quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Tratado de Simulambuco e a Independência de Cabinda

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monumentoAs eleições angolanas de 2012 no território ocupado e colônia angolana de Cabinda ou referendo de auto – determinação e independência povo unido jamais será vencido
O povo de Cabinda não deve desistir dos seus direitos fundamentais
O Presidente Barack Obama, na sua primeira visita a Portugal, por ocasião da tripla cimeira, Nato, União Europeia - Estados Unidos e Nato - Rússia, ofereceu ao Presidente da república Portuguesa o Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, uma cópia do Tratado de Amizade Luso - Americano de 1840 no ambiente de grande formalismo, cordialidade e elevação.
Nós os Cabindas ficamos a saber que afinal e de facto os Tratados são para serem honrados, respeitados e cumpridos. E, nesse sentido e com toda a razão, o Tratado se Simulambuco é para se cumprir, pese embora tenha sido rasgado por Portugal e desrespeitado e sonegado por Angola e ainda substituído segundo a lei da bala, e por um vulgar e estranho slogan a saber de Cabinda ao Cunene, só Povo e Uma só Nação.
Alguém consegue encontrar a palavra Angola no texto do Tratado de Simulambuco? O Mpla, a Unita e a Fnla e o Movimento das Forças Armadas, conseguiram este feito ímpar (ler Angola no Tratado de Simulambuco) nos acordos de Alvor em Janeiro de 15 de Janeiro de 1975. E nesse contexto Cabinda é parte integrante de Angola! Cabinda passou a ser uma parte de Angola por decreto bilateral de terceiro, sem que a parte interessada, Cabinda (a Flec) tivessem sido chamadas, ouvidas para ter voto na matéria.
Este é o problema e as dificuldades de Cabinda que radicam na ocupação. Daí apelo ao referendo de auto determinação como em Timor e Sul do Sudão para a independência destes territórios. È justo e uma obrigação de Angola e da comunidade internacional.
Segundo o jornal o metro do dia 10 de Janeiro de 2010, António Monteiro, embaixador Português, membro do painel de observação da ONU, afirmou que o referendo de auto - determinação do Sul do Sudão está a decorrer “ de maneira positiva, mesmo entusiástica. Em 2012, espera –se , melhor exige –se um processo (democrático, livre, e internacional e transparente) idêntico para Cabinda, território ocupado e anexado por Angola em 1975 em estado de guerra e de sítio permanente. O povo de Cabinda não aceita outros processos menos claros. Para Cabinda exige – se Uma solução política internacional e não militar.
Urge Angola, Portugal e a Comunidade internacional serem pelo menos por uma vez sérios, honestos e responsáveis, pois a Frente de libertação do estado e Cabinda, patriótica e resistente é séria. E com ele o povo de Cabinda.
Assim sendo começa aqui, hoje, dia 01 de Fevereiro as campanhas ( espontânea e organizada) pelos respeito dos Direitos humanos e democráticos (humanos, civis, e políticos de desobediência civil, de protesto e boicote das eleições angolanas em Cabinda de 2012, em lugar das quais apelamos pela desmilitarização, de Cabinda, pelo fim da guerra, e por um referendo nacional, com garantias internacionais, restrito ao território de Cabinda. Este é o verdadeiro desafio angolano de 2012 em Cabinda e não repetição de esquemas eleitorais fraudulentos, como a fraude eleitoral monumental que deu vitória ao Mpla nas últimas eleições organizadas em Cabinda, no território ocupado, onde até a Unita teve mais deputados do que em Angola. Incrível.
As últimas eleições angolanas só serviram para colocar um deputado de Cabinda, pela Unita, Raul Danda no parlamento angolano. Nada mais. O resultado no plano do simbolismo e da identidade da luta, nada. Que falta de ambição de seriedade e de propósito, quando se sabia que a abstenção a que a Flec apelara como voto de protesto e acto de resistência (contra a ocupação angolana de Cabinda e contra a guerra e o estado de sítio não declarado permanente que vigoram na colônia de Angola (Cabinda) foi, é e continuará a ser a resposta política sensata, eficaz, por ser mais racional que se impõe. A todos os povos oprimidos deve dar uma oportunidade para se pronunciar sobre o seu destino e futuro. É o que Angola espera no caso do Saara, razão porque apoia a Frente Polisario.
É esse o sinal forte que os Cabindas, dignos desse nome e de todos quadrantes, devem dar a Angola política, ao povo de Cabinda e `comunidade internacional com o intuído de assinalar com convicção, firmeza e dignidade que a verdade da Causa de Cabinda é para vencer e que somos dignos herdeiros do espírito e da letra do Tratado de Simulambuco que marcou e distinguiu com o reconhecimento internacional e de forma indelével a nossa identidade política (os Cabindas) para sempre. Eis a razão porque a Angola “democrática, segundo o Mpla, combate, reprime, cega e teimosa, militarmente, com teimosia a resistência, as manifestações pacíficas, espontâneas e organizadas do Povo de Cabinda que comemoram e celebram a efeméride. Viva a independência de Cabinda.
Senador Barros

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