O secretário-geral da Francofonia, Abdou Diouf, pediu neste domingo que "todos os agentes políticos da Costa do Marfim para" reconhecer "victória nas eleições presidenciais de Alassane Ouattara, de acordo com resultados anunciados pela Comissão Eleitoral Independente e certificado pela ONU. «O ex-Presidente Sul-Africano Thabo Mbeki enviado para uma missão de« emergência » da União Africano, chegou em Abidjan, na manhã de domingo para tentar encontrar uma solução para a crise pós-eleitoral graves na Côte d` Ivoire. Laurent Gbagbo, actual Presidente da Costa do Marfim, fez onte o juramente para cumprir mais um mandato no cargo, apesar do seu rival, Alassane Ouattara, ter sido reconhecido pela comunidade internacional como vencedor das eleições. "Juro solenemente cumprir, defender e respeitar fielmente a Constituição, proteger os direitos e a liberdade da cidadania, bem como cumprir escrupulosamente os meus deveres no melhor interesse da Nação", jurou Gbagbo, na declaração feita no Palácio do Governo, em Abidjan. A cerimónia decorreu perante Paul Yao, presidente do Conselho Constitucional, a instituição máxima judicial, que na sexta-feira reconduziu Gbagbo como vencedor da segunda volta das eleições, com 51,45 por cento dos votos. A cerimónia de Laurent Gbagbo teve cerca de 200 pessoas, incluindo embaixadores de países aliados, como Angola e Líbano. “Com o forte apoio da ONU e os principais países ocidentais, M.Ouattara também foi empossado como presidente”, na presença do seu entourage. No poder desde 2000, Gbagbo assumiu novamente o cargo, apesar de a Comissão Eleitoral Independente ter anunciado na quinta-feira que o vencedor tinha sido Ouattara, com 54 por cento dos votos contra 46 por cento conseguidos pelo actual chefe de Estado. Realizando o que alguns observadores apelidaram de "golpe palaciano", as forças armadas do país encerraram as fronteiras do país, ao mesmo tempo que Yao declarava nulos os resultados da Comissão Eleitoral Independente. Dirigindo-se implícitamente à comunidade internacional, Gbagbo disse hoje, no seu discurso de posse, que a Costa do Marfim não aceitará qualquer ingerência nos seus assuntos internos. O Presidente Jonathan explicou que a CEDEAO e a comunidade internacional esperam de todos os atores envolvidos, nomeadamente do Governo atual, a sabedoria política necessária para respeitar a vontade popular manifestada pela Comissão Eleitoral Independente. Convidou igualmente os dois candidatos, Alassane Ouattara e Laurent Gbagbo, a pedirem aos seus partidários para se acalmar e abter de qualquer ação que faria recuar os progressos no quadro do processo democrático. TC |
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Costa do Marfim com dois presidentes, após o juramento de Gbagbo e Ouattara
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