segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Fui envenenado na prisão" - Activista das Lundas

jota filipe malakitoPresidente da comissão alega obstrução às suas consultas médicas. Dr. Jota Filipe Malakito está detido desde Maio de 2009
O Presidente da Comissão do Protectorado das Lundas, Jota Filipe Malakito, alegou numa carta ao Director Provincial de Luanda dos Serviços Prisionais que foi envenenado.
Malakito que se encontra detido sem julgamento desde Maio de 2009 escreveu na carta que as autoridades estão a obstruir o seu acesso a consultas médicas apesar de anteriormente terem sido acordadas datas para essas consultas e análises medicas.
Numa declaração a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchkowe disse que na sua carta o Dr. Malakito “lembra que foi envenenado com um produto denominado ZOMAN-Zarin=Z2 que os efectivos da casa militar da Presidência da Republica que o haviam raptado introduziram nas 19 refeições e água que usou durante os dias que permaneceu na prisão da Força Aérea Nacional antes de ser transferido a DNIC”. O Dr. Malakito foi preso em Maio de 2009 ao abrigo de uma lei de crimes contra a segurança de estado que advogados afirmam ter sido já considerada de inconstitucional pelo tribunal constitucional.
Numa entrevista á Voz da América o secretário-geral da organização José Mateus Zecamutchima disse que a acusação do envenenamento já tinha sido anteriormente feita.
Interrogado sobre se havia provas concretas sobre isso este dirigente da Comissão do Protectorado das Lundas disse que por não ser médico não podia comentar especificamente sobre a acusação mas recordou que o Dr. Malakito estava de boa saúde e “era um homem forte” antes de ser preso.
O Engenheioro Zecamutchinma disse que o dirigente da sua organização continua a queixar-se de “dores nos testículos”, não pode andar devido a problemas num joelho e a sua visão “continua a deteriorar-se”.
A carta que o Dr. Malakito escreveu queixando-se de obstrução ás suas consultas médicas deu entrada no gabinete do Director Provincial dos Serviços Prisionais a 11 de Fevereiro mas até agora não houve qualquer resposta.
VOA

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