segundo alega Luanda, se dedicavam ilegalmente ao garimpo de diamantes nas Lundas, Norte e Sul. Depois disso, os dois governos sentaram-se à mesa na capital congolesa para evitar a piora da situação.
O acordo para interromper o fluxo forçado em ambos os sentidos foi conseguido na primeira das duas rodadas negociais, sendo intenção dos dois países conseguir uma acordo migratório duradouro.
Diálogo
Após o segundo encontro, que levou o ministro das Relações Exteriores angolano a Kinshasa nesta semana, Luanda afirmou pretender o diálogo, mas “sem abdicar” do seu direito de repatriar ilegais do país.
Esta focagem do problema incide especialmente quando os ilegais se dedicam a atividades que prejudicam a economia do país, como é o caso do garimpo ilegal de diamantes nas estratégicas províncias das Lundas.
Mas Assunção dos Anjos, frisando o direito de Angola proteger os seus recursos estratégicos, visto que os mais de 100 mil congoleses expulsos nos últimos dois anos estavam localizados nas diamantíferas províncias das Lundas, Norte e Sul, reafirmou igualmente a vontade existente de ambos os lados para aumentar o diálogo na questão fronteiriça.
Na nova fase das conversações bilaterais, perante da pressão nas fronteiras, a questão humanitária passou para primeiro plano devido aos milhares de angolanos acolhidos em centros improvisados.
As associações humanitárias, como a Caritas-Angola e diversas ONGs estão também na região com campanhas de coleta de bens para apoiar estas pessoas que, a cada dia que passa, vêem crescer os seus problemas por causa das chuvas ininterruptas comuns nesta época do ano na região.
Fonte: Lusa
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