sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sobreviventes da Baixa de Kassanje exigem indenização a Portugal.

O governo Português indenizar ou pedir desculpas públicas aos sobreviventes e aos familiares das vítimas para se enterrar o assunto com dignidade,afirma José Fufuta presidente da associação para o desenvolvimento da Baixa de Kassanje.
-José Fufuta argumentou que se portugal recompensar os prejuizos causados por soldados seus contra camponeses indefesos,cujo saldo estima-se em centenas de mortes,não estaria a fazer favor algum,mas tão somente a cumprir o que está legislado no direito internacional.
-Um mês e algumas semanas depois das comemorações do 49ºAniversário do massacre da Baixa de Kassanje,sobreviventes e familiares das vítimas manifestar-se,nos próximos dias,junto da embaixada de portugal,em Angola,para exigir ao governo português indenização pelos danos causados contra camponeses assassinados pelo seu exército,quando protestavam contra as péssimas condições de trabalho,naquela região da província de Malanje.
A informação foi prestada ao país,pelo presidente da associação de apoio para o desenvolvimento da Baixa de Kassanje (AADBK),José Fufuta,afirmando que a manifestação resultará em resposta ao fato de portugal se recusar a ressarcir os que direta ou indiretamente sofreram as consequências da carnificina,após reforçar uma petição feita ao primeiro-ministro português.
-José Fufuta avançou que a manifestação visa dar a conhecer ao mundo que portugal continua renitente quanto à questão da Baixa de Kassanje (BK),cujo documento de solicitação da indenização foi endereçado às autoridades de lisboa em junho de 2003,mas que,até à data,nenhuma luz se fez ao "Fundo do Túnel",este silêncio,acrescentou o dirigente,tem estado a inquietar os subscritores que pretendem aproveitar a oportunidade para pressionar uma eventual ronda de negociações entre as parte envolvidas no assunto.
-Segundo o responsável da AADBK,o que se pretende é que as autoridades Lusas se pronunciem sobre a solicitação que lhes foi feita,faz tempo,mas ao que tudo indica,fazem "ouvidos de mercador" perante o clamor dos flagelados da Baixa de Kassanje,o que,na sua optica,considera um desrespeito à vida daqueles que foram mortos inglorimente: O governo português deve indenizar ou pedir desculpas públicas aos sobreviventes e aos familiares das vítimas para se enterrar o assunto com dignidade",sugeriu.
-José Fufuta argumentou que se portugal recompensar os prejuizos causados por soldados seus contra camponeses indefesos,cujo saldo estima-se em centenas de mortes,não estaria a fazer favopr algum,mas tão somente a cumprir o que está legilado no direito internacional: "É um direito que confere às pessoas traumatizadas nestas situações",defendeu,alertando que não se trata de um eventual ato de xenofobia.
-Reforçou que a questão das indenizações das potências colonizadoras em África contra as antigas colonias é uma das sugestões apresentetadas numa das cimeiras da União Africana (UA),em 2009,pelo presidente cessante desta instituição,Muammar El Kahafi,considerando a como um ato de coragem que visa ressarcir os danos praticados contra os povos durante este período até à conquista das independencias pela maior parte dos países do continente Africano.
-É com base nesta ideia avançada por Kadhafi que José Fufuta reteira que portugal deve pagar,ou reconhecer publicamente o que cometeu indiscriminadamente contra camponeses que trabalhavam na compania algodoeira "Cotonang",um consórcio Luso-Belga.Estima-se em mais de 105 mil as pessoas à espera de remunerações em toda a região da Baixa de Kassanje,constituida pelos municípios de Quela, kunda-dia-Base,Xámuteba,Cuango e Marimba.

DOSSIER ENTRA NAS INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS.
-Enquanto se aguarda pela manifestação,a AADBK vai endereçar ,cartas a várias instituições regionais e não só,que velam pelos interesses políticos,económicos,sociais e outros,com cópias da carta endereçada ao governo português,apresentando o seu protesto contra o que considera de "Silêncio de portugal perante o caso Angolanodo massacre da Baixa de Kassanje".
-Documento de sete páginas,será remetido a União Africana (UA),comité de desenvolvimento da África Austral (SADC),União Europeia (UE) ,Nações Unidas (ONU),instituições internacionais que cuidam dos direitos humanos e â embaixada dos estados unidos da américa em Angola,para denunciar a atitude do antogo país colonizador,em relação ao assunto.
José Fufuta,que é o mentor desta iniciativa,assegurou que a instituição que dirige não se mantera calada enquanto Lisboa continuar indiferente à petição daqueles que foram barbaramente assassinados por reivindicarem os seus direitos.
-Os funestos acontecimentos que ocorreram na madrugada do dia 4 de janeiro de 1961,segundo o nosso interlocutor,remeteram a região da Baixa de Kassanje a uma situação de atraso em termos de desenvolvimento socio-económico.
-revelou que,presentemente,falta quase de tudo um pouco em setores como os da saúde,educação,comércio,considerados essenciais para o desenvolvimento de uma região,pois funcionam com debilidade,pela falta de meios humanos,materiais e infra-estruturas.
-Alias-se a estes casos,a falta de vias de comunicação que facilitem a circulação de pessoas e bens,o que tem estado a incrementar a indigência entre os habitantes da região,não obstante os esforços das autoridades locais.
Fonte: N.J

Nenhum comentário: