Programa de distribuição de alimentos do Governo Federal beneficia refugiados congoleses
Fonte: CACB
Comunidade Ango-Congolesa no Brasil (CACB) participa de projeto que fornece uma alimentação mais saudável para os seus membros
Por Patrícia Serrão*
Toda sexta-feira é um dia de felicidade na sede da CACB, pois seus associados, refugiados e imigrantes angolanos e congoleses, sabem que podem retirar na sede da associação frutas, verduras e ocasionalmente peixes, para complementar sua alimentação diária.
“Todos os refugiados “ango-congoleses” e os associados da CACB estão muito felizes porque este projeto mostra para eles que tudo que esperamos durante quatro anos está começando a se realizar”, diz Lubadikadio Muanza, presidente da CACB.
Os alimentos chegam aos refugiados através de um programa do governo Federal que compra os produtos de pequenos produtores e repassa a comunidades necessitadas. O programa de aquisição de alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) funciona de forma simples e eficaz: o governo compra diretamente dos produtores associados à UNACOOP (União das associações e cooperativas de pequenos produtores rurais do estado do Rio de Janeiro) e repassa os produtos para as comunidades previamente cadastradas.
“É uma relação em que todos ganham; tanto os pequenos produtores quanto as comunidades. Quanto mais comunidades cadastradas, mais alimentos são comprados. Isto é bom porque o pequeno produtor tem a certeza do escoamento da produção”, explica Margarete Teixeira, gerente geral da UNACOOP. Só no ano de 2010 foram fornecidos 1.300.000 quilos de hortifrutigranjeiros vindos de 460 agricultores e pescadores, cadastrados em 71 municípios do Estado.
A distribuição dos alimentos é feita pela CACB que tem a responsabilidade de recolher os produtos no CEASA (Centrais de Abastecimento do Rio de Janeiro) e distribuí-los aos seus associados. “Os alimentos chegam a nossa sede e como todos já sabem do programa porque já fizemos a comunicação do projeto vêm logo buscar os alimentos. A distribuição começa na sexta-feira mesmo e vai até domingo”, conta o presidente da CACB.
Uma vantagem deste programa é a melhora na alimentação dos refugiados e imigrantes, além de uma real economia no curto orçamento doméstico. “Este projeto ajudou a mudar nossos hábitos, comemos mais frutas, etc.”, diz Alfred Akuala, um dos beneficiados. “Agora eu tenho um dinheiro extra no bolso. Esta é uma ajuda a mais
e eu posso economizar dinheiro para fazer outra coisa”, complementa.
A maior preocupação da CACB agora, para a continuidade deste projeto, é conseguir uma Kombi ou outro veículo com capacidade para o transporte dos alimentos da CEASA até a sua sede. Atualmente o transporte é feito por um amigo da associação e o custo do combustível é rateado entre os associados. “Estamos procurando parceiros para nos ajudar com isto”, explica preocupado Alfred, secretário geral da CACB.
* Patrícia Serrão é jornalista com especialização em jornalismo cultural e experiência em pesquisas com refugiados.
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