quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Coronel anuncia golpe militar em Madagascar

Golpistas ajudaram atual presidente a derrubar governo anterior em 2009

Gregoire Pourtier/AFPGregoire Pourtier/AFP
Ativistas políticos participam de comício no dia em que o país tem referendo sobre nova Constituição; militares s
Um grupo de militares de alto escalão declarou a tomada do poder em Madagascar nesta quarta-feira (17), enquanto a ilha votava uma nova Constituição provisória, mas a liderança militar do país prometeu esmagar qualquer possível rebelião. O coronel rebelde Charles Andrianasoavina declarou à emissora de TV France 24 que seu grupo planejava tomar o palácio presidencial e fechar o aeroporto internacional, nos arredores da capital. Ele afirmou que seu grupo ainda não havia suspendido as instituições do governo, mas essa ainda era sua meta.
- Temos intenção de assumir o controle do palácio presidencial. Estamos perto do aeroporto internacional. Dependendo da situação, amanhã o espaço aéreo será fechado. Amanhã pretendemos tomar o aeroporto e impedir que qualquer pessoas deixe Madagascar.
Anteriormente, ele havia dito, em um quartel nas proximidades do aeroporto, que "um conselho militar para o bem-estar do povo" tinha sido formado para governar o país -- a quarta maior ilha do mundo.
Coronel golpista ajudou atual presidente em outro golpe, em 2009
Andrianasoavina foi um dos principais defensores da tomada de poder pelo presidente Andry Rajoelina, em março do ano passado, quando Rajoelina derrubou o então chefe de Estado, Marc Ravalomanana, em um outro golpe.
Os militares malgaxes estão divididos desde o golpe de 2009. Em maio, um grupo de policiais militares dissidentes tomou o controle de um acampamento militar por pouco tempo, antes de ser reprimido pelas forças de segurança. Uma testemunha disse que a situação estava calma diante do palácio presidencial, no centro de Antananarivo. Membros das forças de segurança têm estado nas ruas, monitorando a votação no referendo, visto como teste de confiança na liderança de Rajoelina.
Os eleitores votaram em mais de 18 mil seções eleitorais que fecharam às 11h (horário de Brasília). A votação foi de modo geral pacífica, mas algumas pessoas reclamaram porque seus nomes não constavam das listas de eleitores.
Madagascar

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