quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Jacob Zuma tenta conciliar Mugabe e Tsvangirai

zimbambueOs grupos da sociedade civil dizem que o país ainda não está pronto para novas eleições, pois a violência política ainda está a ocorrer e as reformas estão pendentes.
O presidente da África do Sul está em conversações com os líderes do Zimbabwe, ora em disputa, para tentar persuadi-los a ultrapassar as suas diferenças e aderirem a um roteiro para as novas eleições, disse, nesta quarta-feira, a sua assessora em relações internacionais, Lindiwe Zulu, citada pelo “Zimonline”.
Zulu, integrante de uma equipa de três elementos criada por Zuma para facilitar o diálogo entre os zimbabweanos, disse que o presidente Jacob Zuma estava a pressionar os dois líderes da coligação em Harare, para resolverem as diferenças sobre a implementação do acordo de partilha de poder por eles assinado, igualmente conhecido por Acordo Político Global (GPA).
Zuma é o mediador oficial da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) entre o presidente Robert Mugabe e os seus antigos inimigos da oposição, que se uniram num governo de unidade nacional sob imensa pressão do organismo regional, interessada em conter uma crise política que se seguiu às eleições inconclusivas no Zimbabwe, em 2008.
“Estamos, actualmente, empenhados na cooperação com os principais líderes, e o presidente Zuma está muito activo neste exercício, chamando as partes para tentar e conseguir uma rápida implementação das questões pendentes e outras que estão a emergir”, disse Zulu ao “Zimonline”.
O frágil governo de unidade foi abalado por graves divisões após Mugabe ter nomeado governadores provinciais sem consultar o primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, última das nomeações para altos cargos públicos de forma unilateral feita pelo presidente, em violação do GPA.
O GPA e uma emenda constitucional introduzida para reforçar o acordo político estabelecem que o presidente consulte o primeiro-ministro antes de fazer nomeação de altos funcionários públicos. Contudo, Mugabe tem violado de forma flagrante esta cláusula do acordo, nomeando unilateralmente os seus aliados para posições-chave, tais como o procurador-geral, o governador do banco central, juízes e embaixadores, avança o “Zimonline”.
Jornal O País

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