domingo, 29 de agosto de 2010

Anistia Internacional e Europa condenam estupro coletivo no Congo

Grupos rebeldes abusaram de mais de 150 civis em 13 aldeias durante quatro dias.

A União Europeia (UE) e a Anistia Internacional (AI) condenaram nesta sexta-feira (27) os estupros maciços no leste da República Democrática do Congo (RDC), que aconteceram entre 30 de julho a 2 de agosto.
O estupro de mais de 150 civis em 13 aldeias, envolvendo dois grupos rebeldes na Província de Kivu North, mostra "um método criminoso sistemático e o uso da violência sexual como arma de guerra", denunciam a alta representante da UE, Catherine Ashton, e o comissário de Ajuda Humanitária, Andris Piebalgs, em comunicado conjunto.
Já a AI pede que o governo do país e a ONU (Organização das Nações Unidas) ofereçam tratamento médico e psicológico imediato aos sobreviventes, testemunhas e suas comunidades. Segundo o site da AI, depoimentos e outras provas devem ser recolhidas e preservadas, a fim de prender os responsáveis.
O comunicado da UE acrescenta que este episódio "torna necessário acelerar" a implicação da missão da ONU na RDC "para consolidar a autoridade do Estado e a segurança na região".

Abusos aconteceram por quatro dias seguidos

O incidente aconteceu a cerca de 30 km de uma pequena base da missão da ONU de estabilização no país africano, que começou em maio deste ano. Por quatro dias, rebeldes estupraram 154 civis, entre homens e mulheres.

Segundo a ONU, os criminosos bloquearam estradas, impedindo os moradores de se comunicarem com o exterior. Muitas casas também foram saqueadas.

O Secretário-Geral Ban Ki-moon decidiu enviar o Secretário-Geral Atul Khare, do Departamento de Operações de Paz à RDC para investigar o caso.  A missão da organização está prevista para acabar em 30 de junho de 2011 na RDC.

publicado em 27/08/2010 às 19h12.

Fonte: R7

Enviado por Regina Petrus - NIEM/IPPUR/UFRJ

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