sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sumbe,Kwanza-Sul:Comuna da Gangula clama por serviços básics.

Os setores de educação,saúde,agricultura,obras públicas,energia e águas da Gangula funcionam com muitas debilidades para uma comuna que dista cerca de trinta quilómetros por estrada da sede do municípios e que é a mais extensa e com maior densidade populacional do município do Sumbe. Durante o tempo colonial a população da comuna,composta por 19 aldeias,nunca consumiu água tratada e mesmo depois de conquistada a independência,em 1975 continua a não dispor.A luz elétrica ao domicílio também é um bem que não chega a Gangula,apesar da comuna dispor de um conjunto de serviços,como escolas,centros médicos,comando da polícia,que requerem aqueles bens essenciais.As mulheres são obrigadas a percorrer mais de 6 quilómetros para conseguir água para consumo.A alternativa são as cisternas da administração municipal do Sumbe e outras particulares que levam água àquele sede da comuna,aproveitando para fazer negócio.Os chafarizes ali instalados há mais de três anos não jorram sequer uma gota para insatisfação da quelas comunidades.No capítulo da iluminação o panorama não é melhor.Só a sede da comuna contra com iluminação pública que,aos solavancos,vai dando algum ar da sua graça.Os Ganguleses são por excelência divertidos e gostam de dançar ao som de boa música.Mas nem sempre o podem fazer pela insuficiência energêtica,já que o gerador que alimenta os postes de iluminação,vezes sem conta,fica sem combustível para insatisfação da camada jovem.A administradora comunal,A.J,conhece o problema,mas garante que dentro em breve a situação vai melhorar,uma vez que a empresa espanhola isolux corsam,dentro do contrato com o governo,tem a comuna da Gangula como prioridade.A representante do governo em Gangula admite mesmo que em breve todas as aldeias adstritas à comuna terão energia elétrica.Mas não é só ao nível destas infra-estruturas basicas que há carências.No setor da saúde a grande preocupação da administração comunal prende-se com a falta de recursos humanos e de uma ambulância.Administradora A.J lamentou que no único centro de saúde de referência existente na comuna não haja um médico fixo.O corpo clínico faz apenas serviços de rotina.As doenças mais frequêntes naquela circunscrição são o paudismo,maária,diarreias agudas,tosse e outras não menos importantes, solicitando desta feita o reforço de fármacos para a unidade hospitalar.Na Gangula não se podem realizar trabalhos de parto por ausencia de especialistas.A sua população não dispõe de cooperativas,fato que preocupa a administradora."Já estamos a trabalhar na sensibilização da população no sentido de aderirem à agricultura conjunta e não isolada pois em tempos idos já era prática a agricultura por cooperativas",justificou A.J sublinhando que "nada é difícil" o "dfícil é começar".Gangula detém boas terras cultiváveis e os seus habitantes dedicam-se à pesca artesanal,agricultura e pecuária como meios de sustentabilidade.No capítulo das obras públicas,nota-se na sede da comuna e não só obras de construção definitivas,sobretudo de escolas e postos de saúde.Na sede por exemplo,está em curso a construção da sede da administração comunal e suas dependências,o palácio comunal e o outras infra-estruturas sociais.Em algumas localidades estão identificadas ínfra-estruturas que ao longo do conflito armado foram destruídas parcialmente para,no quadro da política do governo,serem recuperadas.

Fonte:N.J

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