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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, avisou que um regresso à guerra civil na Costa do Marfim é um "risco real" após as presidenciais em que o derrotado, o Presidente Laurent Gbagbo, reclama vitória e recusa abdicar do poder. A França já aconselhou os seus 1500 cidadãos a sair do país temendo mais instabilidade, a Alemanha e Portugal também disseram os seus cidadãos que deveriam sair do país e desaconselharam viagens. A Nigéria retirou os seus diplomatas. Guillaume Soro, o primeiro-ministro designado por Alassane Ouattara, que segundo a comunidade internacional é o vencedor das eleições, afirmou à emissora francesa i-Télé que “depois de toda a pressão internacional e sanções que não tiveram efeito sobre Gbagbo, é evidente que não há outra solução que não a força”. Soro tinha antes acusado as forças de segurança leais a Gbagbo de espalharem o terror com a ajuda de mercenários da Libéria, segundo o diário britânico "The Guardian". “Contámos quase 200 mortos e mil feridos por balas, 40 desaparecidos e 732 presos”, disse Soro. “Pior, houve mulheres espancadas, despidas, atacadas e violadas”, continuou. “Quando é que a comunidade internacional se vai aperceber de que começou uma loucura assassina na Costa do Marfim?” A União Europeia ratificou entretanto as sanções contra Gbagbo e 18 colaboradores e pensa alargar em breve a lista, confirmando uma decisão que já tinha sido tomada na segunda-feira. O Banco Mundial congelou entretanto o financiamento de fundos para a Costa do Marfim, como parte da pressão internacional para que este ceda o poder ao vencedor das eleições. Num discurso feito ontem à noite na sede da ONU, em Nova Iorque, Ban Ki-moon expressou preocupação com os 10 mil capacetes azuis no país, segundo a emissora britânica BBC. O responsável acusou ainda o presidente Laurent Gbagbo, que estava no poder e reclama a vitória nas eleições de tentar ilegalmente expulsar as forças das Nações Unidas no país (Unoci). A comunidade internacional afirma que a votação foi ganha pelo seu opositor, Alassane Ouattara, que está actualmente num hotel em Abidjan protegido por 800 capacetes azuis. Os capacetes azuis, avisou Ban Ki-moon, estão a ser bloqueados por forças leais a Gbagbo. Segundo o jornalista da BBC John James, que está na capital da Costa do Marfim, as estradas que levam ao hotel foram cortadas impedindo a chegada de mantimentos para os militares da ONU. “Estou preocupado com esta perturbação na chegada de provisões para a missão e que esta ponha as nossas forças de manutenção de paz numa situação grave nos próximos dias”, acrescentou, pedindo mais apoio para a Unoci. “A comunidade internacional não pode ficar parada face a este desafio directo e inaceitável”, concluiu. Laurent Gbagbo ofereceu-se entretanto para que o resultado eleitoral fosse analisado por um “comité de avaliação” internacional que teria como missão “analisar os factos e o processo eleitoral objectivamente para resolver esta crise de modo pacífico”. Mas muitos analistas consideram este gesto apenas uma manobra para ganhar tempo, para estender o espaço de cinco anos em que conseguiu adiar eleições e manter-se no poder. Publico |
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
ONU avisa para "risco real" de guerra na Costa do Marfim
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