segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Premiê egípcio diz que presidente Mubarak pode renunciar hoje

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O contestado presidente do Egito, Hosni Mubarak, pode renunciar na noite desta quinta-feira (10), segundo várias fontes.O premiê do Egito, Ahmed Shafiq, disse à rede britânica BBC que Mubarak poderia renunciar e que a situação no país seria esclarecida em breve.Mais tarde, na TV estatal, Shafiq disse que nada havia mudado no governo.
"Nenhuma decisão foi tomada. Tudo está normal", disse. "Tudo ainda está nas mãos do presidente.
O Exército do Egito deve fazer um comunicado ainda nesta quinta, em que iria cumprir os pedidos dos manifestantes que tomam o Cairo, segundo a BBC.
O alto comando das Forças Armadas estava reunido, segundo imagens mostradas pela TV estatal. O Exército anunciou  em um comunicado que começou a tomar medidas necessárias "para proteger a nação e para apoiar as legítimas demandas do povo".
Hosam Badrawi, secretário-geral do partido governista, disse também à BBC que Mubarak poderia "responder aos pedidos do povo" por sua saída imediata. Ele disse que a saída, transmitindo o poder para o vice, seria "a coisa certa a fazer".
Sem citar fontes, a americana CNN afirmou que Mubarak poderia transferir seu poder de chefe militar ao Exército.
A também americana NBC afirmou que o presidente deve renunciar ainda na noite desta quinta-feira. O Egito está quatro horas à frente do horário brasileiro de verão no fuso horário.
Uma fonte do ministério egípcio, que não se identificou, disse à agência Reuters que Mubarak "muito provavelmente" deve renunciar.
A CIA, principal agência de inteligência dos EUA, também trabalha com este cenário. Leon Panetta, chefe da agência, disse em audiência no Congresso dos EUA que a saída imediata seria significativa para uma "transição ordeira".
Mubarak teria viajado para Sharm el-Sheikh, resotr às margens do Mar Vermelho, com seu chefe de gabinete, segundo a TV Al Arabiya. Ainda não houve confirmação oficial.
Mubarak ainda mantém o poder e não irá renunciar, disse à Reuters o ministro da Informação do Egito. "O presidente ainda está no poder e não está renunciando", disse Anas el-Fekky. "O presidente não está renunciando e tudo o que ouviram são rumores da mídia."
Regime de Mubarak fala de ameaça de golpe e critica os EUA
O regime do presidente egípcio Hosni Mubarak, encurralado por protestos, aventou a ameaça de um golpe de Estado e denunciou a ingerência dos Estados Unidos, seu principal aliado que também reclama uma aceleração das reformas no país árabe.
16h23:“ A CIA considera “muito provável que Mubarak abandone o poder esta noite”, disse ao Comité dos Serviços Secretos da Câmara dos Representantes o director da CIA, Leon Panetta.
16h20:“Há notícias de que as estradas para o aeroporto do Cairo estão a ser fechadas, diz Sherine Tadros, um dos jornalistas da Al-Jazira na capital egípcia.
16h13:“Bum! Isto muda tudo!” reporta o jornalista Chris McGreal, citado no Guardian, descrevendo que a atmosfera mudou subitamente na Praça Tahrir na última meia hora.
16h10:O blogger egípcio Sandmonkey acabou de postar no Twitter: “Estão milhares a caminho de Tahrir, empunhando bandeiras."
16h00: O comunicado do Exército já foi conhecido na praça Tahrir, epicentro dos protestos no Cairo. “O Exército e o povo do mesmo lado – o Exército e o povo estão unidos”, grita a multidão ali reunida. Manifestantes relatam que um general do Exército subiu ao palco improvisado no local, e disse-lhes que todas as suas exigências vão ser aceites.
15h55: Os militares consideram “legais e legítimas” as reivindicações do povo egípcio, que desde 25 de Janeiro pede nas ruas a saída do Presidente Hosni Mubarak. O Exército afirma “o seu compromisso e a responsabilidade pela salvaguarda do povo e pela protecção dos interesses da nação, e o seu dever em proteger as riquezas do povo e do Egipto”, numa declaração que a Al-Jazira descreve como ambígua.
15h50: Responsáveis militares afirmam que Hosni Mubarak deveria presidir à reunião do Conselho Superior das Forças Armadas mas já não o fará. No seu lugar vai estar o ministro da Defesa, general Mohammed Hussein Tantawi
Noticiaspress

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