sábado, 12 de fevereiro de 2011

Lavagem de dinheiro na economia Angolana

casas gO jurista angolano Benja Satula disse,em Luanda, que a compra ou aquisição de bens mobiliários e imobiliários a preços exorbitantes, que se regista no mercado angolano, revela indícios de branqueamento de capitais e que é uma das formas dos branqueadores desfazerem-se do dinheiro de origem ilícita, tornando-o limpo.
Em entrevista à Angop, a propósito das consequências do branqueamento de capitais ou lavagem de dinheiro na economia angolana, o técnico referiu que há pessoas que têm acesso a fontes de rendimentos ilícitas, compram automóveis e imóveis com o objectivo de esconder a origem do dinheiro e quando necessário vendem-no a preço real.
"Se uma casa estiver a ser vendida a mil kwanzas (AKz), preço normal, o comprador se propõe a pagar o dobro ou mais, provocando deste modo inflação no mercado", frisou.
Por outro lado, o jurista disse existir também comerciantes que vendem produtos a preços inferiores ao do mercado, causando falências a muitas empresas nacionais, mas cujo principal objectivo é desfazer-se do dinheiro de origem ilegal e optam pelo comércio como uma fachada legal.
Segundo o interlocutor, esse tipo de práticas visam distorcer a economia do país e devem ser combatidas pelo Estado e por outras instituições públicas e privadas.
Afirmou que o Estado angolano já deu passos no combate a esse de tipo de crimes com a criação da Lei sobre Branqueamento de Capitais e a Unidade de Informação Financeira, mas salientou a necessidade de criação de uma base dados de todos os cidadãos para controlar as movimentações financeiras de cada um.
Para que o combate a tal prática seja feito com qualidade, disse, é preciso honestidade da parte de todos os intervenientes na economia do país, sejam públicos ou privados, denunciando aquisições ou movimentações financeiras ilegais.
“Há vontade do Estado em contrapor esse comportamento, mas honestamente falando não vejo predisposição da parte das pessoas para denunciar vendas ou compras exorbitantes, porque os comerciantes querem vender e se assim procederem perderão o cliente”, afirmou, o também autor de um livro sobre branqueamento de capitais.
Segundo ele, existe muita vontade no combate à lavagem de dinheiro, mas “estamos muito longe de se fazer um combate com qualidade necessária, embora haja algumas instituições bancárias no país com representações na Europa e América que adoptam condutas contra essas práticas, porque lhes são exigidas de fora.
Apostolado

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